sábado, 31 de agosto de 2013

On 10:51 by papa in , , ,    No comments
Sabe aquela foto constrangedora que você tirou na última festa a que foi? Além do seu smartphone, ela também está no seu HD, pois você realizou a transferência para guardar tudo o que aconteceu no evento. “Ela é constrangedora demais para continuar nesse mundo”, você pensa, segundos antes de efetuar a exclusão do arquivo. Mas isso ainda não é tudo.
Quando você envia um arquivo para a lixeira, você somente transferiu o arquivo para um novo local — é como se o Windows estivesse dando a oportunidade de você resgatar seus dados em um futuro próximo. Mas aquele arquivo já mencionado precisa ser eliminado de uma vez por todas. Você esvazia a lixeira do computador e pensa que está tudo bem. Mas isso ainda não é tudo.

A ilusão de um arquivo deletado

O seu disco rígido é composto por estruturas magnéticas que podem ser ativadas ou desativadas. São minúsculas moléculas, que vão representar a parte lógica do funcionamento dos discos. Enquanto fisicamente nós temos as informações ativas ou inativas, logicamente chegaremos às informações “0” e “1”. Um arquivo vai ocupar, por padrão, o espaço “1” nos HDs.
O que acontece quando você deleta um arquivo? [vídeo](Fonte da imagem: iStock)
Quando são deletados, esses setores do disco deveriam passar a ser representados pelo “0”, certo? Errado! O que acontece é um pouco diferente. Apesar de não enxergar mais as informações naquele local, o sistema apenas reconhecerá aquele espaço como espaço livre. Com isso, usuários podem armazenar novos dados naquele local, sendo que as informações serão sobrescritas.
Como mostramos no vídeo: o HD funciona como um grande muro de informações. Todos os arquivos são colados nesse muro, como se fossem cartazes. Ao apagar um arquivo do seu computador, você não está literalmente arrancando esses cartazes, mas dizendo que é permitido colar outros em cima deles.

Softwares de recuperação de arquivos apagados

Você já deve saber que existem aplicativos — como o Recuva — criados especialmente para a recuperação de arquivos que foram deletados por acidente nos computadores. Mas como é que esses softwares trabalham? Lendo além do que o sistema operacional permite aos usuários. Ou seja: eles conseguem observar o que há depois da superfície daquele muro citado anteriormente.
O software enxerga o que você também pode ver (os arquivos que estão no computador), mas além disso consegue acessar os dados que estão em camadas sobrescritas. Para isso, precisa analisar todos os dados dos computadores com bastante cautela. Voltando à analogia do muro, o software estaria vendo os cartazes que estão atrás dos principais.
Mas para que isso seja possível, os arquivos não podem estar sobrescritos muitas vezes. Quando isso acontece, fica mais difícil realizar a recuperação dos dados, que já estão em camadas de difícil acesso nos discos rígidos — e seriam lidos de um modo muito fragmentado, como um cartaz que foi deteriorado pelo tempo.
.....
Você entendeu como é o funcionamento das exclusões de arquivos no seu computador? Já sabia que os dados apagados eram apenas sobrescritos por novas informações? 

Fonte: Baixaki
On 10:14 by papa in , , ,    No comments
Reprodução
A saga Star Wars é uma das mais completas em todos os sentidos. Além de seis longa-metragens, produzidos em épocas bem diferentes, existe toda uma gama de brinquedos, jogos (eletrônicos ou não), livros, quadrinhos, animações… E muitos deles exploram os bastidores do que acontece nos consagrados episódios lançados para o cinema. Mas você, fã nerd que acompanha cada criação de George Lucas e companhia, sabe tudo sobre a vida de Obi-Wan Kenobi? Tudo mesmo? De uma olhada no que está saindo para completar uma lacuna na história do mestre Jedi.
Entre os mais recentes episódios das telonas, I, II, e III, em que o personagem é estrelado porEwan McGregor, e os mais clássicos IV, V e VI, vividos por Sir Alec Guiness (isso sim que é nome de respeito!), não se sabe muito sobre o que acontece com o tutor de Anakin. Isso era verdade até agora, pois John Jackson Miller está lançando um livro que trata justamente disto. O título é bem direto: Star Wars: Kenobi.
Reprodução
Nele você saberá como o jovem Obi-Wan foi se transformando no velho Ben Kenobi, mantendo sempre um olhar vigilante sobre Luke Skywalker, ensinando lições ao famigerado povo da areia, evitando o Império Galático e dando umas escapadas para curtir no bar de Mos Eisley (ok, essa última parte já sou eu quem está inventando).
Para divulgar o trabalho James Arnold Taylor, ator que faz a voz do mentor dos Skywalkers na animação da Guerra dos Clones leu um pedacinho do livro. Escute enquanto lê a passagem (em inglês).
O livro acaba de ser lançado no EUA, mas ainda não há previsão para ser publicado aqui no Brasil.
Para conhecer mais sobre o trabalho do autor clique aqui.
Infográfico - Batman: desconstruindo a figura mítica do morcego [infográfico]  A imagem não coube, link: infográfico
Em um dos becos de uma metrópole, uma criança perde seus pais após um assalto que não acabou bem. Uma pessoa comum levaria o resto da vida no tratamento do trauma e, com sorte, poderia voltar ao normal. Essa não foi a opção escolhida por Bruce Wayne. A cena descrita acima e reproduzida à exaustão no cinema, quadrinhos, TV e video games pode ser considerada o prólogo da mitologia do Batman.
O personagem estreou na edição 27 da revista Detective Comics  (1939) e reflete a expansão urbana nos Estados Unidos uma década após a crise gerada pela quebra da Bolsa de Nova York, em 1929. O cenário era pouco convidativo para os migrantes que se mudavam do campo para as cidades, onde precisavam conviver com os crimes violentos e condições marginais.

