sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Os samurais são guerreiros lendários — que até hoje causam fascínio no mundo todo — e talvez a classe mais conhecida do Japão antigo. Esses lutadores nobres que empunhavam as suas espadas e tinham armaduras incríveis seguiam um rigoroso código moral que regia a sua vida inteira.
Além disso, existiam muitos outros fatores que fizeram com que esses guerreiros se sobressaíssem na história mundial. Confira abaixo mais algumas características e curiosidades sobre eles que são desconhecidas por muita gente.

6 – Samurai feminino

Apesar dos homens dominarem geral o “trabalho” de samurai, algumas mulheres da classe bushi (da qual é associada a esses guerreiros) receberam treinamento semelhante em artes marciais e estratégias.
Elas eram chamadas de "Onna-Bugeisha" e conhecidas por participar de batalhas junto com seus colegas do sexo masculino. Sua arma oficial era geralmente o naginata, uma lança afiada e curvada que era versátil e leve. Existem poucos relatos históricos dessas mulheres guerreiras, mas pesquisas recentes mostraram que o DNA de restos mortais de corpos da Batalha de Senbon Matsubaru, de 1580, continham 35 mulheres entre 105 pessoas.

5 – A armadura

Imponentes e cheias de detalhes, as armaduras de samurais eram fascinantes. Ao contrário daquelas usadas por cavaleiros europeus, as dos guerreiros japoneses sempre prezavam pela mobilidade.
Uma boa armadura tinha que ser resistente, mas flexível o suficiente para permitir a sua livre circulação no campo de batalha. Dessa forma, elas eram feitas de placas de couro e metal pintadas, cuidadosamente unidas por laços de couro ou seda. Os braços e ombros eram protegidos por grandes escudos retangulares.
A parte mais peculiar da armadura, o capacete kabuto, tinha a cúpula feita de placas de metal rebitadas, enquanto a parte do rosto e testa era protegida por uma máscara resistente que era amarrada atrás da cabeça e sob o capacete. Vale destacar que esses visuais dos capacetes de samurais serviram de inspiração para o look do personagem Darth Vader.

4 – Homossexualidade

Muitas pessoas não sabem, mas os samurais eram totalmente despidos de preconceito quando se tratava de relações sexuais. Muito parecidos com os espartanos, os samurais não só aceitavam os relacionamentos de pessoas do mesmo sexo em sua cultura, como também eles as encorajavam ativamente.
Estas relações existiam, principalmente, entre um samurai experiente e um jovem guerreiro que estava em treinamento. A prática era muito comum, sendo conhecida como wakashudo ("o caminho da juventude") e era feita por todos os membros da classe.

3 – Samurai forasteiro

Você se lembra do filme “O Último Samurai” com o ator Tom Cruise? Nele, se retrata a história de que, em circunstâncias especiais, alguém fora do Japão poderia lutar ao lado de um samurai e até mesmo se tornar um deles. Realmente, essa prática existia, mas só podia ser concedida por líderes poderosos, como os daimyos (senhores territoriais) ou shoguns (líderes guerreiros).
A história relata quatro homens ocidentais que foram concedidos com a honra especial de samurai: o aventureiro William Adams e seu colega Jan Joosten van Lodensteijn, o oficial da Marinha, Eugene Collache, e o traficante de armas Edward Schnell.

2 – Educação e físico

Como a nobreza essencial de sua época, os membros da classe samurai eram muito mais do que meros guerreiros. A maioria deles era muito bem-educada e o nível de alfabetização samurai era extremamente alto.
No que diz respeito ao preparo físico dos samurais, muita gente acreditava que eles eram fortes e grandes devido à impressão que a armadura causava. Entretanto, a maioria dos samurais era composta por homens pequenos, sendo que um guerreiro do século 16 era geralmente muito magro e baixo com altura variando entre 1,60 a 1,65 metros. Para efeito de comparação, os cavaleiros europeus do mesmo período variavam entre 1,80 a 1,96 de altura.

1 – Ritual suicida

Uma das curiosidades mais estranhas nas trajetórias dos samurais é o seppuku (também conhecido como "hara-kiri"). A expressão era dada ao suicídio (na verdade, era mais como uma morte consentida) que um samurai deveria executar se ele não seguisse o bushido (código de conduta da classe) ou se estivesse em vias de ser capturado por inimigos. Apesar da situação do guerreiro, o ato era considerado uma forma honrosa de morrer.
Existiam algumas versões deste suicídio, sendo que uma delas era de "campo de batalha". Nesta, o suicida perfurava seu estômago com uma lâmina curta, movendo-a da esquerda para a direita, até que ele ficasse todo cortado e estripado. Neste ponto, um “assistente”, geralmente um amigo, terminava o serviço, decapitando-o com uma espada (caso contrário, morrer seria um processo extremamente longo e doloroso).
Além dessa versão, existia aquela que envolvia um ritual muito mais longo e elaborado. Esta era iniciada por um banho cerimonial. Em seguida, o samurai era vestido com roupas brancas e servido com a sua refeição favorita. Feito isso, ele deveria escrever um poema de morte onde expressava suas palavras finais. Mais uma vez, um assistente entrava em ação e lhe cortava a cabeça, deixando um filete de carne no pescoço para ela ficar pendurada e não voar para a plateia que assistia. Na realidade, não era bem um suicídio...

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