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sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Cientistas chineses criam lâmpada que emite sinais WiFi 

Graças ao trabalho de cientistas da Universidade Fudan, em Xangai, pode estar próximo o dia em que você não terá que usar um roteador para espalhar internet por sua casa. Os pesquisadores conseguiram desenvolver uma nova tecnologia que permite que lâmpadas comuns sirvam como emissoras de sinais WiFi.


Além de apresentar uma maior praticidade, a ideia, batizada como Li-Fi, traz a vantagem de funcionar melhor do que os métodos tradicionalmente usados na China. Segundo os cientistas, até quatro computadores na proximidade de uma lâmpada são capazes de se conectar à internet usando frequências da luz.

Cada dispositivo vem acompanhado por um microchip produtor de sinais, capazes de providenciar transferências de dados na casa dos 150 mbps. Uma das principais vantagens trazidas pela nova tecnologia é o fato de seu custo de produção ser acessível, o que deve facilitar a produção em massa da novidade.

Em novembro deste ano, os pesquisadores responsáveis pelo projeto vão exibir 10 unidades da lâmpada em uma feira tecnológica chinesa. Caso o produto consiga despertar a atenção do público (e dos investidores), há grandes possibilidades de que a descoberta seja lançada comercialmente em questão de pouco tempo.

Fonte: XinhuaZDNetGizmodo
On 18:02 by papa in , , , ,    No comments
Casal de chineses vende a filha recém-nascida para comprar iPhone


Um casal de chineses foi detido por ser acusado de vender a própria filha e usar o dinheiro arrecadado para comprar um novo iPhone e diversos artigos luxuosos, segundo o jornal britânico Daily Mail.


O casal, conhecido como senhor Zang e senhora Teng, colocou uma série de anúncios anônimos em um jornal oferecendo o bebê para "adoção", sendo que a criança ainda não havia nascido na época. O preço da negociação não foi divulgado, mas pode chegar a até US$ 8 mil (cerca de R$ 17 mil).

A polícia de Xangai acusou o casal de tráfico de seres humanos depois que os criminosos aceitaram uma oferta pelo bebê, que teria menos de um mês quando vendido. O dinheiro recebido foi imediatamente usado pelos dois na compra de uma série de itens de luxo, como peças de roupa e artigos esportivos, além de um novo modelo de iPhone, chocando as autoridades locais.

Em defesa, o casal afirmou que cedeu o bebê para outra família não porque queria usar o dinheiro, mas porque não tinha condições de criar mais uma criança (Zang e Teng já têm dois filhos). Eles, então, decidiram “dar uma vida melhor” ao novo herdeiro.

Fonte: Daily Mail

sábado, 5 de outubro de 2013



Não se sabe como essa cidade deu tão certo mas enfim, os resultados falam por si. Localizada à leste da cidade de Jiangyi na província de Jiangsu, a vilaHuaxi reclama para si o título de cidade mais rica da China. Fundada em 1961 pelo secretário do partido comunista Wu Renbao, teve como o seu objetivo desde o início foi transformar uma pequena comunidade rural numa comunidade moderna e cheia de dinheiro… E o idealista começou a implantar um modelo, parte comunista, parte socialista e parte capitalista. Talvez devido a falta de políticos corruptos e pela força de vontade de povo, o sistema prosperou e hoje, todos da cidade são ricos. Esse modelo gera riqueza social nessa vila chinesa em tal ordem que cada habitante tem em media 250000€ no banco.

Considerada pelo governo um exemplo a ser seguido no país, a mais rica vila rural da China é um misto de socialismo e capitalismo, embora tenha sido o povo e os seus governantes os principais responsáveis pelo enriquecimento e não apenas o sistema adotado (é malandro, eles suaram a camisa, todos juntos e deu certo, não caiu nada do céu não!).


Os 2 mil moradores originais de Huaxi são donos milionários de um conglomerado de 70 empresas, que tem ações na Bolsa de Shenzhen desde 1999, fabrica de aço a produtos químicos e faturou US$ 8 bilhões em 2010.