Surge o Cavaleiro das Trevas

Algumas situações colaboraram para o caminho trilhado pelo jovem Wayne: a fortuna bilionária, o trauma aliado ao senso de justiça e a vontade de consertar sua cidade – e outras injustiças – na marra. Seja pela ausência de poderes especiais ou pelo fato de ter uma história “possível” em alguns aspectos, o Batman é um dos personagens com maior identificação, tendo fãs de todas as idades.
O motivo dessa proximidade? O herói mais humano e provável dos quadrinhos é capaz de lutar contra as injustiças e possui uma aura de infalível. De sua própria maneira, Bruce Wayne é uma espécie de samurai dos tempos modernos, explica E. Paul Zehr. O neurocientista canadense é autor de "Becoming Batman: The possibility of a Superhero" (Se tornando o Batman: A possibilidade de um super-herói), ainda sem edição no Brasil.
Batman: desconstruindo a figura mítica do morcego [infográfico](Fonte da imagem: Reprodução/Deviantart)
“O Batman é dirigido, focado e obsessivo. Ele está disposto a fazer o que é necessário para realmente combater os criminosos. Eu não tenho certeza se isso é fácil de entender ou não, mas o foco e a forma de agir do Batman são muito parecidos com os dos guerreiros de antigamente e as forças especiais de hoje em dia – exceto que ele não mata”, afirma o especialista.

Ah, você quer ser o Batman?

Guerreiro, estrategista, detetive, bilionário, herói e playboy nas horas vagas. Parece o tipo de vida atraente para muitos jovens, não é mesmo? Mas há uma coisa que pouca gente pensa quando o assunto é “ser Batman”: o sacrifício diário de corpo, alma e fortuna necessário para que exista um Cavaleiro das Trevas.
Quando perguntado sobre minha possibilidade de virar o Batman, Zehr dá uma má notícia: “Você já está atrasado! Você deveria ter começado quando era um adolescente. O ideal seria algo entre os 12 e 15 anos. De qualquer forma, o conceito básico é começar com habilidades gerais e condicionamento físico. Isso significa treino de agilidade, como acrobacia, ginástica e corridas, treinamentos de força, energia e flexibilidade. E, então, o treino de artes marciais e uso de armas”, comenta o neurocientista, que também é diretor do Centro de Pesquisa Biomédica da Universidade de Victoria (Canadá) e professor de karatê.
Enquanto Batman mostra ter conhecimento em  diversas artes marciais e um QI invejável, Bruce Wayne trabalhou muito para chegar até esse nível. Zehr aposta que o empresário e filantropo teria obras como "O livro dos cinco anéis" (Miyamoto Musashi), "A arte da guerra" (Sun Tzu) e até um pouco de Sherlock Holmes (Sir Arthur Conan Doyle) em sua cabeceira.
Ainda acha que pode ser o Batman? Confira no infográfico sobre o que você vai precisar!


On 05:26 by papa in , ,    No comments

O que seria de uma boa trama sem um grande contratempo? Algo que se impõe no caminho dos nossos heróis dificultando ou mesmo impedindo que eles cheguem aos seus objetivos. Em muitos casos, os autores preferem por personificar esse papel do antagonista na forma de um vilão.
Nos desenhos animados japoneses, os animes, um grande vilão é praticamente presença obrigatória em quase todas as histórias. Dos mais atrapalhados aos mais perversos, eles possuem grande importância no desenrolar dos eventos, muitas vezes, apesar dos pesares, tornando-se tão queridos do público quanto os próprios protagonistas.
Entretanto, alguns vilões tornam-se excepcionais por se sobressaírem na sua principal e mais óbvia função: serem maus. Conheça agora 10 dos vilões mais malignos dos animes.
Os nomes a seguir não seguem uma ordem específica, pois cada vilão destaca-se por diferentes aspectos da sua vilania.
AVISO: contém spoilers a seguir.

shou tucker

1 – Shou Tucker, de Fullmetal Alchemist

Quem acompanhou o anime deve estar se perguntando nesse momento o porquê de Shou Tucker aparecer nesta lista. De fato, o alquimista não matou ninguém, mas seu ato de vilania foi tão perverso e egoísta como de qualquer outro grande vilão. Para continuar seus estudos sobre quimeras e por dinheiro, o alquimista fundiu a sua própria filha e seu cachorro de estimação em uma quimera fadando-a a viver escondida e angustiada com tudo aquilo. Certamente um dos episódios mais perturbadores e dramáticos dos animes e que fez muito marmanjo não conseguir conter as lágrimas.
major

2 – Major Montana Max (The Major), de Hellsing

Para início de conversa, o Major é um nazista – e isso, por si só, já é ser bastante mau. Mas o Major consegue ser mau mesmo entre os nazistas. Após ter fugido da Alemanha no final da Segunda Guerra Mundial, ele passou cerca de 50 anos planejando sua vingança contra a Inglaterra, acumulando um exército de vampiros, monstros, zepelins de guerra, etc. Ele não só é bom guerreador, como profundo adorador da guerra, tanto que uma das suas maiores vontades era estabelecer um Reich de 100 anos, de modo que houvesse guerra mundial permanente; além de ter sido responsável pela morte de 3 milhões de pessoas por pura diversão.
makoto shishio

3 – Makoto Shishio, de Samurai X (Rurouni Kenshin)

No geral, Shishio é um vilão “comum” durante toda a trama e com isso quer se dizer que ele passou boa parte do anime fazendo coisas que já se espera de um vilão: motivado pela vontade de destruir o governo que tentou matá-lo. Para tanto ele destrói cidades e manda seus comparsas perseguirem os amigos de Kenshin no dojo. Entretanto, os motivos que tornam Shishio digno de estar nesta lista têm a ver com o duelo final entre ele e Kenshin: quando Yumi, amada de Kenshin, resolve interferir no duelo, Makoto se aproveita da distração para esfaquear Kenshin através do corpo de Yumi! Ao perceber que Kenshin não estava morto, Shishio fica tão irado que continua a lutar até seu sangue evaporar. Tenso, não?!
medusa

