terça-feira, 24 de setembro de 2013

A raça humana busca, desde que se entende por tal, modos de anular algo que, até então, não obteve sucesso algum: a morte. Tudo bem que já somos capazes de adiá-la graças aos avanços da medicina, mas isso não é o suficiente para uma criatura ambiciosa como o Homem. Nossa história é repleta de registros de pessoas buscando a imortalidade, através de crenças, religiões, entre outros. Um bom exemplo disso é Ponce de León, o famoso conquistador espanhol que dedicou sua vida à busca pela Fonte da Juventude.
Mas deixando a mitologia de lado, a ciência anda evoluindo num ritmo tão assustador que você com certeza já se fez a seguinte pergunta: será que vão arranjar uma “cura” para a morte antes de chegar a sua hora?
É o que acredita o russo Dmitry Itskov, de apenas 32 anos, que anunciou recentemente o Projeto Avatar (cujo nome, obviamente, veio do filme). O objetivo de Dmitry (e de sua imensa equipe de cientistas altamente qualificados) é copiar o corpo e o cérebro de uma pessoa para um holograma, de modo que ela possa viver eternamente. Viagem demais? Quem sabe… Mas vamos guardar as pedras para depois de entender qual é a do projeto, certo?
Dmitry é presidente de uma empresa russa chamada New Media Stars, que é ligada ao mundo dos negócios da Media Online. Ele diz que essa iniciativa seria o próximo grande passo evolutivo do homem, e confia tanto na eficiência de sua equipe, que já decidiu oficialmente quem será a primeira cobaia: ele mesmo.
A organização que está puxando as rédeas foi fundada pelo próprio empresário, não tem fins lucrativos, e se chama “Iniciativa 2045″. O intuito de tal organização é juntar todos os cientistas que lideram, à nivel mundial, as investigações e pesquisas relacionadas ao prolongamento da vida humana com tecnologias cibernéticas. Resumindo, nosso amigo tem o pão, a faca, e a manteiga em mãos, e disso quer fazer um javali ao molho madeira.
A Iniciativa 2045 prega que não só é possível, como também necessário que eliminemos os limites fundamentais de nossas capacidades físicas e mentais impostos por nossos corpos. E Dmitry ainda garante que, apesar de ser feito de luz, um indivíduo com um Avatar devidamente calibrado não terá problema algum em se integrar na sociedade. Será mesmo?
A primeira etapa do projeto, prevista para 2015-2020, seria fazer uma cópia robótica do corpo da pessoa, controlada por um controle remoto ligado à um sistema de interface BCI (uma interface que ligue o cérebro ao computador). Inclusive, com o BCI, uma pessoa poderia ser capaz de controlar remotamente vários corpos robóticos de diferentes formas e tamanhos. Em 2020-2025 começa a segunda etapa do projeto, que seria a criação de um sistema completamente autônomo de suporte de vida para o cérebro de uma pessoa que esteja à beira da morte por conta de danos irreversíveis no corpo, mas com o cérebro intacto. No caso, seria feito um transplante cerebral para o novo corpo cibernético feito com esse intuito. Esse corpo no caso teria também capacidades sobre-humanas, como resistência à temperaturas muito elevadas, grandes pressões atmosféricas, radiação, falta de oxigênio, etc.
Em 2030-2035 dará-se início à terceira fase do projeto, onde será criado um modelo do cérebro e consciência humana. Feito isso, serão desenvolvidos processos que permitam transferir a consciência de uma pessoa normal para o cérebro artificial. E na última etapa, em 2040-2045, será criado um holograma do corpo e do cérebro da “pessoa”, que, de acordo com o Dmitry, terá assim atingido a imortalidade. Ele se refere à nova “raça” feita de luz como neo-Humanidade, um novo conceito baseado em espiritualidade, cultura, ética, conhecimento científico e tecnologia.
Já vimos em muitas histórias que brincar de Deus geralmente não acaba bem. Será que a Ciência está indo longe demais? Dê sua opinião!
4a

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