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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

On 14:48 by papa in , , , ,    No comments
Os sonhos são um dos últimos grandes territórios não mapeados da civilização humana. Nós passamos milênios tentando interpretar porque nossas mentes criam tais paisagens bizarras e sobrenaturais enquanto dormimos. Agora, a ciência está tentando descobrir o que acontece quando sonhamos, por que sonhamos, e afinal de contas o que os sonhos significam. Nós já sabemos que existem algumas conexões verdadeiramente bizarras entre a realidade e o imaginário surreal do mundo dos sonhos e listamos algumas:

10. A solidão aumenta o número de sonhos

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Todo mundo sonha, mas não da mesma forma. Isso é uma coisa que o neurologista Patrick McNamara descobriu em 2001, quando começou a trabalhar na ideia de que as relações sociais afetam os sonhos. Sua equipe testou 300 estudantes universitários que foram classificados com base em seu estado de apego – quão confortável eles estavam com a intimidade e qual seria a probabilidade de evitar um relacionamento. A condição de apego foi separada entre “seguros” e “inseguros”.
McNamara descobriu que os estudantes que estavam no topo da escala insegura de apego tinham mais sonhos todas as noites, e com maior nível de detalhe, do que os alunos seguros. Curiosamente, os sonhos do grupo inseguro também foram classificados como muito mais mórbidos e intensos do que os do outro grupo.
Uma vez que a área do cérebro conhecida como córtex temporal anterior é importante tanto para o apego quanto para a fase REM do sono, o que pode estar acontecendo é que o aumento no número de sonhos preenche a lacuna para pessoas que não estão apegadas a ninguém ou não mantêm relações fortes com outras pessoas.

9. Videogames podem causar sonhos lúcidos

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O sonho lúcido é a capacidade de reconhecer o fato de que você está em um sonho. Depois de fazer isso, você é capaz de controlar o que acontece – você pode voar, ter relações sexuais, ter relações sexuais voando, ou seja, basicamente qualquer coisa que sua mente imaginar. Não surpreendentemente, isso é algo que um monte de pessoas se esforça para ter a cada noite, e livros inteiros que pretendem ensinar o leitor como ter um sonho lúcido já foram escritos. Bem, o que ninguém esperava é que tudo que temos que fazer é jogar videogame.
Jayne Gackenbach, da Grant MacEwan University, no Canadá, acredita que o tipo de controle de ambiente e consciência espacial que você tem ao jogar em um ambiente de jogo sobrepõe-se a como você percebe um ambiente de sonho. Isso torna mais provável que um jogador – em comparação com um não jogador – “tome o controle” do ambiente e tenha um sonho lúcido.
Ela também descobriu que os jogadores eram menos propensos a ter pesadelos: quando eles eram ameaçados nos sonhos, eles atacavam a ameaça e a transformaram em um desafio, em vez de fugir ou se assustar.

8. Animais se lembram dos seus sonhos

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A velha questão de por que sonhamos pode ter sido finalmente respondida – graças aos ratos. Matthew Wilson, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts – MIT, nos EUA, descobriu que quando os ratos foram treinados para correr em torno de uma pista circular, sua atividade cerebral tinha um padrão muito específico. Mais tarde, Wilson escaneou os cérebros dos ratos enquanto eles dormiam e descobriu que, em cerca de metade dos ratos, exatamente o mesmo padrão neurológico estava ocorrendo enquanto eles estavam em sono REM – os ratos estavam correndo o circuito novamente em seus sonhos.
Os dois exames foram comparados para que os pesquisadores pudessem realmente descobrir o que aquilo significava. Segundo eles, isto sugere que os cérebros dos ratos armazenaram as informações repetindo-as – na mesma velocidade da vida real, vale ressaltar. Wilson acredita que uma das principais funções dos sonhos é solidificar as memórias. É por isso que nós somos melhores em lembrar algo se aprendemos aquilo logo antes de dormir.
Isso também pode estar relacionado com o fato de que…

7. Pessoas com amnésia têm os sonhos mais estranhos

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Se nossos sonhos ajudam com a nossa memória, o que acontece quando você tem amnésia? A resposta: você não tem absolutamente nenhuma ideia sobre o que você está sonhando, mas sonha mesmo assim. Existem diferentes tipos de memória; amnésicos geralmente não podem armazenar novas memórias “declarativas” ou “episódicas” – fatos específicos ou referências de tempo (como quando ou onde você aprendeu alguma coisa). Mas quando amnésicos foram instruídos a jogar o jogo Tetris, eles sonhavam com isso de qualquer maneira, apesar de não lembrarem do jogo no momento em que foram dormir.
Os participantes do estudo foram acordados e questionados sobre o que viram nos sonhos. Três de cinco descreveram ter visto “blocos caindo e girando”, mesmo que eles não tivessem nenhum contexto para esta memória. Uma vez que uma grande parte do sonho está armazenada em nossas memórias recentes, amnésicos devem se deparar com esses tipos de imagens bizarras regularmente. Mesmo nos nossos sonhos mais bizarros, nós podemos normalmente identificar uma abundância de objetos familiares – para pessoas com amnésia, estas imagens parecem vir do nada.