4 – Medusa, de Soul Eater

Medusa é uma mãe perversa! Assim como Shou Tucker de Fullmetal Alchemist, ela utilizou seu próprio filho (ou filha?), Crona, como objeto de pesquisa numa tentativa de torná-lo um kishin, um assassino louco e demoníaco. Para isso, Medusa o submeteu a todos os tipos de tortura. A moral da história é que Crona acaba por assassinar sua mãe – induzido pela própria Medusa – pois somente assim ele teria matado até mesmo as coisas com as quais se importava. Amor de mãe… vai entender!

naraku

5 – Naraku, de Inuyasha

Naraku pode não ser o vilão mais maligno da lista, mas sem dúvida é o mais chato, por assim dizer. Ele não é igual aos outros vilões que vão direto à destruição e matança, pelo contrário, ele é daqueles que fazem sangrar até a morte com pequenos cortes de papel e depois se certificar de que está bem longe antes que se possa alcança-lo. Seu objetivo no anime era coletar as peças da Joia das Quatro Almas – e depois corrompê-la – mas para isso ele tornou a vida de Inuyasha e seus amigos um lixo: fez a amante do protagonista odiá-lo, assim como o seu irmão; fez o irmão de Sango matar toda a sua família; criou vários clones de si mesmo para que Inuyasha pudesse derrotá-lo a cada episódio e não chegar a lugar algum!! É o que se chama de um grande babaca.
diva

6 – Diva, de Blood+

Diva é Rainha dos Quiropterans e irmã de Saya, protagonista da trama. Um dos ápices de maldade de Diva foi, num primeiro momento, querer matar seu irmão adotivo, Riku, mas Saya a impediu tornando um Chevalier, cavaleiro que, após beber do sangue de Saya e transformar-se num quiropteran, torna-se um protetor desta. Entretanto, nem assim sua vida estava segura. Logo em seguida, Diva captura Riku e o mata, mas não antes de tê-lo estuprado!

griffith

7 – Griffith, de Berserk

Griffith é o típico exemplo daquelas pessoas que não conseguem superar certas situações, no caso, quando Gatts, amigo e parceiro de trabalho, deixa o Bando do Falcão, grupo de mercenários liderado por Griffith. Ocorre que, após Gatts ter retornado para salvá-lo por várias vezes, Griffith sacrifica o seu Bando com o objetivo de se tornar parte da Mão de Deus. Uma vez tendo se tornado parte da Mão, a primeira coisa que Griffith faz é estuprar Caska, noiva de Gatts e que estava grávida na situação, fazendo com que a criança venha a nascer deformada. Um ponto bastante violento num anime/mangá já conhecido pela sua violência excessiva.

majin boo

8 – Majin Boo, de Dragon Ball Z

Majin Boo não é o que se pode dizer de um vilão que possui planos ardilosos ou que tenha grande motivo que sirva de base para sua vingança… não, nada disso. Majin Boo é um grande idiota, babaca, cor-de-rosa e com poderes inimagináveis à sua disposição! Numa comparação esdrúxula, ele seria o “bully” da série. Sério, ele faz o que faz por diversão e seu poder é tão grande que ele conseguiu destruir toda a população da Terra com apenas um golpe – sem nenhum ganho aparente por isso!

johan liebert

9 – Johan Liebert, de Monster

Ser o cara mal de uma série de nome Monster já diz muito sobre Johan. Ele é um serial killer com selo Hannibal Lecter de qualidade. Entre os pontos altos da sua vilania estão o assassinato da sua própria família adotiva, dos parceiros do cirurgião que salvou a sua vida, e quando instigou estudantes e instrutores de um programa militar alemão a matarem uns aos outros. Ele até comandava um grupo de serial killers europeus, mas acabou ele próprio assassinando alguns. Certa vez ele foi convidado por um grupo neo-nazista para ser um novo Hitler. Ok, pausa: se você é convidado para ser um novo Hitler, é porque você é mau pra caramba!!

light yagami

10 – Light Yagami, de Death Note

Light é o exemplo de vilão mal compreendido, afinal, ele só queria ajudar o mundo a se tornar um lugar melhor – mas à maneira dele! Tendo encontrado o Death Note, um caderno que mata qualquer um que tenha o seu nome escrito nele e da maneira descrita. No início, ele começou matando criminosos que haviam escapado da justiça ou enquanto praticavam crimes; então, ele passou a matar os piores criminosos, mesmo que eles já estivessem na prisão. A coisa começa a perder o controle quando Yagami mata um detetive que havia chegado perto de descobrir o seu segredo. Logo, Light passaria a matar qualquer um que julgasse criminoso, mesmo que a justiça dissesse o contrario e todo aquele que se impusesse em seu caminho, comprometendo a realização de algum objetivo. Quando chegou a ser eventualmente preso, Light já havia matado milhares de pessoas.


Via io9

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

On 18:33 by papa in , , ,    No comments
Cientistas criam objeto que gira a 600 milhões de RPM

Cientistas da Universade de St. Andrews, na Escócia, apresentaram os resultados de uma pesquisa que criou o objeto com rotação mais rápida da Terra. Uma microscópica esfera feita de carbonato de cálcio registrou um ápice de 600 milhões de revoluções por minuto, o famoso RPM que tanto vemos em motores por aí.

O intuito do teste era simples: ver o que aconteceria em tal velocidade e observar os efeitos de objetos compostos por milhões de átomos quando levados até o limite. A pesquisa chega aos limites entre as físicas clássica e quântica e reproduz uma condição que nunca antes havia sido obtida em um laboratório.


E o resultado foi bastante estranho. Após atingir a velocidade de 600 milhões de RPM, a esfera desapareceu e os cientistas ainda não sabem exatamente o que aconteceu com ela. A conclusão preliminar é que o ocorrido a seguir não pôde ser registrado pelos instrumentos de medição à disposição e, daqui pra frente, os pesquisadores pretendem descobrir não apenas isso, mas também a natureza do fenômeno como um todo.


