terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Não é de hoje que a felicidade frequenta o universo dos sonhos, da música, da poesia e da literatura. Há apenas 40 anos ela pisou em solo acadêmico, no qual é objeto de investigação em economia, psicologia, ciências políticas e medicina. Em geral, todos os estudos têm uma pergunta em comum: o que faz alguém ser feliz? Dinheiro? Religião? Amor? Família? 

Segundo a Universidade de Princeton uma renda anual de $ 75.000 (dólares) (cerca de 135 mil reais) podemos ser felizes, e independentemente de quando mais dinheiro se ganhe, não foi reportado nenhum grau maior de felicidade.


"Uma renda pequena exacerba as dores emocionais associadas a problemas como divórcio, doença ou solidão", diz Daniel Kahneman





Para ser feliz, então, o importante não é ser rico, mas sim não ser pobre, revelam entrevistas feitas com mais de 450 mil norte-americanos, conduzida pelo economista Angus Deaton e pelo psicólogo Daniel Kahneman.

A pesquisa funciona assim: entrevistadores pedem que as pessoas relatem a frequência com que se sentiram felizes ou sorridentes recentemente. Perguntam o mesmo com relação ao estresse.


Pedem também que, em uma escala de zero a dez, digam o quanto estão satisfeitas com as suas vidas -a "nota" média dada pelas pessoas foi de 6,76.
 

Cruzam, então, as respostas obtidas com dados sobre a vida dos entrevistados.

Assim, eles descobriram, por exemplo, que gente solitária se sente muito infeliz até em comparação com quem sofre de um problema crônico de saúde.

Ter filhos, por outro lado, traz felicidade. Mas, curiosamente, em média o efeito é menor do que o de ter um plano de saúde- ao menos em países em que o sistema público de hospitais é ruim, como os EUA e talvez o Brasil.
 

Surpreende também a correlação entre envelhecer e se sentir mais feliz. Aparentemente, os anos fazem com que as pessoas aprendam a lidar com as dificuldades.

Religião tem uma substancial influencia mostrando efeitos positivos e reduzindo o stress, mas não possui efeito na redução de tristeza e preocupações, pois quem vai a igreja faz amigos por lá e compartilham de uma crença e objetivos comuns. Mais do que ser religioso, é importante ter uma causa, um motivo pelo qual você lute e acredite. A troca de informação e a convivência com outras pessoas que partilhem de opiniões parecidas e defendem causas semelhantes tem um impacto positivo e se torna mais um caminho para a felicidade.


Fontes: Time
PNAS < Pesquisa Original >
Revista Planeta
Folha de SP
ABQV


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