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quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Nascido em Washington, Chuck Palahniuk apareceu ao mundo com o controverso “Clube da Luta”, seu romance mais famoso. Com seu jeito direto, irônico e ácido de contar uma historia, logo ganhou o seu lugar permanente no status Cult. Seus livros geralmente começam com seus personagens principais em momentos decisivos e antes que tudo se conclua a história que levou até ali é contada, que geralmente tem conclusões inimagináveis.
Costuma tratar de assuntos que andam de mãos dadas com o cotidiano de boa parte da população e transforma isso numa ficção regada a violência e a idéias anárquicas vestidas com uma boa dose de sarcasmo e humor negro. Trata o jeito como vivemos com filosofias utópicas vindas de personagens injustiçados pelo nosso jeito de viver, pessoas visionárias que em um determinado momento podem mandar tudo à merda e cair com pés e socos naquilo que estamos acostumados a acreditar.Esse escritor polêmico e genial mostra o que a suas idéias tem a oferecer em exemplos como:
Clube da Luta

Um dos queridinhos de toda a cultura pop, isso se deve, boa parte, a sua adaptação cinematográfica, mas vamos nos concentrar no livro. Esse romance foi responsável por tornar Chuck Palahniuk um dos autores contemporâneos mais criativos. Desde que foi lançado em 1996, a historia de como Tyler Durden montou o clube da luta sempre foi polemizada por causa dos temas tratados e como eles foram explorados e dissecados nessa narrativa única de Palahniuk. O livro ficou esgotado por vários anos aqui no Brasil.
A história é narrada em primeira pessoa por um homem que nunca revela o seu nome. Ele conta sobre as suas crises de insônia que o afetavam constantemente e como a resolveu.
Descobriu que ao ver a desgraças dos outros, ver gente que já havia perdido muito mais do que ele lhe acalmava, por isso visitava grupos de apoios para bêbados, pacientes de doenças terminais, entre outros. Isso tudo antes de Tyler e do clube da luta, claro. Um personagem fascinante, um completo anti-herói, com uma filosofia muito bem estruturada em relação ao consumismo e ao mundo moderno.
Descobriu que ao ver a desgraças dos outros, ver gente que já havia perdido muito mais do que ele lhe acalmava, por isso visitava grupos de apoios para bêbados, pacientes de doenças terminais, entre outros. Isso tudo antes de Tyler e do clube da luta, claro. Um personagem fascinante, um completo anti-herói, com uma filosofia muito bem estruturada em relação ao consumismo e ao mundo moderno.
Aqui nos conhecemos os ideais adotados pelo clube da luta que logo deixa de ser um simples clube e passa a ser o começo de algo grande. É um livro para se ter na estante da cabeceira da cama sem duvida alguma. Em 1999 recebeu a sua adaptação cinematográfica pelas mãos do ganhador do Oscar de melhor diretor, David Fincher e contou com as atuações de Brad Pitt e Edward Norton.
Sobrevivente

Esse é o segundo livro de Palahniuk e dessa vez decidiu atacar, de forma um pouco discreta para alguns, um assunto um pouco mais polêmico: religião. Sobrevivente conta a história de Tyler e por que ele raptou esse avião em que está contando a sua história de como se tornou uma celebridade religiosa para a caixa preta do avião. Também está presente trechos com metáforas sarcásticas como ele alimentar o seu peixe com Valium.
E é na historia de Tyler que Chuck Palahniuk consegue nos presentear com críticas sobre a maneira que levamos nossas crenças e como isso vai afetando nossos rumos. Um livro recheado com o seu humor negro e perspicácia que vale muito a pena ler.
No Sufoco

Quem ainda tinha alguma duvida da inteligência de Palahniuk, é aqui que ela acaba. Imaginem um cara viciado em sexo, com um emprego mal remunerado escroto, cuja mãe está extremamente doente em um local especializado que custa uma vida para mantê-la lá. Agora pegue esse mesmo homem e perguntem como ele faz para ter esse dinheiro então. Victor Mancini, personagem central do livro, responderia: Aplicando o golpe do sufoco.
Ou seja, ele vai aos restaurantes, finge que está sufocando para alguém salvá-lo e então pede dinheiro. Junte tudo isso e temos “No Sufoco”. Uma historia que melhora a cada página. Um suspense de certa forma hilário que transcorre por pontos como: o envelhecimento, os conflitos entre mães e filhos, o sentimento de uma mente jovem sem futuro, entre outras abordagens. Um livre que promete, promete mais um pouco, dança com a sua expectativa e no final de tudo isso a supera.
Assombro

Bem vindos ao show de horrores de Chuck Palahniuk, com vocês: Assombro. Esse livro, é uma espécie de livro de contos e uma espécie de romance. Nesse livro, várias pessoas aceitam ficar trancadas por três meses para escrever uma obra prima. O livro contém contos e poemas escritos por esses personagens que trazem lados sombrios de seus autores. Isso tudo até eles decidirem transformar a sua residência numa verdadeira história de horror onde eles mesmos sairiam vitimas, quem sofresse mais, certamente apareceria mais, ganharia mais dinheiro, é nesse ponto que começa a auto-destruição.
É um livro pesado, com o humor negro, mutilações e outras coisas que são indescritíveis em uma única palavra, é um livro para estômagos fortes. Aqui Palahniuk nos mostra como gostamos de sofrer, como sofremos para ganhar algo em troca e como nos destruímos para isso.
Aqui estão apenas alguns exemplos da genialidade desse escritor. Ele tem outros títulos que valem a pena com certeza, mas isso agora cabe a vocês se interessar.

Curiosidades
- No romance “Assombro”, há um conto chamado “Tripas”, reza a lenda que dezenas de pessoas desmaiaram enquanto Palahniuk fazia a sua leitura.

- David Fincher afirmou que em todas as cenas do filme “Clube da Luta” há alguma embalagem da Starbucks.
- Os direitos de “Sobrevivente” haviam sido vendidos para uma adaptação cinematográfica, mas os estúdios se recusaram a gravar por causa do 11 de setembro.
