sábado, 27 de julho de 2013

A felicidade não é como uma “borboleta azul”, é uma onda cerebral gama. Também não é uma grande conta no banco, parece-se mais a um estado de paz mental. Pelo menos é o que diz o neurocientista Richard Davidson da Universidade de Wisconsin depois de analisar as ondas cerebrais de Matthieu Ricard, um pesquisador francês que virou um monge budista cujo cérebro produz um nível de ondas gama nunca antes relatados no campo da neurociência.

Sabe quem é o homem mais feliz do mundo segundo a ciência?

Como parte de um projeto de pesquisa em centenas de praticantes avançados de meditação, Davidson usou 256 sensores eletroencefalográficos e encontrou uma extraordinária quantidade de ondas gama ligadas à consciência, a atenção e a memória de Matthieu. Seus escaneios também revelaram uma sobressalente quantidade de atividade no córtex pré-frontal esquerdo, uma zona que os neurocientistas relacionam à felicidade e a uma reduzida propensão à negatividade. Estas medições não teriam comparação na literatura científica.

Tudo isto possibilitou a Matthieu Ricard o título não-oficial de homem mais feliz do mundo. E ainda que talvez outros homens, com outros aparelhos de medição poderiam produzir ondas cerebrais similares, a significância do caso é observar e entender os efeitos da meditação e do trabalho da compaixão no cérebro humano. Recordar este caso, de felicidade através da clareza de uma intenção de paz mental, sempre é útil.

Ricard pertencia à elite intelectual francesa, com doutorado em genética molecular do Instituto Pasteur, quando viajou à Índia em 1972, onde conheceu o mestre Dilgo Khyentse Rinpoche, considerado o maior mestre budista do século 20. Abandonou sua vida e carreira em Paris para ir viver na Índia e descobrir os segredos do budismo. Hoje é um dos monges mais célebres do Himalaia e um conselheiro de confiança do Dalai Lama.

Sabe quem é o homem mais feliz do mundo segundo a ciência?
Ricard começou a se envolver com a pesquisa e a meditação, colocando-se na vanguarda da de inovadores experimentos deste novo fenômeno que veio a ser conhecido como neuroplasticidade. Ele quer mostrar como a meditação pode alterar o cérebro humano e melhorar a felicidade das pessoas da mesma forma que o levantamento de peso afeta músculos. E ele é a melhor prova disso. Será mesmo que a meditação é a arma mais poderosa para atingir a felicidade?

FONTE: MDIG, TED, NEW YORK DAILY NEWS

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