6. Sonhos bizarros são um processo de classificação de memórias do cérebro

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O estudo com amnésia e o Tetris fizeram o seu autor, Dr. Robert Stickgold, criar uma outra hipótese sobre sonhos. Na verdade, sobre a razão para eles serem tão estranhos. Ele descobriu que amnésicos mantêm a aparência de um evento, mesmo que não possam conscientemente se lembrar dele, mas por algum motivo o cérebro reproduz as imagens durante o sono.
Sua teoria é que os sonhos aparentemente mais bizarros – aqueles em que você está em um restaurante com o seu professor de educação física da quinta-série, mas as cadeiras são feitas de gelatina vermelha e seu cachorro é o garçom – são o cérebro indexando diferentes estímulos para encontrar conexões. Seu cérebro está puxando o arquivo de memória do seu cachorro e comparando-o com o que você sabe sobre o seu professor de educação física, para ver se eles devem ser arquivados juntos. Stickgold define que o cérebro está “à procura de referências cruzadas – isso se encaixa com aquilo. Às vezes encaixa, às vezes não” (por qual motivo seu cérebro está tentando conectar seu cachorro com seu professor de educação física é um mistério que você vai ter que descobrir sozinho).
Um outro estudo indicou que a bizarrice de sonhos está relacionada com maior atividade na amígdala direita, uma área associada com a formação da memória. Isto dá um grande apoio à ideia de que quanto mais estranho um sonho é, mais o cérebro está tentando encontrar uma conexão entre coisas guardadas nos nossos armários de memória.

5. Os sonhos podem prever o futuro?

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Na década de 1960, o Centro Médico Maimonides, em Nova York, realizou uma série de testes paranormais. Um deles envolveu visões e premonições do futuro. Os indivíduos foram divididos em dois grupos: um grupo ficou acordado e concentrado em uma imagem específica, que era “enviada” a pessoas do segundo grupo, que estavam dormindo em outro quarto. Os pesquisadores então acordaram o segundo grupo durante o sono REM e pediram que as pessoas contassem seus sonhos. A parte estranha é que a maioria das pessoas no segundo grupo descreveu imagens exatamente como as que estavam sendo “enviadas” para eles.
Outro exemplo também vem dos anos 60: depois de uma tempestade, uma pilha de restos de carvão colapsou e cobriu uma escola na cidade de Aberfan, South Wales, no Reino Unido. Mais de cem pessoas morreram. Um psiquiatra chamado John Barker foi para Aberfan para perguntar se algum dos moradores da cidade tinha sonhado com o evento antes dele acontecer, e recebeu mais de 30 relatos de sonhos que prediziam o infeliz incidente. Há milhares de casos como este, até mesmo alguns já publicados em revistas médicas revisadas por pares. Como é que tantas pessoas sonharam com tragédias antes que elas acontecessem? Há relatos de até mesmo Abraham Lincoln ter sonhado com o seu assassinato.
Por outro lado, é possível que haja uma explicação simples e racional: a Lei dos Grandes Números. Aqui está uma explicação dada por Richard Wiseman, professor de psicologia na Hertfordshire University, no Reino Unido, conhecido por desmentir diversos fenômenos supostamente paranormais:
“Em primeiro lugar, vamos selecionar um homem aleatório e imaginário da Grã-Bretanha e chamá-lo de Brian. Em seguida, vamos fazer algumas suposições sobre Brian. Vamos supor que Brian sonha todas as noites de sua vida a partir de seus 15 anos de idade até os 75. Há 365 dias por ano, portanto esses 60 anos irão garantir que Brian experimente 21.900 noites de sonhos. Vamos supor também que um evento como o desastre Aberfan só vai acontecer uma vez em cada geração, e, aleatoriamente, atribuí-lo a qualquer dia. Agora, vamos supor que Brian só vai sonhar com o tipo de evento terrível associado a essa tragédia uma vez em toda a sua vida. As chances de Brian ter seu sonho de ‘desastre’ na noite antes da tragédia real é mínima: cerca de 22.000 para um. No entanto, aqui vem o dado importante. Na década de 1960, havia cerca de 45 milhões de pessoas na Grã-Bretanha. Espera-se que uma pessoa em cada 22.000, ou cerca de 2.000 pessoas, tenham tido esta incrível experiência em cada geração. O princípio é conhecido como a Lei dos Grandes Números, e afirma que eventos incomuns são prováveis ​​de acontecer quando há muitas oportunidades para esse evento”.
Em outras palavras, quando um monte de diferentes fatores se juntam, há uma boa chance de que acabemos nos deparando com coincidências.