- Na ideia original, Brad Pitt iria dizer, como Durden, a receita verdadeira de como fazer explosivos caseiros, mas por segurança a substituíram por uma falsa.
- Palahniuk achou o final do filme “Clube da Luta” melhor que o do livro.
“Todos morremos. O objetivo não é vivermos para sempre. O objetivo é criarmos algo que viverá." – Chuck Palahniuk.
Via: Minilua
quarta-feira, 25 de setembro de 2013
Se não fossem a experimentação, os neologismos e o universo fantástico de Guimarães Rosa, a obra do autor brasileiro não teria a mesma fama. Mas esta virtude também pode virar um problema para tradutores. Afinal, não é fácil traçar uma ponte entre duas línguas, transportar mundos e personagens para outros contextos e encontrar o sentido exato de expressões e analogias estrangeiras. E quanto mais inventivo for o autor da obra original, mais desafiadora é essa viagem linguística. Entre obras já desbravadas e aquelas que ainda aguardam por sua transposição para outro idioma, a SUPER listou 7 livros estrangeiros muito difíceis de se traduzir para o português:
1. Ulysses, de James Joyce (1918 – 1922)
A Marilyn já leu, e você? Foto: Eve Arnold
Se quiser saber o segredo do sucesso de Ulisses, melhor não perguntar a Paulo Coelho. O escritor causou polêmica recentemente ao dizer que o clássico de James Joyce é “só estilo” e que, se dissecado, “dá um tuíte” - uma ofensa quase pessoal aos fãs que comemoram desde 1954 oBloomsday, feriado literário dedicado a homenagear a obra do escritor irlandês. Não faltam pesquisadores e leitores para defender que Ulisses é mais que “só estilo”. Mas é verdade que suas mais de mil páginas são preenchidas pela ousadia linguística de James Joyce. Jogos de palavras, trocadilhos, citações e neologismos são apenas alguns dos recursos empregados pelo autor para narrar um dia na vida de Leopold Bloom que, em 24 horas – entre 15 e 16 de junho de 1904 -, vive aventuras parecidas com as de Ulisses na Odisséia, de Homero.
A obra, publicada em capítulos a partir de 1918 na revista americana The Little Review, não é facilmente transposta para o português. O primeiro a se aventurar nesta empreitada foi Antônio Houaiss (aquele do dicionário), em 1966. Depois foi a vez de Bernardina da Silva Pinheiro, em 2005. Mais recentemente, Caetano W. Galindo assinou a tradução lançada em 2012 pela Companhia das Letras, em que se optou por deixar de fora as inúmeras notas-referência da obra original. Uma opção defendida por apresentar a obra como ela é: “um romance, talvez o maior romance de todos, e não um quebra-cabeça exemplar”. Cabe ao leitor virar as páginas do livro e conhecer sua linguagem e seus personagens – como o Cidadão, com suas sardasmuitas, barbirsuta, boquimensa e ventasgrandes.
2. Bliss, de Katherine Mansfield (1918)
O famoso conto da escritora neozelandesa Katherine Mansfield, Bliss, acompanha a personagem principal, Bertha, em um dia de intensa e ingênua alegria. Poderia ser um texto simples, mas não é. Temos a impressão de estarmos na mente da personagem principal, mas ao mesmo tempo somos relembrados de que há um narrador externo que nos conta a história. “Este jogo de planos demanda que o tradutor seja sensível a como esse tipo de narrativa é construído em português por autores da literatura brasileira que também jogam com esses planos narrativos. O segundo desafio é lembrar que, ao longo do conto, há diferentes interações entre as personagens, nas quais as relações sociais demandam um tipo de linguagem diferenciado: a personagem principal fala com sua empregada, fala com a babá de sua filha, com seu marido e com seus convidados para o jantar que está oferecendo na sua casa. Também fala consigo mesma”, diz a professora e coordenadora da área de Tradução da Faculdade de Letras da UFMG, Adriana Pagano.
Traduzido para o português por cinco autores diferentes, o conto ganhou no país títulos também distintos: Êxtase, nas letras de Ana Cristina Cesar (1980); Infinita Felicidade, assinada por Edla van Steen e Eduardo Brandão (1984); e Felicidade, nas versões de Érico Veríssimo (1940), de Julieta Cupertino (1991), e de Maura Sardinha (1993).
3. Finnegans Wake, de James Joyce (1938)
rolarrioanna e passa por Nossenhora d’Ohmem’s, roçando a praia, beirando ABahia, reconduz-nos por cominhos recorrentes de Vico ao de Howth Castelo Earredores.
É assim que tem início o Finnicius Revém do tradutor Donaldo Schüler. Difícil de entender? Fica pior. James Joyce levou 17 anos para completar aquela que seria considerada uma das mais difíceis obras de ficção da literatura em língua inglesa e um marco da literatura experimental. No livro, o último publicado pelo autor irlandês, palavras do inglês e de outras línguas são fundidas, criando uma linguagem única. O resultado: múltiplos sentidos e um trabalho hercúleo para o leitor e para o tradutor que aceita o desafio.
“Assim como Ulisses, Finnegans Wake impõe renovados hábitos de leitura. A linear não basta. Em cada parágrafo, em cada frase, em cada palavra, tocamos estratos sobrepostos, convite a trabalho de arqueólogo. Verticalidade e horizontalidade se entrecruzam espacial e cronologicamente. Surgem arqueoleitores”, explica Schüler na introdução de sua tradução da obra de Joyce, com um spoiler: não espere entender a obra por completo. Pode parecer um conselho esquisito vindo do tradutor que se debruçou por meses sobre o livro, mas é coerente com a ideia de que Finnicius Revém não é um livro para ser “desvendado”. O leitor deve embarcar nos jogos sonoros e no ludismo de imagens e ideias. Quem já o leu e traduziu promete que o texto explica-se a si mesmo. Aventure-se pelas páginas e tire a prova.
