segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

On 12:11 by papa   No comments

Jan Scheuermann, de 53 anos, possui doença rara que ataca células nervosas


Os pesquisadores da Universidade de Pittsburgh e a americana Jan Scheuermann, que é tetraplégica, conseguiram atingir um nível de destreza “sem precedentes” com um braço robótico controlado através da mente. Por meio de impulsos nervosos, o braço artificial é capaz de reproduzir movimentos com uma velocidade e habilidade quase igual a de um braço humano.

Braços robóticos controlados com a mente não são exatamente novos, mas houve um avanço significativo aqui: após 13 semanas de treinamento, Scheuermann conseguiu completar 91,6% das tarefas que envolviam encaixar objetos de formas diferentes nos lugares certos. Segundo Andrew Schwartz, professor de neurobiologia da Universidade de Pittsburgh, os resultados foram os melhores apresentados até hoje.
Jan Scheuermann aprendeu a controlar o braço robótico no segundo dia de treinamento
Há 13 anos, Scheuermann foi diagnosticada com degeneração espinocerebelar, uma doença rara que ataca células nervosas do tronco cerebral, cerebelo e medula espinhal. Ela foi perdendo os movimentos aos poucos e hoje não consegue mover seus braços e pernas. Agora consegue pegar cones, blocos e bolas pequenas, mas apenas no laboratório — o braço robótico é grande e os pesquisadores ainda estão pensando numa forma de montá-lo para que ele seja usado no dia a dia.

Para que Scheuermann conseguisse controlar o braço, foram implantados microeletrodos no córtex motor, uma área do cérebro relacionada ao movimento. Esses sensores são conectados ao braço robótico, que transforma os impulsos elétricos em movimentos. Os pesquisadores precisaram registrar previamente a atividade cerebral de Scheuermann, que imaginou vários movimentos com o braço.
Toca aí mano!
Parece bem intuitivo: Scheuermann conseguiu movimentar o braço já no segundo dia de treinamento. Uma das fotos de divulgação da pesquisa mostra um dos voluntários dando um tampinha na mão de um pesquisador. E pode ficar melhor: no futuro, talvez seja possível que os braços enviem os impulsos ao cérebro das pessoas, permitindo que elas possam sentir texturas e temperaturas.

Para os interessados em detalhes mais científicos, o estudo completo sobre o braço robótico foi publicado no jornal The Lancet.

Com informações: BBCEl PaisGizmodoTerra.

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