4. Você sonha mais do que imagina

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Ao contrário da crença popular, nós não sonhamos apenas durante o estágio REM do sono – podemos sonhar em qualquer um dos cinco estágios, embora sonhos REM sejam geralmente mais vívidos. Assim, mesmo que nós só entremos em sono REM aproximadamente a cada 90 minutos, podemos ter dezenas de sonhos todas as noites.
Mas por que nós não nos lembramos de todos eles? Bom, basicamente porque são bastante chatos. As pessoas são duas vezes mais propensas a lembrar de um sonho se ele é estranho ou incomum de alguma forma do que daqueles em que fazem coisas cotidianas. Os outros sonhos muitas vezes consistem em ações muito realistas, como passar roupa ou verificar o e-mail. Isso acontece porque, como os ratos no item oito, nossos cérebros gastam muito tempo remoendo ações anteriores, a fim de registrá-las como memórias e aprender com elas.
Mas os sonhos mais loucos – especialmente quando você acorda no meio deles -, têm um efeito duradouro que não é diferente do que acontece quando você vê algo realmente estranho na vida real, como por exemplo um cara pelado correndo pela rua. Você não vai se lembrar de qualquer uma das centenas de outras pessoas que estavam na rua naquele dia, mas o nudismo se destaca por ser surpreendentemente diferente e não acontecer sempre. Mesma lógica com os sonhos.

3. Você pode mudar sonhos através do olfato

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É bem conhecido que os estímulos externos – tais como uma luz ou um cheiro ou o som de um despertador – podem intervir em um sonho, mas certas coisas podem realmente afetar toda a qualidade do sonho e transformar um sonho agradável em um pesadelo, ou vice versa. Cheiros, por exemplo, podem ter um efeito dramático sobre o que você sonha.
Em um estudo, os pesquisadores deixaram os participantes dormirem e, em seguida, bombearam um produto químico através dos tubos nasais que cheirava tanto a ovos podres, rosas ou nada (como uma forma de controle). Em seguida, eles acordaram as cobaias e perguntaram sobre o que elas tinham sonhado. Os participantes que receberam os ovos podres informaram que o tom emocional de seus sonhos mudou, mesmo que o sonho não tivesse nada a ver com cheiros. Por exemplo, uma pessoa relatou ter sonhado com uma mulher chinesa, e de repente parecia estar com nojo dela por nenhuma razão aparente. O tom do sonho mudou quase imediatamente.

2. Pesadelos podem afetar seu humor

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Você está se sentindo ansioso? Deprimido? Neurótico? Você pode estar tendo pesadelos. Pelo menos isso é o que foi sugerido por um estudo que pediu a 147 estudantes que preenchessem um questionário a cada manhã durante duas semanas para medir a frequência dos seus pesadelos. No final do período de duas semanas, os alunos foram avaliados com o EPQ-RS e o POMS-BI, dois testes usados para avaliar o estado psicológico de uma pessoa.
No final da pesquisa, os pesquisadores descobriram uma forte ligação entre o número de pesadelos que uma pessoa tinha e seu estado de bem-estar durante o dia. Quanto mais pesadelos os participantes relataram, pior se saíram nas avaliações psicológicas. Claro, o problema com este estudo é que é sempre possível que as pessoas que estejam deprimidas por outras razões tendam a ter mais pesadelos, o que parece ser verdade. Mas de qualquer forma que os resultados sejam analisados, os pesadelos parecem ser capazes de atravessar a fronteira do sono até nossa mente desperta – antes de ficarmos deprimidos, desta forma causando a depressão, ou depois, como resultado dos nossos problemas reais. Assustador.

1. Sonhar é uma dose diária de esquizofrenia

sonhos 1
Falando em coisas assustadoras, acredita-se atualmente que os sonhos são muito semelhantes ao estado de delírio experimentado por esquizofrênicos – principalmente no que diz respeito às áreas ativas do cérebro. Em outras palavras, os cérebros dos esquizofrênicos simplesmente não desligam o interruptor que liga e desliga os sonhos durante o dia. A partir de uma perspectiva diferente, isso também significa que cada noite quando nós sonhamos, o que realmente acontece é que estamos mergulhando em um estado de esquizofrenia, uma espécie de “loucura particular noturna”.
Sonhos ilusórios, aqueles mais estranhos, podem ser o resultado de circuitos incompetentes no cérebro – ele tenta fazer uma conexão, mas apenas consegue apresentar uma mistura de memórias desconexas, e o que chega para nós são os sonhos bizarros. Todo mundo tem estes. Mas na esquizofrenia e em outras condições semelhantes, os circuitos incompetentes acendem em momentos aleatórios, dando a mesma experiência que o sonho ilusório, mas enquanto a pessoa está acordada. 

Fonte: Listverse
On 05:28 by papa in , ,    No comments
edicao genes embrioes humanos
Cientistas do Reino Unido receberam autorização para editar embriões humanos. Eles vão modificar geneticamente os embriões e assistir seu desenvolvimento por até sete dias, em uma tentativa de descobrir o que influencia abortos naturais.
O procedimento controverso será realizado no Instituto Francis Crick, em Londres, na Inglaterra, e de início apenas 30 embriões participarão do estudo.