No ano passado, a vila exportou US$ 228 milhões, valor semelhante ao vendido a outros países no mesmo período pela fabricante de ônibus Marcopolo, a 130.ª colocada entre os principais exportadores do Brasil.
Os camponeses de Huaxi não pegam na enxada e moram em sobrados de 600 metros quadrados, com garagem para dois carros e jardins impecáveis, em uma paisagem semelhante ao próspero subúrbio onde vivem os personagens da série de TV norte-americana Desperate Housewives.


Os huaxineses também se beneficiam de um Estado de bem-estar social que garante benefícios inexistentes para a maioria dos chineses, como assistência médica gratuita, aposentadoria e viagem anual ao exterior ( isso mesmo, a cidade ficou tão rica que o governo dá passagens para passeios para o exterior para os habitantes).

As empresas que geram a prosperidade local não são estatais nem privadas, e se enquadram na categoria de “propriedade coletiva”, parte da “economia socialista”, de acordo com definição do governo chinês.

Wu Renbao, 83, ocupou durante 50 anos o posto de secretário-geral do Partido Comunista na vila, até se aposentar em 2003, quando foi sucedido por um de seus filhos, Wu Xieen. Tem um respeito imenso dos habitantes, principalmente porque durante seu governo não houve um escandalo sequer sobre corrupção ou abuso do poder, além do que, Wu Renbao, é conhecido por “pôr a mão na massa” mais do que os próprios huaxineses (será que ele faz workshop? Seria uma tremenda idéia trazê-lo para o Brasil para ensinar esses políticos pilantras como se deve trabalhar).

Quando Deng Xiaoping iniciou o processo de reforma e abertura da China, no fim dos anos 70, os camponeses de Huaxi perceberam que ganhariam mais se investissem em indústrias do que se continuassem a depender da terra.

Com o excedente de capital que acumularam no início da reforma, eles começaram a criar pequenas linhas de produção, que cresceram e se multiplicaram, todos juntos, todos unidos em torno de um meta, sob comando de Wu, até se transformarem no conglomerado atual. A propriedade dos empreendimentos é coletiva e os 2 mil camponeses que viviam em Huaxi no início do processo são os acionistas principais das companhias.

Em uma licença capitalista, os descendentes podem herdar a fatia de seus pais no capital das empresas. Mas nenhum dos donos do empreendimento coletivo pode vender sua fatia, o que significa que não podem deixar Huaxi – a menos que estejam dispostos a abrir mão de seu patrimônio.

A restrição está longe de ser um problema, já que não há notícia de alguém que queira sair, enquanto existe uma fila de pessoas que desejam entrar. Apesar de ser chamado de vila, o lugar é uma pequena cidade, com uma população de 35 mil habitantes, fruto da fusão com outras 20 áreas rurais nos últimos anos.

Além dos 35 mil moradores, há uma infinidade de migrantes de outras regiões com esperanças de serem aceitos como residentes de Huaxi. Funcionário do grupo, o guia que acompanhou a reportagem do Estado é da província de Anhui, uma das mais pobres da China, e vive na vila desde 2003. Na rua, foi abordado por um dos moradores, que o cumprimentou por sua recente aceitação como membro do Partido Comunista, condição essencial para o futuro de sua carreira.

“Muita gente quer viver aqui, mas nós temos critérios e aceitamospessoas que deem contribuição para a vila, como alto nível acadêmico ou habilidades práticas”, disse Wu Xieen, o atual cacique, em entrevista ao Estado.
O grupo Huaxi não tem sócios estrangeiros e sempre financiou sua expansão com capital próprio. A cada ano, os acionistas são obrigados a reinvestir 80% de seus rendimentos. O que não é problema já que os 20% de lucros são o suficiente para deixá-los ricos e sem qualquer preocupação financeira.

Ideal de felicidade. Fala sério companheiro, é ou não é, um sonho para maioria de nós, uma cidade com tamanho alto nível, completamente funcional, aonde os governantes tem reais preocupações pelos seus habitantes e tudo leva ao bem comum!

O ideal de felicidade de Huaxi é divulgado em canções transmitidas por caixas de som na praça central, que exaltam principalmente bens materiais – casa, carro e dinheiro no banco. Mas o hino oficial, composto por Wu Renbao, se rende à doutrina tradicional: “O céu de Huaxi é o céu do Partido Comunista; a terra de Huaxi é a terra do socialismo”.