Girando e rodando


A esfera de cálcio usada para o teste tinha comportamento semelhante ao de um giroscópio e tinha diâmetro de quatro milionésimos de metro. Ela era mantida flutuando no vácuo por pequenos pulsos de laser, enquanto a luz a movimentava. Assim, ela mantinha seu eixo e começava a rodar até atingir a velocidade máxima registrada.

Apenas a título de comparação, 600 milhões de RPM é um total cerca de 300 mil vezes superior ao limite de um motor de carro convencional e 500 mil vezes maior que o de uma máquina de lavar comum. É um número absurdo, que realmente não dá para imaginar.

De acordo com o professor Kishan Dholakia, o estudo não apenas deu aos envolvidos a possibilidade de estabelecer um recorde mundial como vai permitir estudos de fricção. Mais especificamente, como esse efeito acontece em elementos extremamente pequenos, obtendo conclusões que podem ser fundamentais para a nanotecnologia e o desenvolvimento de dispositivos microscópicos



Fonte: CNETBBCNature Communications
On 17:53 by papa in , ,    No comments
A água salgada também pode ser utilizada para matar a sede dos seres humanos. Basta colocá-la na Puri, uma garrafa recém-inventada com um sistema interno que torna a água do mar uma bebida potável.

Criada pelos universitários sul-coreanos Younsun Kim, Kangkyung Lee, Byungsoo Kim e Minji Kim, a invenção possui um pequeno sistema de bombeamento que dessaliniza o líquido por meio da osmose reversa.

Divulgação

Para funcionar, o usuário precisa bombear o cilindro dentro da garrafa para aumentar a pressão e ocorrer o processo de separação dos componentes por meio de uma membrana permeável à água e que barra o sal.

Além de ser essencial para salvar a vida de náufragos, os criadores recomendam o uso da Puri em longas trilhas e em viagens longas em alto mar.
On 17:10 by papa in , , , ,    No comments
O livro “A Guerra dos Tronos”, da cultuada série “As Crônicas de Gelo e Fogo”, é o mais vendido do século na categoria Fantasia, informa nova pesquisa. A obra do escritor George R. R. Martin superou a icônica “Bíblia”, clássico fantástico co-escrito por 39 autores há centenas, talvez milhares, de anos.

Os dados da pesquisa revelaram que, impulsionada pela série homônima de TV, a saga ‘Game of Thrones’ vendeu nos últimos 12 anos uma média de 86 mil cópias semanais, contra 72 mil do best-seller cristão.

A narrativa fala sobre um mundo arcaico, onde reis, rainhas, magos e renegados disputam o trono de um reino, em conflitos que duram séculos até que todos protagonistas morram sacrificados.

“Há muita semelhança entre as duas obras”, explica o bibliotecário Hilário Miranda. “A Guerra os Tronos” destaca-se pela quantidade de batalhas épicas, enquanto o forte da ‘Bíblia’ está nos personagens com poderes divinos e habilidades mágicas”, ressalta.

Hilário credita o sucesso de vendas dos livros ao boom do gênero Fantasia, voltado principalmente para leitores com dificuldade em se relacionar socialmente.

“Na Bíblia, Deus manda Abraão sacrificar seu filho Isaac, enquanto em ‘Game of Thrones’, Cersei manda matar todos os bastardos de Robert”, compara Hilário. “Este tipo de intriga atrai bastante os leitores de hoje”, explica.

As terceira e quarta posições da lista se mantiveram com a trilogia “O Senhor dos Anéis” e a saga “Harry Potter”.

On 15:51 by papa in , , , ,    No comments
O que acontece se misturar leite com Coca Cola?
O que acontece se misturar leite com Coca Cola?Aaahhhh a nossa sagrada coquinha de cada dia!! Nada melhor no calorão do que uma bem gelada!! A gente adora, mas sabe que não é assim tãaao saudável. Então o que a gente faz?? BEBE LEITE!!(não faz sentido nenhum o que eu falei, mas blz).
Mas e se alguém resolvesse misturar coca-cola com leite??? O que será que aconteceria? Morte certa? Envenenamento químico? Dor de barriga atômica e fulminante?
Alguém que não tinha mais o que fazer resolveu testar essa mistura, e olha… deu até medo do resultado! Confira nas imagens à seguir os principais motivos pra você nunca beber os dois juntos.
O que acontece se misturar leite com Coca Cola?
Aqui temos um lindo leite japonês. Ali temos uma bela coquinha.
O que acontece se misturar leite com Coca Cola?
Agora é só jogar o leitinho na coca…
O que acontece se misturar leite com Coca Cola?
Tampe bem…
O que acontece se misturar leite com Coca Cola?
Agora é só esperar a magia acontecer…
O que acontece se misturar leite com Coca Cola?
Melhor colocar um pouco mais de leite, vai…
O que acontece se misturar leite com Coca Cola?
Opa!! Agora sim parece que funcionou!!
O que acontece se misturar leite com Coca Cola?
Agora é a hora de sair correndo??
O que acontece se misturar leite com Coca Cola?
Calma.
O que acontece se misturar leite com Coca Cola?
É… até que não parece tão ruim assim…
O que acontece se misturar leite com Coca Cola?
Epa!
O que acontece se misturar leite com Coca Cola?
Eita???????????
O que acontece se misturar leite com Coca Cola?
Agora imagina isso dentro de você…
O que acontece se misturar leite com Coca Cola?
SUPER VACAS ok
Achou a imagem acima feia? O pior é saber que ela é real. Uma raça de gado chamada de “Azul Belga” leva intencionalmente um gene defeituoso que resulta em crescimento muscular muito acima do normal.
Um programa sobre as “super vacas” foi apresentado em 2008 pelo canal da National Geographic e mostra como a ciência pode ser usada para controlar a natureza, muitas vezes em nome dos ganhos da produção industrial - acima da ética e da saúde dos seres vivos.
As “super vacas” são produto da reprodução seletiva, que gerencia características desejáveis e repassa os genes por meio de inseminação artificial. Neste caso, o “desejável” é dar continuidade a um gene “doente”, que desrrregula o crescimento dos músculos do gado. Em resumo: é o estímulo a um defeito genético. O resultado é que um único animal pode produzir o dobro de carne que o normal.
Veja o programa da National Geographic (disponível em inglês):
E você, o que acha desse tipo de controle genético?
On 15:18 by papa in , , ,    No comments
O mundo é um lugar tão grande que parece ter muito de tudo nele, mas a verdade é que existem muitas coisas bem raras, que são extremamente difíceis de se encontrar e muitas vezes valem uma fortuna. Por isso vamos conhecer as coisas mais incomuns do planeta Terra:

A assinatura mais rara

JudithShakespeareSignature
No mundo existem apenas seis assinaturas do famoso escritor William Shakespeare, isso torna elas extremamente raras e valiosas. Cada uma vale algo em torno de 3 milhões de dólares.

A pedra mais rara

Painite1
A pedra mais rara do planeta Terra é a painite. Ela, que foi descoberta em 1950 em Burma, teve apenas duas pedras encontradas. Alguns anos depois mais exemplares foram achados, mas nenhum tão claro e belo quanto as primeiras.

O mais raro livro

Bíblia-de-Gutenberg
Existem muitos livros raros no mundo, mas o principal deles é a Bíblia de Gutenberg. Esse foi o primeiro livro impresso da história em 1456. Existem algumas centenas de cópias, mas o original mesmo vale uma fortuna, algo em torno de 30 milhões de dólares.

O mais “raro” prédio do mundo

castelo-de-bran-dracula-10
Cada prédio é único, por isso podemos dizer que todos são raros, mas existe um lugar a venda que é o mais excêntrico e diferente do planeta. Esse local é o Castelo de Bran, o famoso lugar que inspirou a criação da história do Conde Drácula. Esse castelo antigo vale algo em torno de 135 milhões de dólares.

O mais raro vinho

Th.J 1787 Chateau Lafitte - Male Extravaganza
Uma das garrafas de vinho mais raras da história é a Lafitte Th. J. 1787. Ela foi comprada por 160 mil dólares. Ela foi encontrada em um muro de Paris e muitos acreditam que foi de Thomas Jefferson.

O mais raro carro

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O Phantom Corsair de 1938 é o carro mais raro do mundo, pois apenas um foi construído. Ele foi feito para ser um modelo do que seriam os carros do futuro, com aerodinâmica especial e um visual único. Ele não possui nenhum preço previsto, mas pode valer milhões.

O mais raro elemento do mundo (talvez a coisa mais rara em todo o mundo)

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Astatine é um material altamente radioativo. Ele foi descoberto em 1940 e depois disso mal se viu ele por aí. Acredita-se que exista, em todo o mundo, apenas uma colher desse material.