Sinal verde

A Autoridade de Fertilização e Embriologia Humana do Reino Unido (HFEA, na sigla em inglês) – que regula todas as clínicas que oferecem fertilização in vitro e armazenam esperma, óvulos e embriões – foi quem deu o sinal verde para o estudo.
No entanto, a edição genética não ocorrerá até ter a aprovação de um comitê de ética, que deve sair até março.
As normas da pesquisa serão rigorosas, no entanto. A edição de genes será permitida, mas continua ilegal implantar qualquer embrião editado em uma mulher.

A pesquisa

A Dra. Kathy Niakan, do Instituto Francis Crick, será a principal pesquisadora do estudo. Ela está interessada em descobrir quais genes estão envolvidos no desenvolvimento de embriões humanos, e como eles podem levar à infertilidade e abortos.
Estima-se que, de 100 ovos fertilizados, cerca de metade falham nos estágios iniciais de desenvolvimento, enquanto apenas cerca de 25 implantam no útero. Suspeita-se, a partir de estudos com ratos, que mutações genéticas desempenham um papel no sucesso ou não de um embrião.
O estudo vai usar embriões doados por casais passando por tratamento de fertilização in vitro que têm um excedente de embriões.
Os cientistas vão em seguida usar uma técnica de edição de genes conhecida como CRISPR-Cas9, que permite a identificação precisa, remoção e inserção de genes específicos. Neste caso particular, irá envolver um gene conhecido como OCT4, previamente implicado no desenvolvimento de embriões saudáveis em ratos.
Ao ativar e desativar este gene, os pesquisadores poderão observar como isso afeta o desenvolvimento embrionário precoce em humanos. Eles irão permitir que o embrião se desenvolva durante sete dias, até que seja composto de cerca de 250 células.

Medos

Enquanto muitos cientistas gostaram da decisão britânica, inevitavelmente, alguns grupos têm expressado preocupação.
No ano passado, por exemplo, 150 cientistas, ativistas e especialistas em saúde assinaram uma carta aberta alertando que a edição genética de embriões humanos “irrevogavelmente altera a espécie humana”, já que essas modificações podem ser passadas ao longo de gerações.
A nova pesquisa não corre esse perigo, no entanto, uma vez que os embriões editados não serão implantados.
“A decisão da HFEA é um triunfo para o bom senso”, disse Darren Griffin, professor de genética na Universidade de Kent. “Embora seja certo que a perspectiva de edição de genes em embriões humanos levanta uma série de questões éticas e desafios, o problema foi tratado de uma forma equilibrada. É claro que os benefícios potenciais do trabalho proposto superam os riscos previstos”. 

Fonte: IFLS

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

On 13:05 by papa in , ,    No comments
  • Benjamin Zand enfrentou efeitos colaterais, como insônia, após tomar "pílula de inteligência"
    Benjamin Zand enfrentou efeitos colaterais, como insônia, após tomar "pílula de inteligência"
Encontradas de forma legal na Grã-Bretanha, as chamadas "pílulas da inteligência" têm crescido em popularidade no país.O repórter da BBC Benjamin Zand experimentou uma dessas drogas e relatou os efeitos. Leia seu depoimento:

Uma amiga me contou sobre as "pílulas da inteligência" há algum tempo.

"Todo mundo toma. Elas são apenas pílulas que ajudam na concentração", disse ela, que já tomava os comprimidos.

Muitas destas chamadas "pílulas da inteligência" são usadas como medicamentos convencionais para tratar problemas como a narcolepsia ou os causados por mudanças extremas de turno de trabalho.

Mas elas também têm sido consumidas por pessoas que querem trabalhar melhor.

O modafinil foi chamado de "a primeira pílula da inteligência segura do mundo" por pesquisadores das universidades de Harvard e Oxford, que sugeriram que os efeitos são de "baixo risco" quando o medicamento é consumido por um curto período de tempo.

No entanto, seus efeitos colaterais podem incluir insônia, dores de cabeça e erupções cutâneas potencialmente perigosas.

Depois de ler avaliações positivas online - alguns estudantes alegavam que essas pílulas melhoraram muito seu desempenho na universidade -, decidi fazer uma experiência e tomar o medicamento.
BBC
Zand comprou "pílulas de inteligência" em um site baseado na Índia

É ilegal vender modafinil na Grã-Bretanha sem receita médica, mas não é ilegal comprar. Há muitos sites, geralmente baseados na Índia, que vendem a substância.

Quando o pacote chegou, menos de uma semana depois da compra, as pílulas pareciam comprimidos de paracetamol.

Consulta e pesquisa

Depois de uma consulta médica - na qual ouvi que, por ser jovem e saudável, provavelmente não sofreria efeitos colaterais graves -, comecei a experiência.

Tomei o primeiro comprimido na Universidade de Cambridge, como parte de um teste cognitivo no qual os pesquisadores analisaram minha atenção visual constante, memória espacial, função executiva e memória episódica antes e depois de tomar a pílula.

