domingo, 2 de junho de 2013

Será verdade a noticia que corre pelo Facebook dizendo que "Nova York legaliza que rabinos chupem o pênis de bebês judeus"(sic).

O titulo é sensacionalista e pode-se perceber que é uma tradução muito mal feita, de uma manchete do blog sdpnoticias .

Sensacionalismos a parte, a matéria diz que os rabinos de Nova York ganharam a batalha judicial que os libera para succionarem ( chupar) o pênis de bebês que passaram pelo ritual de circuncisão, sem sofrerem sanções legais.



Vamos a verdade:  Os Judeus Ortodoxos costumam usar, ainda nos dias de hoje, o antigo ritual metzitzah b'peh, que manda que os meninos recém nascidos aos 8 dias de vida sejam circuncidados. Nesse processo, o mohel (que realiza a circuncisão), depois de remover o prepúcio, suga, com a boca, o sangue causado pelo corte no pênis do bebê.

Embora muitos logo pensem em pedofilia, a grande polêmica envolvendo esse ritual está no fato de que a sucção pode servir de porta de entrada para vírus e doenças como herpes. Especialistas afirmam que ele pode causar sérios problemas de saúde e até mesmo a morte ao circuncidado.
Segundo o Departamento de Saúde de Nova York, desde 2004, há registros de 11 casos de herpes e duas mortes de bebês relacionados com o procedimento.

Depois de muita discussão, a Junta de Saúde da cidade de Nova York decidiu que será necessário consentimento explícito dos pais que quiserem submeter seus bebês a um tipo de circuncisão.

Rabbi Moshe Morsiano, presidente da Divisão de circuncisão do Rabinato Chefe de Israel, destacou em uma carta datada de 22 de abril que não há justificativa para evitar metzitzah b'peh "a menos que o mohel tenha uma ferida na boca, ou alguma doença infecciosa".

Nem todos os judeus são favoráveis a pratica do metzitzah b'peh, incluindo associações ortodoxas modernas, devido à possível propagação de infecções que podem ser fatais para uma criança. Opositores recomendam a utilização de uma pipeta.

A notícia é verdadeira, um pouco exagerada, mas verdadeira. E não tem nada a ver com pedofilia, embora muita gente ainda vá achar que tem.

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