4. Infinite Jest, de David Foster Wallace (1996)
Uma família problemática, quadras de tênis, rehab, depressão, publicidade e reflexões sobre a maneira como o entretenimento domina nossas vidas – tudo se mistura no romance de David Foster Wallace, que se passa em uma versão futura (e absurda) da América do Norte. O extenso livro – são mais de mil páginas – conta com 388 notas de rodapé (sendo que algumas notas tambémtêm notas de rodapé), um recurso que, segundo o autor, ajuda a quebrar a linearidade da história e, ao mesmo tempo, manter a coesão interna.
Infinite Jest é prestigiado por quebrar as regras e propor uma estrutura narrativa que foge do lugar-comum. “É um texto que todo mundo precisa conhecer. É um bicho muito estranho, muito incomum mesmo, uma mistura de épico porra-louca pynchoniano [referente a Thomas Pynchon] com romance filosófico-moralista tipo Thomas Mann. É um romance de ideias, e ideias profundas, com manadas de hamsters selvagens”, afirma o doutor em Linguística pela USP, Caetano W. Galindo, que está trabalhando atualmente na tradução do livro para o português. Caetano, que passou 10 anos trabalhando em Ulysses, deve terminar esta nova odisseia em 10 meses. Ele narra o processo de tradução de Infinite Jest no blog da Companhia das Letras – acompanhe por lá.
5. Mason & Dixon, de Thomas Pynchon (1997)
“Romance histórico” é um termo aplicável ao livro lançado por Thomas Pynchon em 1997, mas não traduz bem a grandiosidade de sua obra. Em Mason & Dixon, ao mesmo tempo em que faz referências históricas precisas, o autor estadunidense dá lugar a personagens fantásticos e a grandes vôos de imaginação. O livro conta a história dos cientistas Charles Mason e Jeremiah Dixon, que adentram o continente norte-americano do século XVIII explorando territórios indígenas. Para contar este conto não bastou a Pynchon ambientar a história no passado: a própria linguagem em que o livro é escrito recria o inglês setecentista.
Ao longo da narrativa, os pontos de vista da narrativa são alternados – os personagens em cena contam suas próprias versões para a história que se desenrola. O que “realmente aconteceu” é uma construção do que é dito pelos vários narradores. Ele brinca, assim, com a fragilidade de qualquer registro histórico e da História em si. Não é pouca coisa. Por tudo isso, o poeta e tradutor Paulo Henriques Britto levou anos para realizar a tradução para o português de Madson & Dixon. A atualidade da obra lhe permitiu um privilégio: consultar o próprio Pynchon.
6. Cloud Atlas, de David Mitchel (2004)
Cloud Atlas, música composta pelo japonês Toshi Ichiyanagi, primeiro marido de Yoko Ono, inspira o título homônimo da obra de Mitchel (clique para ouvir).
Ainda sem tradução para o português (por que será?), Cloud Atlas é composto por seis histórias que levam o leitor por uma viagem no tempo e na linguagem. Do Pacífico Sul do século XIX a um distante futuro pós-apocalíptico, cada conto presente no livro é lido e observado pelo personagem principal da história seguinte. E tem mais: as cinco primeiras histórias são interrompidas em um momento chave da narrativa.
O livro, bem recebido pela crítica, foi comparado a um “perfeito jogo de palavras cruzadas”, desafiador e envolvente. Mas o que rendeu elogios a David Mitchel não foi apenas a ideia de tecer o livro com uma série de narrativas incompletas, um recurso já explorado na literatura – Mitcheldiz ter se inspirado em Se um viajante numa noite de inverno, de Italo Calvino para escreverCloud Atlas, inclusive. Seu toque especial foi colocar um “espelho” no centro do livro. Depois do sexto conto, cada uma das cinco histórias é revisitada e concluída – mas em ordem cronológica inversa. Pã. Você encaria essa ~viagem~ literária? Então se prepare para o filme:
7. The Tree of Codes, Jonathan Safran Foer (2010)
Nenhum livro é intraduzível, é verdade, mas The Tree of Codes certamente é um quebra-cabeças desafiador – principalmente, por sua forma. A obra, do mesmo autor de Extremamente Alto e Incrivelmente Perto, é o que se pode chamar de livro-objeto - além de ser lido, ele pode ser experimentado como uma obra de arte visual.
A ideia nasceu da vontade do autor de criar um livro a partir de recortes, explorando a relação física entre as páginas e a maneira como isso poderia ser desenvolvido para criar uma narrativa. Para tornar isso palpável, Foer tomou como base o livro A Rua dos Crocodilos, de Bruno Schulz, e passou recortar e subtrair dele palavras, frases e parágrafos, esculpindo (literalmente) uma nova história. O trabalho artesanal foi elevado a uma publicação em grande escala e quem compra o livro pode folhear suas frágeis e poéticas páginas vazadas, como nas imagens acima. Como transpor essa mesma experiência (e seu processo) para outra língua?
Consultoria: Adriana Pagano, professora e coordenadora da área de Tradução da Faculdade de Letras da UFMG e pesquisadora do Laboratório Experimental de Tradução da Faculdade de Letras da UFMG; Caetano W. Galindo, professor de Linguística Histórica na Universidade Federal do Paraná, doutor em Linguística pela USP e tradutor de livros de Tom Stoppard, James Joyce e Thomas Pynchon, entre outros.
segunda-feira, 9 de setembro de 2013
quarta-feira, 4 de setembro de 2013
Esses livros são tudo aquilo que um curioso de plantão espera. Códigos indecifráveis, verdades universais desconhecidas, contos sinistros que rodeiam sua origem… pena que nem todos estão para o acesso do público. Confira:
10. EMUNA ELISH
Para quem não sabe, os sumerios foram a primeira civilização da História. A base da nossa sociedade foi dada por eles. Emuna Elish, talvez o primeiro livro do mundo, foi descoberto por Austen Henry Layard em 1849 (em forma fragmentada) nas ruínas da Biblioteca de Assurbanipal em Nínive (Mossul, Iraque), e publicado por George Smith em 1876.
O Enûma Eliš tem cerca de mil linhas escritas em babilônico antigo sobre sete tábuas de argila, cada uma com cerca de 115 a 170 linhas de texto. A maior parte do Tablete V nunca foi recuperado, mas com exceção desta lacuna o texto está quase completo. Uma cópia duplicada do Tablete V foi encontrada em Sultantepe, antiga Huzirina, localizada perto da moderna cidade de ?anl?urfa na Turquia. O unico “probleminha” é a tradução da escrita sumeria, que nem sempre é possível, deixando lacunas em alguns textos.