Apesar de Huaxi ser o exemplo mais bem-sucedido, o modelo de propriedade coletiva de indústrias não é exclusividade local e é encontrado em boa parte da zona rural. Ainda que a produção das empresas não tenha relação com a atividade agrícola, seus donos continuam a ser considerados camponeses pelo sistema de registro que separa moradores do campo e da cidade. Mas em nenhum outro local tiveram tamanho sucesso. Existem vilas que adotaram o mesmo sistema e começaram a enriquecer como Huaxi, contudo, ainda estão longe de alcançar essa estabilidade.

Então, qual o segredo de Huaxi? Particularmente apostaria na estrutura do sistema, no governo preocupado com o bem estar da população e com a força de vontade e a garra de um povo, que não pensa somente no próprio umbigo e que trabalharam duro para enriquecer, tanto a si como aos seus vizinhos. Hoje assistimos o resultado, mas aposto que quando começaram com essa idéia nos anos 70 alguém disse “Isso é utópia, não vai dar certo”. (Torço para que esse infeliz tenha sido expulso da cidade! Hehehehe)

E você leitor, o que achou da idéia dessa cidade modelo?

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

On 07:16 by papa in , ,    No comments


De primeira impressão pode até parecer “engraçadinho”, ou até um pouquinho “divertido” brincar de Roleta Russa Falsa, mas pensem bem, existem pessoas nesse mundo que não são muito “certas das idéias” e que precisam apenas de um pequeno estímulo pra fazerem MERDA. No mundo em que vivemos hoje já tem tanta violência, pra que fazer um brinquedo que possa estimular ainda mais?




Você compraria isso para seu filho? (quem não tem, caso tivesse)

sábado, 28 de setembro de 2013


A Hidrelétrica de Três Gargantas é a central hidrelétrica com maior barragem e maior represa do mundo, e, segundo alguns, é tão grande que teria alterado a velocidade de rotação da Terra.
Mas será que isto é verdade? O que esta barragem teria de tão especial para alterar a rotação da Terra, se é que isto é possível?

A Represa das Três Gargantas interrompe o fluxo do rio Yangtze, o maior rio da China, na província de Hubei. O lago produzido pela alagação tem 660 km de comprimento e 1,12 km de largura, em média, com uma superfície total de 1.045 km². O volume total de água é 39,3 km³, pesando mais de 39 trilhões de quilogramas.

Elevar 39 trilhões de quilogramas de água a 175 metros acima do nível do mar altera o momento de inércia da Terra, reduzindo a velocidade de rotação do planeta. É um fenômeno semelhante ao que acontece quando um patinador encolhe os braços e gira mais rápido, e vice-versa.

Só que, no caso da Terra, 39 trilhões de quilogramas não é muita coisa – e essa diferença, apesar de existir, é praticamente imperceptível.

Usando cálculo semelhante ao que foi feito quando o terremoto do Japão foi acusado de encurtar os dias na Terra, cientistas da Nasa chegaram a conclusão que o dia deve ficar 0,06 microssegundos mais comprido com a elevação dessa massa.

Também deve alterar bem pouco a posição do eixo da Terra, em 2 centímetros, além de deixá-la um pouco mais alongada no equador e chata nos polos. [The Energy Library TEL 2, JPL Nasa, Nasa News]

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Por incrível que pareça esta notícia não faz parte das clássicas histórias da  Creepypastas e nem está nas profundidades da Deep Web! Este terrível ato do governo chinês foi revelado ano passado e vou compartilhar com vocês hoje. Mas alerto que as imagens são fortes e recomendo que tenham cuidado ao continuarem lendo este post!

Este incidente horrível ocorrido na China ano passado é sobre um aborto forçado que uma mulher foi submetida para atender a tal “política do filho único”.

O nível de crueldade ultrapassou o fato do aborto ter sido realizado com uma gravidez de sete meses, a pobre mulher ainda foi forçada a “dormir” com o bebê morto ao seu lado. De acordo com o jornal, as autoridades chinesas que ordenaram a interrupção da gravidez pediram desculpas depois da mãe postar as imagens terríveis na internet, do feto completamente coberto de sangue e perfeitamente formado, deitado ao lado dela na cama do hospital. É incrível e inadmissível que o ser humano continue praticando atos de tortura como se isto fosse completamente normal!