"Fizemos vários estudos, que mostram um aumento na habilidade cognitiva - com médicos (trabalhando) no turno da noite e pessoas saudáveis em um ambiente controlado para o teste", afirmou Barbara Sahakian, uma das pesquisadoras.

Antes de tomar os comprimidos, meu nível de atenção estava entre os 15% a 20% dos melhores entre as pessoas da minha idade. Depois, estava entre os 5% a 10% dos melhores.

Sem dúvida comecei a me sentir mais desperto e com uma tendência menor à frustração. Mas também pode haver outros fatores que tenham afetado os resultados.

Minha mente continuava alerta. Viajei durante quatro horas para minha cidade, Liverpool, e não senti o cansaço que costumo sentir.

No entanto, esses foram os últimos resultados positivos que vivenciei com o modafinil.

No dia seguinte, tentei tomar outro comprimido para adiantar alguns trabalhos durante uma viagem de trem.

Mas fiquei mais distraído do que o normal. A pílula fez com que eu me concentrasse nas coisas erradas, como joguinhos no smartphone.

Com o passar do tempo, comecei a sentir uma dor de cabeça muito forte, perdi o apetite e sentia vontade constante de ir ao banheiro. Meu cérebro não estava trabalhando mais rápido, mas minha bexiga estava.

Naquela noite, quando tentava dormir, não conseguia me desligar e foi assim até as primeiras horas da manhã. Também encontrei um caroço na parte de trás da minha perna e outro apareceu no meu braço no dia seguinte; os dois coçavam.

Boas experiências

Minha experiência difere da de outras pessoas. Jason Auld, atleta e empreendedor de Edimburgo, na Escócia, afirmou que acha que pode alcançar tudo o que quer quando toma o modafinil.

"Faz você se sentir como se estivesse operando a 100% (de sua capacidade), você está indo com tudo o que pode. Geralmente não penso que isso é possível, mas o modafinil me permite fazer isto", disse.

Eu tive apenas uma explosão inicial de energia e aumento de concentração na primeira vez com o remédio. Depois, fiquei muito longe de meu melhor rendimento.

A terceira e última vez em que tomei o modafinil também foi decepcionante: a dor de cabeça voltou, fiquei cada vez mais desidratado e não senti fome.

E amigos me lembravam toda hora o quanto a minha pele parecia ruim: o modafinil não me deixava dormir e minha aparência era terrível.

Com o passar das horas eu parei de procrastinar, e o comprimido parecia estar fazendo o efeito desejado. Mas isso aconteceu apenas às 20h.

Trabalhei sem parar até cerca de 23h, editando, gravando, escrevendo. Fazendo coisas que nem sabia se precisaria fazer.

Sentia como se tivesse que continuar trabalhando, ao contrário de querer continuar.

Balanço

Os efeitos negativos do remédio pesaram bem mais do que os positivos.

Os corpos das pessoas reagem de forma diferente a comprimidos e produtos químicos e, depois de falar com meu médico, descobri que meu fígado tinha liberado uma enzima que tentou eliminar o modafinil do meu corpo.

Pelo fato de ter comprado o comprimido na internet, também levei em conta a possibilidade de ter adquirido um medicamento adulterado.

Mas Jason Auld, o atleta de Edimburgo, me disse que já tinha comprado do mesmo site.

De certa forma fiquei decepcionado por não ter tido a chance de sentir os efeitos positivos do modafinil, que tinha visto na internet.

Mas também me senti aliviado por não estar perdendo nada em relação às pessoas que tomam o medicamento.

Os efeitos colaterais e a falta de produtividade me mostraram que não é uma pílula milagrosa e definitivamente não pretendo tentar de novo.

Via: UOL
On 11:03 by papa in , ,    No comments
Seria a liberdade uma ilusão?


Há pessoas que gostam de pensar que tomamos cada uma das nossas decisões de forma consciente ou acham que não existe o livre-arbítrio. No entanto, o neurocientista Patrick Haggard da University College London (Reino Unido), diz que estudos indicam que antes de estarmos conscientes de que estamos decidindo algo tão simples, como beber um suco ou um café no café da manhã, ou qual caminho faremos para chegar ao trabalho, o nosso cérebro já escolheu.
As escolhas sobre que dirão qual será a nossa próxima ação resultam de uma série de reações bioquímicas que ocorrem no córtex parietal, como demonstrado pela Angela Sirigu, neurocientista do Centro de Neurociência Cognitiva, CNRS na França.
Além disso, os cientistas da Universidade da Califórnia (EUA) mostraram que a análise de uma área do córtex pré-frontal com ressonância magnética funcional, pode prever o comportamento humano em três dos quatro casos , revelando os propósitos e desejos dos indivíduos, mesmo antes de conhecê-los.
Estes estudos foram publicados recentemente no The Journal of Neuroscience que revelou existir uma ligação entre a atividade do cérebro humano com núcleos dos neurônios – o centro das recompensas – e o comportamento futuro no que diz respeito à alimentação e sexo, de modo que com um scanner você pode prever o quanto uma pessoa pesará dentro de seis meses, e até mesmo como será sua vida sexual.