Este épico é uma das fontes mais importantes para a compreensão da cosmovisão babilônica, centrada na supremacia de Marduk e da criação da humanidade para o serviço dos deuses. Seu principal propósito original, no entanto, não é uma exposição de teologia ou teogonia, mas a elevação de Marduk, o deus chefe da Babilônia, acima de outros deuses da Mesopotâmia.
O Enûma Eliš possui várias cópias na Babilônia e Assíria. A versão da biblioteca de Assurbanipal data do 7º século a.C. A composição do texto, provavelmente, remonta a Idade do Bronze, nos tempos de Hamurabi ou talvez o início da Era Cassita (cerca de 18 a 16 séculos a.C.), embora alguns estudiosos favoreçam uma data posterior a ca. 1100 a.C.
O que mais impressiona nesse livro é a descrição de aparatos, descrito pelo autor como “objeto dos deuses” que mais pareciam com nossos atuais aviões. Sem contar, claro, que boa parte dos livros sagrados que conhecemos parecem ter sido plágiadas dos escritos sumérios , entre eles , a Biblia e o seu Gênesis que é extremamente semelhante ao Emuna Elish.
São várias as similiridades entre a história da criação no Enuma Elish e a história da criação no Livro do Génesis. O Génesis descreve seis dias de criação, seguido de um dia de descanso, enquanto que o Enuma Elish descreve a criação de seis deuses e um dia de descanso. Em ambos a criação é feita pela mesma ordem, começando na Luz e acabando no Homem. A deusa Tiamat é comparável ao Oceano no Génesis, sendo que a palavra hebraica para oceano tem a mesma raiz etimológica que Tiamat.
Estas semelhanças levaram a que muitos estudiosos tivessem chegado à conclusão que ou ambos os relatos partilham a mesma origem, ou então uma delas é uma versão transformada da outra.
9. OS LIVROS DO DESTINO
Eram os últimos anos do século 6 a.C. quando uma viajante entrou pelos portões de Roma e pediu uma audiência com Tarquínio, governante da cidade. A estrangeira trazia 9 livros que continham “revelações divinas”. Pediu 300 peças de ouro pelo lote, provavelmente escrito em folhas de palmeira ou papiro, já que não havia pergaminhos na época. Tarquínio recusou. Irritada, a desconhecida queimou 3 livros e ofereceu os restantes pelo mesmo preço. Proposta negada, ela destruiu outras 3 obras e repetiu a pedida. Impressionado, Tarquínio consultou seus sacerdotes e comprou os livros sobreviventes. Em seguida encerrou os volumes numa cripta subterrânea sob o Templo de Júpiter Capitolino – o mais importante da cidade.
Esse relato foi narrado por diversos historiadores antigos. Lactâncio, que viveu no século 3 d.C., afirmou que a desconhecida era Sibila de Cumas, sacerdotisa do deus Apolo, que tinha o dom da clarividência. Seus livros estariam repletos de profecias. Hoje, sabe-se que a maior parte da história não passa de lenda. O que não resolve o mistério. Por exemplo: havia, de fato, uma coleção de obras misteriosas nos subterrâneos do Templo de Júpiter. Era conhecida como Libri Fatales, os “Livros do Destino”, ou Libri Sibillini, os “Livros da Sibila”.
Escritos em grego, os volumes só podiam ser manuseados por sacerdotes conhecidos como quindecemviri, ou “os quinze homens”, e sob ordem expressa do Senado. Revelar seu conteúdo rendia a pena de morte. Os livros eram consultados sempre que uma calamidade se aproximava. Interpretando os versos, os sacerdotes encontravam a solução para o problema e prescreviam construções de templos, orações ou sacrifícios humanos. A enigmática coleção foi destruída em 83 a.C., quando o Templo de Júpiter ardeu em chamas. De seu conteúdo, restaram apenas alguns poucos versos.
A origem dos Libri até hoje intriga historiadores. Para o francês Raymond Bloch, as obras foram escritas pelos etruscos – povo que habitava a Itália antes de Roma ser fundada – e traduzidas para o grego. Há quem opine que tudo não passava de embuste. “Os livros podem ter sido forjados pelo próprio Tarquínio, que usaria as profecias para justificar suas decisões”, escreveu a espanhola Concha de Salamanca no Dicionário del Mundo Clásico.
A história dos Libri não acabou com o incêndio do templo. Até o século 4, escritores forjaram cópias da coleção para propagandear o cristianismo: os versos traziam previsões, “escritas séculos antes do nascimento de Jesus”, que falavam sobre a vinda do Messias. As farsas circularam pela Europa durante séculos e foram reunidas num único volume pelo editor Servatius Gallaeus, na Holanda. Isso em1689.
8. DELÍRIOS DE SÃO TOMÁS
Um casal de gêmeos siameses é embalado por um pássaro azul gigante. Enquanto isso, dois cavaleiros cruzam lanças montados em feras monstruosas: o primeiro usa um elmo feito de raios de sol, o segundo tem 3 rostos semelhantes às fases lunares. Mais adiante, uma criança nua, com a cabeça estraçalhada, arranca pedaços do tórax e os oferece a um companheiro. Sob as asas negras de um corvo, um macaco sorridente toca violino.
Considerado incompreensível pela maioria dos estudiosos, Aurora pertence a um gênero há muito desaparecido: o tratado alquímico. A alquimia era uma espécie de ciência primitiva, que misturava química, filosofia, astrologia e misticismo. Seus praticantes dedicavam-se a uma tarefa digna de contos fantásticos: encontrar a fórmula da “pedra filosofal”, substância capaz de converter metais em ouro e de prolongar a vida. As imagens podem ser vistas como metáforas para os processos de transformação – um animal macho e um animal fêmea juntos, por exemplo, poderiam simbolizar a união do enxofre com o mercúrio, substâncias que os alquimistas consideravam opostas.