Fala sério, pedir desculpas não resolve em nada o problema! Agora me diga, como vai ficar o estado mental e psicológico desta mulher? O governo está dando assistência para esta mulher? E outras mulheres que estão sofrendo como ficam?

Mulher chinesa é forçada a abortar aos 7 meses, e obrigada a dormir com o feto! (2)
Mulher chinesa é forçada a abortar aos 7 meses, e obrigada a dormir com o feto! (3)
Mulher chinesa é forçada a abortar aos 7 meses, e obrigada a dormir com o feto! (4)
Mulher chinesa é forçada a abortar aos 7 meses, e obrigada a dormir com o feto! (5)
Mulher chinesa é forçada a abortar aos 7 meses, e obrigada a dormir com o feto! (6)
Mulher chinesa é forçada a abortar aos 7 meses, e obrigada a dormir com o feto! (7)
Mulher chinesa é forçada a abortar aos 7 meses, e obrigada a dormir com o feto! (8)

terça-feira, 23 de julho de 2013

On 11:17 by papa in , ,    No comments
Após a Segunda Guerra Mundial – e durante quase 50 anos –, o mundo viveu sob a constante ameaça de um novo e ainda mais gigantesco conflito armado. Quando o Japão assinou o documento de rendição e colocou um ponto final na maior guerra da história, todos acharam que o mundo encontraria uma forma de viver em paz.
Contudo, não demorou para que as duas grandes potências da época, Estados Unidos e União Soviética, começassem a trocar farpas constantemente – algo que foi piorando com o passar dos anos. Espionagem entre as nações, bem como as corridas armamentista, econômica, nuclear e até mesmo espacial foram parte crucial dessa guerra que nunca foi oficialmente declarada.
Isso tudo acabou quando ocorreram diversos fenômenos políticos, como a unificação da Alemanha, a queda do muro de Berlim e o fim da União Soviética. Entretanto, parece que a tensão pode novamente tomar conta do mundo com um novo estilo de espionagem movimentando a política internacional.

Um novo campo de batalha

O mundo mudou muito nos últimos 30 anos. A evolução tecnológica é mais rápida do que nunca e a internet fez com que diversos aspectos sociais passassem a existir também virtualmente. Hoje em dia, governos, empresas, países e as próprias pessoas dependem da rede praticamente para tudo.
Conheça o prédio que pode ser o lar dos ataques virtuais chineses aos EUAQuartel general dos hackers chineses? (Fonte da imagem: Reprodução/Mandiant)
Isso, no entanto, não impede que alguns problemas possam acabar se repetindo ou mesmo se adaptando a essa nova realidade, como a tensa e duradoura Guerra Fria, que durou décadas e promoveu a tensão entre os Estados Unidos e a União Soviética. Duvida? Pois saiba que isso pode estar acontecendo hoje, enquanto você lê esse artigo e comenta nas redes sociais.
A diferença é que agora, como dito acima, o mundo é muito diferente – e muita coisa acontece no campo virtual. E, se antes os EUA duelaram com a URSS, dessa vez, o país norte-americano se enrosca com outra nação de dimensões continentais: a China.
Sistemas de segurança nacional dos Estados Unidos garantem que o exército chinês vem realizando diversos ataques a mecanismos de defesa do país, além estar realizando tentativas de roubar informações industriais de grandes companhias norte-americanas.
O país oriental nega e diz que são os norte-americanos que atacam. O fato é que as evidências apontam para o início de uma nova era “nervosa” para as nações de todo o planeta. Será que essa troca de acusações é real? Há a possibilidade de isso evoluir para um conflito armado? Estamos presenciando o começo de uma nova Guerra Fria?