Via: Ah Duvido

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

On 02:18 by papa in , , ,    No comments
Hoje, a ciência exige que testes sejam conduzidos em um ambiente controlado e ético. Se a discussão ainda é polêmica quando se trata de experiências com animais, vale lembrar que, até bem recentemente, a experimentação científica em seres humanos era considerada aceitável, mesmo sem nenhuma cautela ou aprovação prévia.
Pior: em nome da descoberta, alguns pais arriscaram a vida ou a felicidade de seus próprios filhos, que se tornaram cobaias em experimentos horríveis. Confira:

6. O psicólogo que testou a resposta humana às cócegas acabando com a alegria de seu filho

experimentos horríveis que pais cientistas fizeram em seus próprios filhos 6

Em 1933, o psicólogo Clarence Leuba queria descobrir se rir quando recebemos cócegas é um instinto com o qual nascemos, ou se é uma resposta que aprendemos a partir da observação de outras pessoas fazendo o mesmo.
Ele chegou à conclusão de que a melhor oportunidade para estudar isso era usando seu filho recém-nascido como cobaia.
No interesse da ciência, Leuba primeira proibiu todo o tipo de cócegas em sua casa, permitindo que ela fosse feita apenas durante os períodos especiais experimentais. Além disso, ele proibiu explicitamente sua esposa de rir na presença do garoto, para que ele nunca ouvisse tal som e acidentalmente o associasse com cócegas. Certamente, resolver essa questão era importante o suficiente para Leuba de forma que ele sacrificaria a alegria da infância de seu bebê para respondê-la.
E esse nem é o aspecto mais aterrador deste experimento. Para ter realmente certeza de que seu filho não seria influenciado por suas expressões faciais, Leuba usava uma máscara assustadora de papelão branca com fendas estreitas nos olhos ao fazer cocegas na criança, e em um esforço para não influenciar seu riso (já que ele não ganhou um Nobel, será que ele ganhou um prêmio de pior pai do mundo?).
Surpreendentemente, o garoto começou a rir, mas, de acordo com Leuba, a validade do teste foi arruinada por sua esposa, que confessou já ter rido na presença da criança, enquanto a balançava nos braços.
Leuba não se deixou vencer, no entanto. Não contente em arruinar os primeiros meses da vida de um filho, começou um segundo teste com sua segunda filha, impedindo qualquer riso em sua casa por sete meses, até que ela riu espontaneamente quando recebeu cócegas. Está aí sua resposta, Leuba. Feliz?

5. O homem que inventou a vacina contaminando seu filho com varíola

experimentos horríveis que pais cientistas fizeram em seus próprios filhos 5

No final do século 18, o médico inglês Edward Jenner estava tentando provar sua teoria: que deliberadamente infectar as pessoas com uma doença bovina que não era grave, chamada de varíola bovina, lhes daria imunidade à varíola, uma doença desfigurante e potencialmente fatal.
Sabemos hoje que Jenner estava certo – o processo que ele inventou agora é chamado de vacinação -, mas, naquela época, sua teoria era baseada na observação de que as pessoas que trabalhavam com vacas não tendiam a pegar varíola.
Compreensivelmente, a comunidade científica não estava convencida por este pequeno fato para apoiar Jenner, de forma que o médico decidiu fazer o óbvio: infectar de propósito seu filho, Edward Jr., com ambas as doenças.
Inocular as pessoas daquela época não era tão simples quanto é hoje, ou seja, com uma picada no braço. O que Jenner realmente teve que fazer foi cortar o braço de seu filho e enfiar um monte de pus infectado ali.
Pior: Jenner não só fez isso com seu próprio filho, mas com várias crianças da vizinhança. Claro que, se ele estivesse errado e todos aqueles meninos contraíssem varíola e morressem da doença, Jenner provavelmente não seria conhecido como um herói da medicina, mas sim como mais um dos notórios assassinos em série ingleses como Jack, O Estripador, com um nome do tipo “O Monstro do Pus de Londres”.
Embora tenha demorado um pouco para que a vacinação realmente pegasse no mundo, hoje ela é uma das melhores coisas que a ciência já possibilitou à saúde humana.