Fonte: Minilua
On 15:09 by papa in , , ,    No comments
On 06:28 by papa in , , ,    No comments
Mas não.
Ok, vamos falar sério sobre um assunto imbecíl: você realmente acha que o Batman ou qualquer outro super herói iria derrotar um ser invulnerável como o Superman? Se você acha que sim, de uma olhada nessas imagens que provam que não é tão simples como você e o Brunce Wayne pensam…
É gente, brincar de imaginar é divertido e de graça.
Por Slavoj Žižek.
For the english version, click here.
Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge confirma mais uma vez como os blockbusters de Hollywood são indicadores precisos da situação ideológica da nossa sociedade. A narrativa (resumida) se dá da seguinte maneira. Oito anos depois dos eventos de Batman – O Cavaleiro das Trevas, capítulo anterior da saga Batman, a lei e a ordem prevalecem em Gotham City: sob os extraordinários poderes do Ato Dent, o comissário Gordon praticamente erradicou o crime violento e organizado. No entanto, ele se sente culpado pela cobertura dos crimes de Harvey Dent (Dent morreu ao tentar matar o filho de Gordon, salvo por Batman, que assumiu a culpa em nome da manutenção do mito de Dent, levando a uma demonização de Batman como vilão de Gotham) e planeja admitir a conspiração em um evento público de celebração a Dent, mas acaba concluindo que a cidade não está preparada para a verdade. Bruce Wayne, que não atua mais como Batman, vive isolado na própria Mansão enquanto sua empresa desmorona depois de ter investido em um projeto de energia limpa criado para aproveitar a energia nuclear, mas encerrado quando ele descobriu que o núcleo poderia ser transformado em uma bomba. A lindíssima Miranda Tate, membra do conselho administrativo da Wayne Enterprises, convence Wayne a refazer a sociedade e continuar com seus trabalhos filantrópicos.
Aqui entra o (primeiro) vilão do filme: Bane, líder terrorista e antigo membro da Liga das Sombras, consegue a cópia do discurso de Gordon. Depois que as tramas financeiras de Bane quase levam a empresa de Wayne à falência, Wayne confia a Miranda a tarefa de controlar seus negócios, além de ter com ela um breve caso amoroso. (Nesse aspecto ela compete com a gata-ladra Selina Kyle, que rouba dos ricos para redistribuir a riqueza, mas acaba se juntando a Wayne e às forças da lei e da ordem.) Ao descobrir a movimentação de Bane, Wayne retorna como Batman e confronta Bane, que afirma ter assumido a Liga das Sombras após a morte de Ra’s Al Ghul. Depois de deixar Batman gravemente ferido em um combate corpo a corpo, Bane o coloca numa prisão de onde é praticamente impossível fugir. Seus companheiros de prisão contam para Wayne a história da única pessoa que conseguiu escapar: uma criança motivada pela necessidade e pela mera força de vontade. Enquanto o prisioneiro Wayne se recupera dos ferimentos e se prepara para ser Batman de novo, Bane consegue transformar Gotham City em uma cidade-Estado isolada. Primeiro ele atrai para o subsolo a maior parte dos policiais de Gotham e os prende lá; depois provoca explosões que destroem a maioria das pontes que conectavam Gotham City ao continente, anunciando que qualquer tentativa de deixar a cidade resultaria na detonação do núcleo de Wayne, do qual se apoderou e transformou em uma bomba.
Chegamos então ao momento crucial do filme: a tomada de poder por parte de Bane acontece junto com uma vasta ofensiva político-ideológica. Bane revela publicamente o acobertamento da morte de Dent e liberta os prisioneiros detidos pelo Ato Dent. Condenando os ricos e poderosos, ele promete devolver o poder ao povo, convocando as pessoas comuns a “tomarem a cidade de volta” – Bane revela-se como “o manifestante definitivo do Occupy Wall Street, convocando os 99% a se juntarem para derrubar as elites sociais”[1]. Segue-se então a ideia do filme de poder do povo: uma sequência mostra  uma série de julgamentos e execuções dos ricos, as ruas tomadas pelo crime e pela vilania… alguns meses depois, enquanto Gotham City continua sofrendo o terror popular, Wayne consegue fugir da prisão, retorna a Gotham como Batman e convoca os amigos para ajudá-lo a libertar a cidade e desarmar a bomba nuclear antes que ela exploda. Batman confronta e domina Bane, mas Miranda intervém e apunhala Batman – a benfeitora social revela-se como Talia al Ghul, filha de Ra’s: foi ela que escapou da prisão quando criança e foi Bane que a ajudou a fugir. Depois de comunicar seu plano de terminar a tarefa do pai de destruir Gotham, Talia foge. Na confusão que se segue, Gordon destrói o dispositivo que permitia a detonação remota da bomba enquanto Selina mata Bane, permitindo que Batman vá atrás de Talia. Ele tenta forçá-la a levar a bomba para a câmara de fusão onde pode ser estabilizada, mas Talia inunda a câmara. Talia morre quando seu caminhão bate, confiante de que a bomba não pode ser detida. Usando um helicóptero especial, Batman transporta a bomba para além dos limites da cidade, onde ela explode sobre o oceano e supostamente o mata.
Agora Batman é celebrado como um herói cujo sacrifício salvou Gotham City, enquanto Wayne é tido como morto nos motins. Após seus bens serem divididos, Alfred vê Bruce e Selina juntos em um café em Florença, enquanto Blake, jovem policial honesto que conhecia a identidade de Batman, herda a Batcaverna. Em suma, “Batman salva a situação, aparece incólume e continua com uma vida normal, enquanto outro o substitui no papel de defender o sistema”[2]. A primeira pista dos fundamentos ideológicos desse final é dada por Gordon, que, no (suposto) enterro de Wayne, lê as últimas linhas de Um conto de duas cidades, de Dickens: “Esta é, sem dúvida, a melhor coisa que faço e que jamais fiz; este é, sem dúvida, o melhor descanso que terei e que jamais tive”. Alguns críticos do filme interpretaram essa citação como um indício de que o filme “atinge o nível mais nobre da arte ocidental. O filme apela para o centro da tradição norte-americana – o ideal do nobre sacrifício pelo povo comum. Batman deve se humilhar para ser exaltado e renunciar à própria vida para encontrar uma nova. [...] Como máxima figura de Cristo, Batman sacrifica a si para salvar os outros”[3].