Anos de acusações

A polêmica começou já há alguns anos, pois desde meados de 2010 os Estados Unidos reclamam de ataques virtuais vindos de IPs chineses. Apesar de isso ser algo relativamente normal no mundo da internet, o destaque dado pelos norte-americanos é para o fato de que grande parte dessas agressões foge do comum, ou seja, não se trata de uma pessoa qualquer tentando roubar os dados bancários de algum desavisado.
EUA x China: a Guerra Fria virtual está começando
Segundo os EUA, os ataques quase seguem um padrão e têm como alvos principais as grandes companhias, as agências governamentais e as universidades que trabalham com diversas novas tecnologias – incluindo aí o desenvolvimento de armas e equipamentos militares.
Um pouco antes, em 2009, os chineses já vinham se defendendo desse tipo de acusação. Investigadores do Canadá descobriram uma rede de espionagem especializada em seguir e controlar os “passos cibernéticos” do líder religioso Dalai Lama. Além dele, diversos outros exilados do Tibete também estariam sendo monitorados.
O governo chinês nega que tais ataques ocorram – e diz ainda que não tem nenhum tipo de agência especializada em ataques virtuais. Trocando em miúdos: segundo eles, se algo realmente acontece, não tem a ver com o exército do país. O fato é que ambos os lados da história trocam acusações cada vez mais seguidamente – e com declarações com teor cada vez mais agressivo.

EUA mostram provas

Desde o fim de 2012 e principalmente agora, nos primeiros meses de 2013, as acusações feitas pelo governo dos Estados Unidos se tornaram mais graves. Pronunciamentos feitos à imprensa trazem informações de uma consultoria que provariam que os ataques vindos da China partiram de um mesmo lugar.
China nega ataque hacker e detém jornalistas que tentam fotografar o prédio(Fonte da imagem: Carlos Barria/Reuters)
Até aí, tudo bem. O problema é que este prédio seria uma sede governamental, mais precisamente a unidade 61398 do Exército de Libertação Popular (ELP) da China. A construção ficaria nos arredores de Xangai e, por conta do relatório, ele já foi alvo de polêmicas envolvendo algumas agências de notícias.
As informações “bombásticas” foram obtidas pela consultoria norte-americana Mandiant. Em seu trabalho, a companhia teria dados suficientes para comprovar a enorme campanha de espionagem cibernética promovida pelo país oriental nos últimos anos.
China nega ataque hacker e detém jornalistas que tentam fotografar o prédio(Fonte da imagem: Carlos Barria/Reuters)
O relatório cita que um grupo de hackers chineses sediado no local – e identificado somente como RPT-1 – estaria atuando a partir do prédio. As ações dessa equipe já teriam atingido 141 entidades diferentes em todo o planeta – a maioria delas com sede nos Estados Unidos, é claro.

Quase a olhos vistos

Mark Risher, cofundador da companhia de segurança Impermium, disse em entrevista à Agência Efe (reproduzida pelo O Dia) que os chineses estão “brandindo as suas espadas” e fazendo de tudo para mostrar o seu poder para enfrentar uma ciberguerra.
Na mesma toada, Yael Shahar, especialista israelense em segurança virtual, diz que a China não faz muita questão de esconder os seus ataques cibernéticos. De acordo com ele, a cultura do país faz com que eles “deem a cara para bater”, algo que seria como uma projeção de poder para os seus exércitos.

Chineses rebatem

Com a intensificação nas acusações contra os chineses, o governo do país resolveu se pronunciar a respeito. Apesar das afirmações de que a nação não faz muita questão de esconder os seus ataques, o porta-voz chinês negou que exista alguma agência especializada em guerra virtual. Ele negou também que os indícios apresentados pela Mandiant sejam suficientes para provar que tais invasões teriam acontecido a partir do prédio apontado pelo relatório.
Presidente da Google afirma que China é o país com hackers mais prolíficos
Além disso, Geng Yansheng, porta-voz do Ministério da Defesa chinês, contra-atacou, acusando os Estados Unidos de ser responsável por mais da metade dos avanços contra sites do governo da China. Segundo ele, 62,9% dos 144 mil ataques registrados em janeiro partiram de IPs americanos.

Ameaças reais: ato de guerra

Com a troca de acusações entre os países, o fato é que as evidências ficam cada vez mais claras e o clamor popular por atitudes dos governos cresce de forma maciça. A pressão nos Estados Unidos, por exemplo, já chegou ao governo, que exige medidas de retaliação.
Um congressista e membro do Comitê de Assuntos de Espionagem, por exemplo, cita que os últimos relatórios obtidos pela Mandiant só confirmaram atividades irregulares que os órgãos oficiais norte-americanos já haviam encontrado há tempos. Segundo ele, algo precisa ser feito a respeito.
Steve Jobs é homenageado por Obama e vários artistas
Presidente dos Estados Unidos prometeu atitudes drásticas (Fonte da imagem:Reprodução/Webby Awards)
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, também já tem mudado o teor de suas declarações sobre o assunto. Segundo ele, invasões nos serviços do governo vindas de outros países devem ser tratadas como verdadeiros “atos de guerra” – e precisam ser respondidas “à altura”.