Durante centenas de anos, o Aurora foi uma das obras mais raras do mundo ocidental. Suas cópias limitavam-se a manuscritos esparsos. Até que no início do século 20 uma reprodução foi casualmente descoberta por um bibliófilo famoso: o psicólogo suíço Carl J. Jung, que ficou hipnotizado pelas imagens fantasmagóricas e interpretou os símbolos alquímicos do Aurora como alegorias do inconsciente humano. Jung levava a sério a versão que atribuía a obra a são Tomás. Para ele, o livro era uma transcrição das últimas palavras do filósofo, pronunciadas em seu leito de morte no mosteiro de Santa Maria della Fossa-Nuova, na Itália. A hipótese é apoiada nos relatos de alguns biógrafos que afirmam que o santo morreu em estado de perturbação mental, assombrado por delírios místicos e visões do além. “À primeira vista, o Aurora parece um texto esquizofrênico, com múltiplos sentidos divergentes”, diz Gelson Luis Roberto, presidente do Instituto Junguiano do Rio Grande do Sul. “Mas um olhar mais cuidadoso revela que, talvez, trate-se dos últimos estertores de uma mente brilhante.”
7. O ENIGMA DE VENEZA
Os livros impressos no século 15 são conhecidos como incunabula – de incunabulum, em latim, “berço” ou “princípio”. Raros, frágeis e belos, são objeto de desejo de qualquer bibliófilo. Em dezembro de 1499, chegou às estantes de Veneza um dos incunabula mais estranhos e controvertidos. A obra tem biografia tão intrigante quanto o título da capa: Hypnerotomachia Poliphili, que numa tradução aproximada do grego significa “A Luta Amorosa de Poliphilo em um Sonho”. A autoria é desconhecida – apenas o editor é conhecido: Aldus Manutius, o primeiro impressor profissional da Itália.
6. O DOUTOR FANTÁSTICO
A aura de mistério que cerca os Libri Fatales ou o Aurora Consurgens é alimentada pelo anonimato. Já as Opera Omnia Paracelsi (“Obras Completas de Paracelso”) entraram para o panteão dos enigmas pelo motivo oposto: as lendas e controvérsias que cercam a figura de seu autor. O suíço Theophrastus Philipus Aureolus Bombastus, mais conhecido como Paracelso, é um dos autores mais esquisitos na história. Era médico, químico e astrólogo; baixinho, enfezado e beberrão. Viajou com uma pequena trouxa de roupa pela França, Suécia, Rússia. Há quem diga que ele foi até a China, que estudou os segredos dos sábios de Constantinopla.
Paracelso fez fama transcrevendo suas experiências. Para ele, o Universo tinha demônios, espíritos e bruxas. Magia e ciência se cruzavam. E o mundo guardava uma doutrina secreta, passada a cada geração por magos persas, sacerdotes egípcios e alquimistas medievais, que ensinava a transformar metais, prever o futuro e tratar doenças incuráveis. Os inimigos esbravejavam, mas não conseguiam resolver a contradição: parecia inexplicável que a ciência maluca de Paracelso funcionasse tão bem – ele conseguia curar mais gente do que seus críticos.
A maior parte dos seus escritos foi reunida na coleção Omnia Opera, publicada no século 16. Desde então, sua fama oscila de louco a visionário. “Ele é uma figura controvertida, no limite entre a ciência e o obscurantismo”, diz Jorge de Carvalho, antropólogo da Universidade Nacional de Brasília. Essa combinação de cientista moderno e feiticeiro medieval ainda é um enigma – e as páginas de seus tratados continuam tão intrigantes e perturbadoras quanto 5 séculos atrás.
5. A SAGA: OPERAÇÃO CAVALO DE TRÓIA
Quando chegou na livraria, esse livro apesar de muito bom, foi classificado como ficção e não obteve um sucesso imediato. Bom, isso até o autor J.J.Benitez decidir dar umas entrevistas para divulgar o livro. Nessas entrevistas, provavelmente num golpe de marketing genial, Benitez afirmou que o livro era baseado em fatos reais. Pronto, explodiu, virou best-seller. O fato ganhou força quando os críticos literários começaram a falar que ou o livro era cópia de algum manuscrito, tamanha era o grau descritivo contido ali ou estávamos perante um relato verdadeiro (ao subestimar Benitez, dizem que ele não era capaz de escrever o livro, eles ajudaram a promover ainda mais).
Em resumo, Operação Cavalo de Tróia é uma coletânea de dossiês divulgados em oito livros do autor J. J. Benítez, que narra uma missão da Força Aérea dos Estados Unidos na qual um módulo chamado “berço” é levado ao ‘passado’ com o propósito de comprovar a existência de Jesus Cristo. A missão é chamada de Operação Cavalo de Tróia, e como de costume das forças militares Norte Americanas, não são revelados grandes detalhes dos métodos de física utilizados para a ‘reversão’, nada além de “novos conceitos da física quântica vindos da Europa” é dito. Conceitos obviamente, sigilosos também.
Os detalhes da vida de Jesus, assim como as conversas em que Ele fala abertamente sobre sua origem divina e sobre o que é a sua missão na Terra, deixam claro que a Igreja Católica teria passado longe da mensagem original. A diferença entre os acontecimentos presenciados pelo Major e os narrados nos textos sagrados é enorme, mas compreensível. Segundo as próprias observações da personagem, os evangelistas nem sempre estavam presentes aos acontecimentos que narraram anos depois e, mesmo quando estiveram, sua formação cultural não permitia que compreendessem totalmente os acontecimentos.
Segundo esta obra, a mensagem de Jesus fala de um Deus-pai – sempre bom e generoso. Um Deus que não exige templos nem rituais (nem dizimo). Algo que precisa ser vivenciado para ser compreendido, e que não pode ser comprovado, como desejavam os militares (e a ciência).