Dessa perspectiva, com efeito, Dickens está apenas a um passo de distância de Cristo no Calvário: “Pois aquele que quiser salvar a sua vida, vai perdê-la, mas o que perder a sua vida por causa de mim, vai encontrá-la. De fato, que aproveitará ao homem se ganhar o mundo inteiro mas arruinar a sua vida?” (Mt 16:25-26 da Bíblia de Jerusalém). O sacrifício de Batman como repetição da morte de Cristo? Essa ideia não seria comprometida pela última cena do filme (Wayne com Selina em um café em Florença)? O equivalente religioso desse final não seria a conhecida ideia blasfema de que Cristo realmente sobreviveu à crucificação e teve uma vida longa e pacífica (na Índia, ou talvez no Tibete, de acordo com algumas fontes)? A única maneira de remir essa cena final seria interpretá-la como um devaneio (alucinação) de Alfred, que se senta sozinho em um café em Florença. Outra característica dickensiana do filme é a queixa despolitizada sobre a lacuna entre ricos e pobres – no início do filme, Selina sussurra para Wayne enquanto eles dançam em um baile exclusivo da elite: “Está vindo uma tempestade, sr. Wayne. É melhor que estejam preparados. Pois quando ela chegar, todos se perguntarão como acharam que poderiam viver com tanto e deixar tão pouco para o resto”. Nolan, como todo bom liberal, está “preocupado” com essa disparidade e reconhece que essa preocupação impregnou o filme:
O que vejo do filme relacionado ao mundo real é a ideia de desonestidade. O filme inteiro trata da chegada do seu ponto crítico. [...] A ideia de justiça econômica perpassa o filme, e por duas razões. Primeiro, Bruce Wayne é um bilionário. Isso tem de ser levado em conta. [...] E segundo, há muitas coisas na vida, e a economia é uma delas, em que precisamos confiar em grande parte do que nos dizem, pois a maioria de nós se sente desprovida das ferramentas analíticas para saber o que está acontecendo. [...] Não acho que existe uma perspectiva de direita ou de esquerda no filme. Ele faz apenas uma avaliação honesta, ou uma exploração honesta, do mundo em que vivemos – de coisas que nos preocupam.[4]
Por mais que os espectadores saibam que Wayne é extremamente rico, eles tendem a se esquecer de onde vem a riqueza dele: fabricação de armas e especulação financeira, e é por isso que as jogadas de Bane na Bolsa de Valores podem destruir seu império – traficante de armas e especulador, esse é o verdadeiro segredo por trás da máscara do Batman. De que modo o filme lida com isso? Ressuscitando o tema arquetípico dickensiano do bom capitalista que se envolve no financiamento de orfanatos (Wayne) versus o mau e ganancioso capitalista (Stryver, como em Dickens). Nessa moralização dickensiana excessiva, a disparidade econômica é traduzida na “desonestidade” que deveria ser “honestamente” analisada, embora não tenhamos nenhum mapeamento cognitivo confiável, e uma abordagem “honesta” como essa nos leva a mais um paralelo com Dickens – é como afirmou Jonathan (corroteirista), irmão de Christopher Nolan, sem rodeios: “Para mim, Um conto de duas cidades foi o retrato mais angustiante de uma civilização reconhecível e descritível que se desintegrou completamente em pedaços. Com os terrores em Paris, na França daquela época, não é difícil imaginar que as coisas dariam tão errado assim”[5]. As cenas do vingativo levante populista no filme (uma multidão sedenta pelo sangue dos ricos que os ignoraram e exploraram) evocam a descrição de Dickens do Reino do Terror, tanto que, embora não tenha nada a ver com política, o filme segue o romance de Dickens ao retratar “honestamente” os revolucionários como fanáticos possuídos, e assim fornece
a caricatura do que, na vida real, seriam revolucionários comprometidos ideologicamente no combate da injustiça estrutural. Hollywood conta o que oestablishment quer que saibamos – que os revolucionários são criaturas brutais, sem nenhum respeito pela vida humana. Apesar da retórica emancipatória sobre a libertação, eles têm projetos sinistros por trás. Portanto, quaisquer que sejam as razões, elas precisam ser eliminadas.[6]
Tom Charity destacou corretamente “a defesa que o filme faz do establishmentna forma de bilionários filantrópicos e uma polícia corrupta” – na sua desconfiança das pessoas que resolvem as coisas com as próprias mãos, o filme “demonstra tanto o desejo por justiça social quanto o medo do que realmente pode parecer nas mãos de uma multidão”[7]. Aqui, Karthick levanta uma questão bem clara sobre a imensa popularidade da figura do Coringa no filme anterior: qual o motivo de uma atitude tão hostil para com Bane quando o Coringa foi tratado com tanta mansidão no filme anterior? A resposta é simples e convincente:
O Coringa, que clama por anarquia na sua mais pura manifestação, enfatiza a hipocrisia da civilização burguesa como ela existe, mas é impossível traduzir suas visões em uma ação de massa. Bane, por outro lado, representa uma ameaça existencial ao sistema de opressão. [...] Sua força não é apenas a psique, mas também sua capacidade de comandar as pessoas e mobilizá-las rumo a um objetivo político. Ele representa a vanguarda, o representante organizado dos oprimidos que promove a luta política em nome deles para gerar mudanças sociais. Tamanha força, com o maior dos potenciais subversivos, não tem lugar dentro do sistema. Ela precisa ser eliminada.[8]
No entanto, ainda que Bane não tenha o fascínio do Coringa de Heath Ledger, há uma característica que o distingue desse último: o amor incondicional, a mesma fonte da sua dureza. Em uma cena curta mas comovente, vemos como, em um ato de amor no meio do sofrimento terrível, Bane salvou a garota Talia sem se importar com as consequências e pagando um preço terrível por isso (foi espancado quase até a morte por defendê-la). Karthick tem toda razão ao situar esse acontecimento dentro da longa tradição, de Cristo a Che Guevara, que exalta a violência como uma “obra do amor”, como nas famosas palavras do diário de Che Guevara: “Devo dizer, correndo o risco de parecer ridículo, que o verdadeiro revolucionário é guiado pelo forte sentimento do amor. É impossível pensar em um revolucionário autêntico sem essa qualidade”[9]. O que encontramos aqui nem é tanto a “cristificação de Che”, mas sim uma “cheização do próprio Cristo” – o Cristo cujas palavras “escandalosas” de Lucas (“se alguém vem a mim e não odeia seu próprio pai e mãe, mulher, filhos, irmãos, irmãs e até a própria vida, não pode ser meu discípulo” [Lc 14:26]) apontam exatamente na mesma direção que a famosa citação de Che: “É preciso ser duro, mas sem perder a ternura”. A afirmação de que “o verdadeiro revolucionário é guiado pelo forte sentimento do amor” deveria ser interpretada juntamente com a declaração muito mais “problemática” de Guevara sobre os revolucionários como “máquinas de matar”:
O ódio é um elemento da luta; o ódio impiedoso do inimigo que nos ergue acima e além das limitações naturais do homem e nos transforma em eficazes, violentas, seletivas e frias máquinas de matar. Assim devem ser nossos soldados; um povo sem ódio não derrota um inimigo brutal.