O mundo inteiro em perigo

Diversos filmes já abordaram os riscos de uma guerra cibernética. O fato é que muitos dos perigos mostrados nas telas do cinema podem sim se tornar realidade. Um dos grandes temores diz respeito ao fato de que as “batalhas” podem evoluir da espionagem para o da sabotagem e o da agressão.
Isso aconteceria de várias maneiras diferentes, como o próprio presidente dos Estados Unidos já chegou a reconhecer publicamente. Segundo o jornal El País, Obama acredita que uma invasão contundente vinda do exterior poderia colocar em risco todo o país, seja com o desligamento da energia ou com a confusão do tráfego aéreo de toda a nação, por exemplo.
Conheça o mapa de guerra que mostra ataques virtuais em tempo real
mapa interativo com ataques virtuais (Fonte da imagem: Reprodução/HoneynetProject)
Especialistas apontam que não demoraria para que os soldados virtuais conseguissem assumir o controle de sistemas de defesa de um país. Mísseis, aeronaves e porta-aviões poderiam passar para as mãos dos invasores, algo que representaria um risco fisicamente real.
Outros tipos de ataques poderiam transformar a guerra cibernética em um evento de alcance global. Imagine se os hackers roubam documentos de tratados internacionais, fazem alterações em ajustes econômicos ou cortam o fornecimento de petróleo de um país. Com os governos sem saberem quem atacou quem, estaria instaurada uma confusão gigantesca e de proporções inimagináveis.

Hackers, as novas “estrelas”

Assim como algumas grandes empresas do mundo da tecnologia, cada vez mais a corrida pelos “gênios” do mundo da internet deve mudar de figura, com os governos contratando-os para servirem os interesses de seus respectivos países.
Hackers chineses iniciam guerra fria contra os EUA
Pessoas que saibam atacar e rechaçar invasões estrangeiras serão as novas estrelas dessa guerra fria. Se antigamente os espiões eram verdadeiros heróis, agora os grandes crânios da internet é que devem brilhar.
Os Estados Unidos, por exemplo, já lançaram mão de combatentes virtuais para realizar ações nesse novo tipo de guerra cibernética. Seus agentes especializados em tecnologia criaram recentemente um vírus chamado Stuxnet, que foi utilizado para tirar de funcionamento diversas usinas de tratamento de urânio do Irã – país suspeito de fabricar armas nucleares.

Evitando tais conflitos

Apesar de o tom das acusações entre os países ter ficado mais grave nos últimos tempos, o fato é que uma guerra, mesmo que virtual, pode não ser tão interessante assim para ambas as nações. Economicamente falando, os prejuízos seriam grandes para os dois lados, tornando-se até mesmo maiores que os lucros de se financiar o roubo de segredos industriais.
Vale lembrar que os Estados Unidos estão entre os maiores compradores de produtos chineses do planeta, por exemplo. Quem quer perder um cliente desse tamanho? O mesmo ocorre do outro lado: empresas norte-americanas são donas de dezenas de fábricas no país asiático, gerando milhares de empregos e renda para o país.
Além disso, como dito anteriormente, alguns estudos ressaltam que grande parte das invasões não visa instituições governamentais, mas sim enormes empresas, como a Google e a Intel. Roubar informações em um novo estilo de espionagem industrial também movimenta os países nesse sentido. Dessa forma, eles somente buscariam formas de “proteger” os interesses de suas companhias.
Essas atitudes protecionistas seriam muito mais uma maneira de tais nações manterem os devidos direitos das suas empresas do que buscar um conflito e, com isso, botar em risco o aparente clima de paz que domina a maior parte do planeta Terra. Isso pelo menos é que nós esperamos. Contudo, ainda deveremos acompanhar muitos e muitos capítulos dessa nova novela da política mundial e que, agora, também se passa no mundo virtual.