4. A FILOSOFIA DA VIAGEM NO TEMPO
A história de como esse livro foi escrito é um tanto confusa e retrata a loucura de uma freira ou talvez uma verdade desconhecida por todos (inclusive, Donnie Darko, um título cult do cinema, foi inspirado nesse livro). O prefácio, datado de Outubro de 1944, é usado como agradecimento a seis freiras de Saint John, Alexandria – Virgínia, pelo suporte que deram a Roberta Sparrow na decisão de escrever o livro. Consciente de que a obra que escreveu poderia não ser apenas uma obra de ficção, Roberta Sparrow pede ao destinatário do livro que, no caso de viver a experiência por ela descrita, a procure, no caso de ainda se encontrar viva. Esta passagem está claramente marcada no filme Donnie Darko, onde a “avó Morte” verifica várias vezes a sua caixa de correio, na esperança perpétua de ter recebido uma carta que confirme que o seu texto é não-fictício, antes que seja tarde demais. Donnie acaba por escrever-lhe a tão desejada carta, estando abaixo esta mesma na íntegra:
” Querida Roberta Sparrow,
Aproximei-me de si no seu livro e há tantas coisas que preciso perguntar-lhe. Às vezes tenho medo do que possa dizer-me. Às vezes tenho medo que me diga que isto não é uma obra de ficção. Só posso esperar que as respostas cheguem no meu sono. Espero que quando o mundo acabar, eu possa respirar aliviado, porque haverá tanto porque esperar…”
O prefácio do livro diz: “O propósito deste pequeno livro é para ser usado como um guia direto e simples em um momento de grande perigo. Eu rezo para que isto seja simplesmente uma obra de ficção. Se não for, então eu rezo por você, o leitor deste livro. Se eu ainda estiver viva quando os acontecimentos prenunciados nestas páginas ocorrerem, então espero que você me encontre antes que seja tarde demais.”
Abaixo segue um resumo do que é descrito no livro:
CAPÍTULO I: UNIVERSO TANGENTE
o Universo Primário é tendencioso à grande caos . guerra, praga, fome e desastres naturais são comuns . A morte vem para todos . a Quarta Dimensão do Tempo é uma construção estável, porém não impenetrável . incidentes quando o tecido da Quarta Dimensão se torna corrompido são incrivelmente raros . se um Universo Tangente ocorrer, será altamente instável, se sustentando não mais do que por algumas semanas . eventualmente vai colidir consigo próprio, formando um buraco-negro junto ao Universo Primário capaz de destruir toda a existência .
CAPÍTULO II: ÁGUA E METAL
água e metal são os elementos da viagem no tempo . água é o elemento barreira para a construção de Portais Temporais usados como portais entre os Universos no Vortex Tangente . metal é o elemento transicional para a construção dos Artefatos .
CAPÍTULO IV: OS ARTEFATOS E OS VIVOS
quando um Universo Tangente ocorre, aqueles vivendo ao redor do Vortex vão se encontrar no epicentro de um perigoso novo mundo . os Artefatos providenciam os primeiros sinais de que um Universo Tangente ocorreu . se um Artefato ocorrer, os Vivos vão recebê-lo com grande interesse e curiosidade . os Artefatos são feitos de metal, assim como a flecha das antigas civilizações Maias, ou como a espada de metal da Idade Média . Artefatos que retornaram ao Universo Primário geralmente são conectados à iconografias religiosas, uma vez que sua aparição na terra desafia a lógica e a razão . intervenção divina é tratada como a única conclusão lógica para o aparecimento dos Artefatos .
CAPÍTULO VI: RECEPTORES VIVOS
os Receptores Vivos são escolhidos para guiar os Artefatos em posição para a jornada de retorno até o Universo Primário . não se sabe como ou porque o Receptor será escolhido . o Receptor Vivo é abençoado com poderes quadri-dimensionais . estes incluem super-força, telecinése, controle mental, e a habilidade de conjurar fogo e água . o Receptor Vivo é constantemente atormentado por sonhos aterrorizantes, visões e alucinações; durante seu tempo no Universo Tangente . aqueles que rodeam o Receptor Vivo, conhecidos como Manipulados, vão temê-lo e vão tentar destrui-lo .
CAPÍTULO VII: OS MANIPULADOS VIVOS
os Manipulados Vivos geralmente são amigos próximos e vizinhos do Receptor Vivo . estão expostos ao irracional, ao bizarro e ao comportamento violento . esse é o infortúnio resultado de sua tarefa, que é ajudar o Receptor Vivo a enviar o Artefato de volta ao Universo Primário . os Manipulados Vivos vão fazer de tudo para se salvar do oblívio .
CAPÍTULO X: OS MANIPULADOS MORTOS
os Manipulados Mortos são mais poderosos que o Receptor Vivo . Se uma pessoa morre durante seu tempo no Universo Tangente, essa terá o poder de contactar o Receptor através da Construção Quadri-Dimensional . A Construção Quadri-Dimensional é feita de água . O Manipulado Morto irá manipular o Receptor Vivo usando a Construção Quadri-Dimensional (vide Apêndice A e Apêndice B). o Manipulado Morto irá armar uma Armadilha de Segurança para o Receptor, para ter certeza de que o Artefato retorne com segurança para o Universo Primário . Se a Armadilha de Segurança for bem-sucedida, o Receptor Vivo não terá escolha além de usar os seus poderes quadri-dimensionais para mandar o Artefato de volta no tempo até o Universo Primário antes que o Buraco Negro entre em colapso consigo mesmo .
CAPÍTULO XII: SONHOS
quando os Manipulados Vivos acordam de sua jornada através do Universo Tangente, são perseguidos por essa experiência nos seus sonhos . muitos deles não irão se lembrar . aqueles que se lembrarem da Jornada, sentirão um grande remorso pelos pesares de suas atitudes vividas nos seus Sonhos, a única evidência física enterrada junto ao próprio Artefato, tudo que resta do mundo perdido . mitos antigos nos dizem sobre o guerreiro maia morto com uma flecha que cai de um penhasco, aonde não tinha exército ou inimigos achados . nos foi dito sobre o cavaleiro medieval, misteriosamente morto sob a espada que ainda não havia sido feita .
nos foi dito que as coisas acontecem sem uma razão .