4. O toxicologista que picou seu filho com uma água-viva mortal para ver se ela era mortal

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Em 1964, um toxicologista marinho australiano chamado Jack Barnes estava investigando a água-viva que ele achava ser responsável pela produção da “síndrome de Irukandji”, uma coleção de sintomas misteriosos que estava aparecendo em alguns nadadores australianos.
Barnes finalmente encontrou uma amostra da pequena água-viva que ele suspeitava ser a culpada em uma praia de Queensland, mas precisava testar se ela era realmente venenosa, e não apenas alguma água-viva não venenosa que não era digna de seu status como australiana. Então, testou a picada da água-viva em três pessoas: em si próprio, em um salva-vidas local e em seu filho de 9 anos de idade, Nick.
A síndrome de Irukandji é descrita por suas vítimas como uma dor pior do que o parto, insuportável até o ponto em que os sofredores muitas vezes pedem para morrer. No entanto, Barnes aparentemente concordou em picar seu filho só porque ele perguntou se podia tentar. Leuba, você se safou – o pior pai do ano é na verdade Barnes.
Como deveria ter sido completamente esperado, todos acabaram no hospital 20 minutos depois, contorcendo-se em convulsões e agonia, porque é isso que a síndrome causa. Felizmente, todas as “cobaias” se recuperaram muito bem, mas o jovem Nick admitiu mais tarde que realmente sentiu o desejo de morrer durante o calvário.
Vale a pena esclarecer que a Carukia barnesi, água-viva testada por Barnes, não é a única que causa a síndrome. Todo um grupo de animais chamados de cubozoários podem torturar vítimas com Irukandji.

3. O homem que praticamente aprisionou seu filho para lhe ensinar uma língua morta

experimentos horríveis que pais cientistas fizeram em seus próprios filhos 3


Em 1881, o lituano nascido judeu Eliezer Ben-Yehuda emigrou para a Palestina e percebeu que todos os outros imigrantes judeus estavam falando um monte de línguas estrangeiras diferentes e não conseguiam se entender, o que tornava muito difícil para eles se organizarem como um povo. Ele concluiu que os judeus deveriam estar falando em uma língua comum, e que havia uma disponível – o hebraico. Problema: o hebraico não era falado como língua materna desde o século III aC.
Sendo assim, Ben-Yehuda decidiu que seu filho, Ittamar, teria o privilégio de ser o primeiro falador de hebraico nativo em alguns milhares de anos. Ia ser complicado – o hebraico do Antigo Testamento não tinha palavras para coisas como “trens a vapor”, então Ben-Yehuda teve que inventar grandes porções da linguagem de modo que fosse capaz de ensinar seu filho sobre tudo o que tinha acontecido no mundo desde o início do Império Romano.
Isso até que parece legal, exceto que, para que a criança aprendesse hebraico puro, e como apenas ele e seu pai falavam hebraico no mundo todo, Ittamar não estava autorizado a falar com qualquer outro ser humano, nunca. Quando os amigos da família visitavam sua casa, Ittamar era mandado para a cama, para que não ouvisse acidentalmente uma palavra não hebraica.
Quando Ben-Yehuda pegou sua esposa cantando para a criança em russo, ficou furioso e acabou quebrando uma mesa. Ben-Yehuda chegou até a proibir seu filho de escutar os ruídos produzidos por animais, o que não faz sentido, porque não é como se os burros locais zurrassem em uma versão animal árabe na orelha de Ittamar de propósito, em um esforço para minar todo o trabalho de Ben-Yehuda de ensinar hebraico a seu filho.
Felizmente, ao invés de tratar Ben-Yehuda como uma pessoa louca que temia conspirações animais, a comunidade judaica apoiou seus esforços e começou a ensinar hebraico para seus próprios filhos. Hoje, o hebraico é uma língua oficial de Israel, e o país todo (provavelmente) também sabe como cães e gatos soam.

2. Charles Darwin tratou seu filho como um estudo de caso

experimentos horríveis que pais cientistas fizeram em seus próprios filhos 2

Você provavelmente conhece ou já ouviu falar do trabalho de Charles Darwin, pai da teoria da evolução, com os animais. O que você talvez não saiba é que ele não conseguia desligar o modo “pesquisador” que havia dentro dele e trocá-lo pelo modo “pai”, de forma que quando teve William, criou seu filho da única maneira que sabia: como um biólogo.
Darwin passou os dois primeiros anos de vida de seu filho tomando notas sobre o comportamento do bebê. Não é porque ele queria publicar qualquer coisa – o artigo com suas “descobertas” não foi publicado até 37 anos mais tarde, como uma reflexão tardia -; ele só fez isso por puro hábito.
E como não aguentou apenas assistir e aprender, tomou a iniciativa de colocar o bebê através de uma série de experimentos comportamentais cada vez mais bizarros, como agitar vários objetos na frente de seu rosto para testar suas reações e levá-lo para um zoológico para descobrir quais animais o assustavam mais, revelando temores herdados de um passado humano selvagem.
Em um experimento, Darwin testou a reação de seu filho a mamas e ficou desapontado que a criança apenas percebeu o seio de sua mãe quando chegou bem perto, a sete a dez centímetros de distância, “como mostrado pela saliência de seus lábios e seus olhos tornando-se fixos, mas eu duvido muito que isso tinha alguma ligação com a visão; ele certamente não tocou o seio”.
Como se isso não fosse estranho o suficiente, Darwin se referia a William ocasionalmente como “it” em suas notas. Em inglês, o “it” é um pronome usado para coisas e animais, ao contrário de “he” e “she” (“ele” e “ela”, respectivamente), usados para pessoas. Vamos dar uma colher de chá para Darwin; ele provavelmente não via seu filho como uma coisa, ou pelo menos não o tempo todo.