O Apêndice do Livro conta com duas ilustrações de Sparrow, mostradas abaixo:

O que mais assusta nesse livro é o fato dele ser escrito em 1944, por uma freira que passou parte de sua vida enclausurada em um convento e mesmo assim, os conceitos inseridos no livro só serão abordados como alvo de estudo 44 anos depois, no livro de Stephen Hawking, Uma Breve História do Tempo. Essa observação deixa a questão: Como poderia a escritora ter abordado tais conceitos se eles, embora já existissem de forma primitiva na época, eram reservados para Físicos Teóricos por meio de anotações e documentos. Não havia internet, nem livros, nada pelo qual ela pudesse entrar em contato a não ser os próprios Físicos, para engendrar essa maluca história.
3. LIVRO DE URÂNTIA
O Livro de Urântia é uma obra literária, composta por 197 documentos escritos originalmente em Inglês, traduzido recentemente para mais idiomas e que serve como base ideológica de alguns movimentos religiosos e filosóficos.
Nas suas páginas, o livro refere ter sido compilado por um corpo de seres supra-humanos das mais diversas ordens, o texto fornece uma surpreendente perspectiva das origens, história e destino humanos, constituindo para os seus leitores assiduos uma nova revelação para a humanidade.
A identidade dos autores materiais do livro é desconhecida e nunca foi reclamada, existindo por este motivo muitas teorias a respeito da sua edição e autenticidade. O próprio livro refere que é assim para que nenhum humano possa ser proclamado “profeta” ou admirado de alguma forma por tal obra literária.
A identidade dos autores materiais do livro é desconhecida e nunca foi reclamada, existindo por este motivo muitas teorias a respeito da sua edição e autenticidade. O próprio livro refere que é assim para que nenhum humano possa ser proclamado “profeta” ou admirado de alguma forma por tal obra literária.
Embora seja uma fonte de inspiração e conhecimento para muitos líderes religiosos e instituições estabelecidas, religiosas ou não, não surgiu, até hoje, religião formal de seus ensinamentos. Grupos de estudo, fundações, sociedades, continuam surgindo, pois o livro é uma inspiração a debates para todos aqueles que tomam conhecimento de seu conteúdo. O próprio livro aconselha à não formação de uma religião instituida, referindo que esta deve ser pessoal.
Parte I
São 31 capítulos que descrevem a natureza da realidade Suprema e a organização astronômica-cosmológica do universo. A Trindade do Paraíso junto com a Ilha do Paraíso – o centro material e gravitacional do universo – descrita como fonte de toda energia, matéria, vida e personalidade. Um universo de hierarquia organizada, evoluindo como um processo relativo à Trindade do Paraíso. O conjunto da criação é descrito como incluindo milhões de planetas habitados em todas as etapas de evolução biológica, intelectual, social e espiritual.
Parte II
São 25 capítulos que comentam a respeito do nosso Universo Local. Fala da história da matéria, da energia, constelações, dos Espíritos Ministrantes do universo local, das Hostes Seráficas, da rebelião de Lúcifer, dos problemas da rebelião, das esferas de Luz e de Vida e do crescimento do homem alcançado através de sua lealdade a Deus e do serviço abnegado aos nossos semelhantes. O plano divino para a criação, o desenvolvimento e o governo dos universos locais.
Parte III
Trata da História de Urântia, o planeta terra, que há 1 bilhão de anos atingiu o seu tamanho atual em um universo local chamado Nebadon. São 63 capítulos que compreendem a história do desenvolvimento geológico, do estabelecimento da vida, estabelecendo o palco para a história do homem, das civilizações, governos e instituições. Nessa parte é também discutido o conceito de Trindade. O desenvolvimento da civilização, da cultura, do governo, da religião, da família e de outras instituições sociais é descrito a partir do ponto de vista dos observadores supra-humanos. A história é contada de tal maneira que os arquétipos subjacentes à civilização religiosa humana ganham nova vida, fortalecendo as fundações sobre as quais um maior desenvolvimento cultural pode ocorrer. Uma descrição do destino humano, incluindo uma descrição dos mundos que habitaremos imediatamente após a morte.
Parte IV
Os 77 capítulos, mais de 700 páginas, que ocupam um terço do livro, relatam a vida de Jesus Cristo desde sua infância. Dão 16 vezes mais informações sobre a vida e os ensinamentos de Jesus do que a Bíblia. É o relato mais espiritual sobre Jesus até hoje escrito. Os três primeiros capítulos dão uma introdução, com profundidade literária, e o clímax do livro Urantia é atingido nessa última parte com preceitos, da vida e dos exemplos do Mestre. Esta parte do livro é vista como uma nova Revelação, uma nova face descrita de maneira tocante, de um Deus feito Homem, que em um exemplo de Amor, Fé e Caridade, sem dogmas, mostra à humanidade o caminho da evolução individual, o caminho até Deus.
Sobre a fonte misteriosa do livro
O Livro de Urântia é composto por 197 documentos, que se diz terem sido entregues entre 1928 e 1934 a um grupo de 70 pessoas, em Chicago, Illinois. Os autores que escreveram esses documentos tem seus nomes indicados no livro, junto com seus respectivos escritos. Os seres humanos aos quais os escritos foram supostamente entregues em mãos já faleceram e o modo pelo qual os escritos foram escritos ainda não foi plenamente explicado, pelos adeptos da doutrina, e dificilmente o será.
Revelações descritas nos livros
Há uma explicação dentro de suas próprias páginas sobre sua origem e de como foi entregue aos seres humanos esses documentos, que constituem a Quinta Revelação de Urantia. Diz-se que foram autorizados por autoridades da alta Deidade e escritos por numerosas personalidades supra-mortais. É chamada de “A Quinta Revelação de Época”, pois houve outras quatro grandes revelações no planeta. São Elas:
Dalamátia - O livro descreve com pormenor a chegada e o estabelecimento de um Príncipe Planetário em Urantia. Nesta altura fundou-se a cidade-modelo – Dalamátia – e suas escolas começaram a revelar ao mundo a verdade sobre o Pai Universal – Um Deus Único. Foi a primeira revelação organizada da verdade, há cerca de 500 mil anos atrás.
Adão e Eva - Adão e Eva chegaram ao nosso mundo há quase 38 mil anos, e se estabeleceram no Jardim do Éden. Os ensinamentos de Adão Eva constituem a segunda revelação do Pai Universal às raças humanas.
Melquisedeque - Maquiventa, um Filho da Ordem dos Melquisedeques, geralmente conhecidos como filhos emergenciais, que aceitou a missão de vir a esse mundo, pois a verdade outrora revelada estava ameaçada de extinção. Maquiventa auto-outorgou-se nesse mundo no ano de 1973 a.C. durante o tempo de Abraão, onde era chamado de Melquisedeque o sábio de Salém. Ele fez renascer na mente humana o conceito de Deus-Pai Único, Criador e Sustentador de todas as coisas.
Jesus de Nazaré – O Filho Criador do nosso universo local, nasceu em Belém no ano 7 a.C.. Viveu como um modelo para todos nós, dando o exemplo de vida, até chegar a sua hora de revelar ao mundo a grande verdade de que todos somos filhos de um único Pai, sem distinção de raça, cor, credo ou condição físico-social. Essa foi a quarta revelação da verdade em nosso mundo.
2. CODEX GIGAS
O Codex Gigas (Latim, que significa Livro Gigante) é considerado o maior manuscrito medieval existente no mundo. Foi criado no início do século XIII, presumivelmente no mosteiro beneditino de Podlažice na Boémia (actual República Checa), e agora está preservado na Biblioteca Nacional da Suécia, em Estocolmo. É também conhecido como a Bíblia do Diabo, devido a uma grande figura do diabo no seu interior e da lenda em torno da sua criação.
Uma nota na primeira página indica os monges do mosteiro beneditino de Podlažice, localizado perto de Chrudim e destruído durante o século XV, como os primeiros proprietários do códice. A reduzida dimensão deste mosteiro e a aparente escassez de recursos humanos e materiais faz levantar dúvidas sobre a sua capacidade de produção duma obra desta dimensão.
Os registos nela contidos terminam no ano de 1229. A ausência de qualquer referência à morte do rei da Boémia, Ottokar I, ocorrida em Dezembro do ano seguinte, sugere que a data mais provável para a sua conclusão é o final do ano de 1229 ou o início de 1230.
Devido a dificuldades financeiras do mosteiro de Podlažice, o códice foi mais tarde penhorado aos Cistercienses do mosteiro de Sedlec. A mesma nota na primeira página estabelece que em 1295 o códice voltou à posse dos beneditinos, após ter sido comprado pelo mosteiro de B?evnov. De 1477 a 1593, foi conservado na biblioteca de um mosteiro em Broumov até ter sido levado para Praga em 1594 para fazer parte da colecção de Rodolfo II.
No fim da Guerra dos Trinta Anos, em 1648, a colecção completa foi saqueada pelo exército sueco e, de 1649 a 2007, o manuscrito foi mantido na Biblioteca Nacional da Suécia.
Em 24 de Setembro de 2007, após 359 anos, o Codex Gigas voltou a Praga, a título de empréstimo, e esteve exposto na Biblioteca Nacional Checa até Janeiro de 2008.
Apesar desta lenda, o códice não foi proibido pela Inquisição e foi analisado por muitos estudiosos ao longo dos tempos.
O Codex inclui toda a versão Vulgata Latina da Bíblia, exceto para os livros de Actos e Apocalipse, provenientes de uma versão pré-Vulgata. Estão também incluídos a enciclopédia “Etymologiae” de Isidoro de Sevilha, “Antiguidades Judaicas” e “Guerras dos Judeus” de Flávio Josefo, “Chronica Boemorum” (Crónica dos Boémios) de Cosmas de Praga e vários tratados sobre medicina. Pequenos textos completam o manuscrito: alfabetos, orações, exorcismos, um calendário com as datas de celebração de santos locais e registo de acontecimentos relevantes, e uma lista de nomes, possivelmente de benfeitores e de monges do mosteiro de Podlažice. Todo o documento está escrito em latim.
O manuscrito contém figuras decoradas (iluminuras) em vermelho, azul, amarelo, verde e dourado. As letras maiúsculas que iniciam os capítulos estão elaboradamente decoradas com motivos que, frequentemente, ocupam grande parte da página. O Codex tem um aspecto uniforme pois a natureza da escrita não é alterada em toda a sua extensão, não evidenciando sinais de envelhecimento, doença ou estado de espírito do escriba. Isto levou a que se considerasse que todo o texto foi escrito num período de tempo muito curto (ver Lenda). No entanto, atendendo ao tempo necessário à marcação das guias de delimitação das linhas e das colunas, à escrita do texto, e ao desenho e pintura das ilustrações, os peritos acreditam que o livro terá levado mais de 20 anos a ser concluído.
A página 290 contém apenas uma figura original de um diabo, com cerca de 50 cm de altura. Algumas páginas antes desta, estão escritas sobre um velino escurecido e os caracteres são mais esbatidos que no resto do manuscrito. A razão para a diferença nas cores é que o velino, por ser feito a partir de peles animais, escurece quando exposto à luz. No decurso dos séculos, as páginas mais expostas acabaram por ter um aspecto mais escuro.
1. MANUSCRITO VOYNICH
Foi descoberto em 1912 na Villa Mondragone, em Frascati, perto de Roma, aquilo que representa um dos maiores enigmas do mundo. Junto de outros livros, um manuscrito misterioso e de conteúdo indecifrável até os dias de hoje, vem desafiando pesquisadores em etimologia (estudo da formação dos idiomas) e cientistas em várias áreas.Tudo teve início quando um comprador de antiguidades, o americano Wilfrid M. Voynich, adquiriu de um antigo colégio de jesuítas na Itália um estranho livro de caracteres indecifráveis até os tempos atuais, tendo em anexo uma carta com data de 1666 se referindo ao antigo proprietário do livro, o imperador Rodolfo II, da Boêmia (hoje região da Alemanha)
O livro estranho foi parar em Nova York depois de morte de Voynich e sua esposa. Por sua vez, o comprador, Hans P. Krauss, o doou para a biblioteca da Universidade de Yale.
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