1. O psicólogo que criou um chimpanzé como irmão de seu próprio filho

experimentos horríveis que pais cientistas fizeram em seus próprios filhos 1

Na década de 1930, os cientistas ainda não sabiam exatamente quais partes da inteligência e comportamento humano eram inatas e quais eram causadas apenas por educação. Havia ainda a teoria de que alguns dos animais mais inteligentes, como os chimpanzés, não falavam ou tinham moral apenas porque ninguém nunca os criou como filhos, lendo-os histórias e ensinando-os a falar.
Mas como testar esta teoria? O psicólogo chamado Winthrop Kellogg decidiu levar para casa um jovem chimpanzé chamado Gua e criá-lo ao lado de seu filho recém-nascido Donald, de forma idêntica, só para ver o que aconteceria.
Winthrop também desenvolveu um sistema de testes em que Donald e Gua eram colocados um contra o outro, em uma batalha épica de bebê vs. chimpanzé (soa ilegal, não?). Kellogg testou coisas como destreza, memória, desenvolvimento da linguagem, obediência e a velha questão do que acontece quando você amarra um bebê a uma cadeira e o gira muito rápido (vide o vídeo abaixo).
Infelizmente, Kellogg não conseguiu criar o homem chimpanzé esperado. Gua basicamente permaneceu um chimpanzé, com comportamento de chimpanzé. E, enquanto não é possível tornar um chimpanzé mais humano apenas ao tratá-lo dessa maneira, humanos “des-evoluem” muito rápido. A experiência de Kellogg teve efeitos colaterais inesperados para Donald, que começou a agir como um chimpanzé. O experimento teve de ser interrompido quando a criança não parou de correr e morder as pessoas.
Então, da próxima vez que você for julgar pessoas que postam fotos constrangedores de seus filhos no Facebook, lembre-se que poderia ser pior. Pelos menos uma criança criada ao lado de um chimpanzé ainda tem vídeos no Youtube, quase 100 anos depois, de seus pais disparando armas ao seu lado só para ver o que acontece.


Fonte:  Cracked

Via: Hypescience

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

De acordo com uma interessante matéria publicada pela Scientific American, uma equipe de físicos acaba de apresentar evidências claras de que o nosso universo poderia ser apenas uma enorme projeção. A teoria de que o cosmos seria um holograma surgiu no final da década de 90, quando o físico teórico Juan Maldacena propôs um modelo no qual a gravidade seria proveniente de cordas vibrantes de espessuras infinitesimais.
Esse intrincado universo formado por cordas consistiria em nove dimensões do espaço, além de mais uma correspondente ao tempo. Esse cosmos seria como uma enorme projeção holográfica, enquanto toda a ação ocorreria em um universo muito mais simples e plano, desprovido de gravidade.
Apesar de parecer pura maluquice, a teoria de Maldacena de que o universo seria um holograma permitiu solucionar algumas inconsistências entre a física quântica e a teoria da gravidade de Einstein — já que, quando consideramos um buraco negro, as duas teorias entram em conflito —, além de oferecer uma base sólida para a teoria das cordas.

Simulações

No entanto, o modelo nunca foi comprovado rigorosamente, e acabou sendo deixado de lado, até agora. Segundo a matéria, físicos da Universidade Ibaraki, no Japão, apresentaram evidências efetivas de que a hipótese de Maldacena pode estar correta. Primeiro os físicos computaram a energia interna de um buraco negro, a posição exata de seus limites com relação ao resto do Universo — conhecidos como horizonte — e sua entropia.
Além disso, os físicos também computaram outras propriedades, baseadas nas previsões da teoria das cordas, assim como na ação de partículas virtuais, que continuamente aparecem e desaparecem do sistema. Depois, eles calcularam a energia interna correspondente ao cosmos plano e sem gravidade, descobrindo que os cálculos referentes aos dois universos diferentes apresentam resultados semelhantes.

Diferentes mas iguais

A descoberta é bem interessante, pois permite testar várias ideias da gravitação quântica e da teoria das cordas. Nenhum dos dois universos explorados pelos japoneses se parece ao nosso, já que o cosmos com o buraco negro conta com dez dimensões, sendo que oito delas formam uma esfera de oito dimensões. O outro cosmos tem apenas uma única dimensão, e suas partículas se organizam de forma que parecem molas conectadas umas às outras.
Os cálculos apontam que a teoria das cordas — com suas 10 dimensões — permite fazer as mesmas previsões que a teoria da física quântica padrão em menos dimensões. Assim, apesar de serem tão diferentes, esses dois cosmos são numericamente idênticos, o que significa que um dia talvez seja possível explicar as propriedades gravitacionais do nosso próprio universo, utilizando para isso um modelo mais simples no que se refere à física quântica.