Ou, parafraseando Kant e Robespierre mais uma vez: o amor sem crueldade é impotente; a crueldade sem amor é cega, paixão efêmera que perde todo seu vigor. Guevara está parafraseando as declarações de Cristo sobre a unidade do amor e da espada – em ambos os casos, o paradoxo subjacente consiste nisto: o que torna o amor angelical, o que o eleva acima da mera sentimentalidade instável e patética, é essa mesma crueldade, o seu elo com a violência – é esse elo que eleva o amor acima e além das limitações naturais do homem e o transforma em pulsão incondicional. É por isso que, voltando a O Cavaleiro das Trevas Ressurge, o único amor autêntico no filme é o de Bane, o “amor do terrorista”, em nítido contraste a Batman.
Nesse mesmo viés, a figura de Ra’s, pai de Talia, merece um exame mais cuidadoso. Ra’s é uma mistura de características árabes e orientais, um agente do virtuoso terror lutando para contrabalancear a corrompida civilização ocidental. O personagem é interpretado por Liam Neeson, ator cuja persona na tela geralmente irradia uma nobre bondade e sabedoria (ele faz o papel de Zeus em Fúria de Titãs), e que também representa Qui-Gon Jinn em A Ameaça Fantasma, primeiro episódio da série Star Wars. Qui-Gon é um cavaleiro Jedi, mentor de Obi-Wan Kenobi, bem como o descobridor de Anakin Skywalker, acreditando que Anakin é O Escolhido que restituirá o equilíbrio do universo, ignorando os alertas de Yoda sobre a natureza instável de Anakin; no final de A Ameaça Fantasma, Qui-Gon é morto por Darth Maul[10].
Na trilogia Batman, Ra’s também é professor do jovem Wayne: em Batman Begins, ele encontra Wayne em uma prisão chinesa; apresentando-se como Henri Ducard, ele oferece um “caminho” para o garoto. Depois que Wayne é libertado, ele segue até a fortaleza da Liga das Sombras, onde Ra’s está esperando, embora se apresente como servo de outro homem chamado Ra’s Al Ghul. Depois de um longo e doloroso treinamento, Ra’s explica que Bruce deve fazer o que for preciso para combater o mal, embora revele que eles treinaram Bruce para liderar a Liga com o intuito de destruir Gotham City, que eles acreditam ter se tornado irremediavelmente corrupta. Portanto, Ra’s não é a simples encarnação do Mal: ele representa a combinação de virtude e terror, a disciplina igualitária que combate um império corrupto, e assim pertence ao fio condutor (na ficção recente) que vai de Paul Atreides em Duna até Leônidas em300 de Esparta. E é crucial que Wayne seja seu discípulo: Wayne foi formado como Batman por ele.
Duas críticas do senso-comum se apresentam aqui. A primeira é de que houveviolência e matanças monstruosas nas revoluções reais, desde o estalinismo ao Khmer Vermelho, por isso está claro que o filme não está apenas engajado na imaginação revolucionária. A segunda, oposta, é esta: o atual movimento Occupy Wall Street não foi violento, seu objetivo definitivamente não era um novo reino do terror; na medida em que se espera que a revolta de Bane extrapole a tendência imanente do movimento OWS, o filme, portanto, deturpa de maneira absurda seus objetivos e estratégias. Os atuais protestos antiglobalistas são o exato oposto do terror brutal de Bane: este representa a imagem espelhada do terror estatal, uma seita fundamentalista e homicida dominada e controlada pelo terror, e não a sua superação por meio da auto-organização popular… As duas críticas compartilham a rejeição da figura de Bane. A resposta a essas duas críticas é múltipla.
Primeiro, devemos esclarecer o atual escopo da violência – a melhor resposta para a afirmação de que a reação violenta da multidão à opressão é pior que a opressão original foi dada por Mark Twain no seu Um ianque na corte do rei Artur: “Houve dois ‘Reinos do Terror’, se bem nos lembramos; um forjado na incandescente paixão, outro no desumano sangue frio. [...] Mas todos os nossos temores, que os tenhamos pelo menor terror, o momentâneo, por assim dizer; pois o que é o terror da morte súbita pelo machado se comparado à morte em toda uma vida de fome, frio, insulto, crueldade e desilusão? O cemitério de qualquer cidade pode bem conter os caixões cheios desse breve terror, que todos aprendemos com afinco a temer e lamentar; mas a França inteira mal conteria os caixões cheios daquele outro terror, mais antigo e verdadeiro, o terror de amargura e atrocidade indizíveis, que nenhum de nós aprendeu a encarar em toda sua amplitude ou desprezo que merece”.
Depois, deveríamos desmistificar o problema da violência, rejeitando afirmações simplistas de que o comunismo do século XX agiu com uma violência homicida excessiva demais, e de que deveríamos tomar cuidado para não cair mais uma vez nessa armadilha. Com efeito, trata-se de uma terrível verdade – mas esse foco voltado diretamente para a violência obscurece uma questão basilar: o que houve de errado no projeto comunista do século XX como tal, qual foi o ponto fraco imanente desse projeto que impulsionou o comunismo a recorrer (não só) aos comunistas no poder para a violência irrestrita? Em outras palavras, não basta dizer que os comunistas “negligenciaram o problema da violência”: foi um aspecto sócio-político mais profundo que os impulsionou à violência. (O mesmo se aplica à ideia de que os comunistas “negligenciaram a democracia”: seu projeto geral de transformação social impôs sobre eles esse “negligenciar”.) Portanto, não é apenas o filme de Nolan que foi incapaz de imaginar o poder autêntico do povo – os próprios movimentos “reais” de emancipação radical também não o fizeram e continuam presos nas coordenadas da antiga sociedade, e, por essa razão, muitas vezes o efetivo “poder do povo” foi esse horror violento.
E, por último, mas não menos importante, é muito simples dizer que não há potencial violento no movimento OWS e similares – há sim uma violência em jogo em todo processo emancipatório autêntico: o problema com o filme é que ele traduziu essa violência de uma maneira errada em terror homicida. Qual é, então, a sublime violência em relação à qual até mesmo o mais brutal assassinato é um ato de fraqueza? Façamos uma digressão em Ensaio sobre a lucidez, de José Saramago, que conta a história dos estranhos eventos na capital sem nome de um país democrático não identificado. Quando a manhã do dia das eleições é arruinada por chuvas torrenciais, a quantidade de eleitores presentes é extremamente baixa, mas o tempo melhora no meio da tarde e a população segue em massa para as seções eleitorais. No entanto, o alívio do governo logo acaba quando a contagem de votos revela que 70% das cédulas na capital foram deixados em branco. Frustrado por esse aparente lapso civil, o governo dá aos cidadãos a chance de refazer o fato uma semana depois, em mais um dia de eleição. O resultado é pior: agora 83% dos votos foram brancos. Os dois principais partidos políticos – o governante partido da direita (p.d.d.) e seu principal adversário, o partido do meio (p.d.m.) – entram em pânico, enquanto o infeliz e marginalizado partido da esquerda (p.d.e.) apresenta uma análise afirmando que os votos brancos são, essencialmente, um voto por sua agenda progressiva. Sem saber como responder a um protesto benigno, mas certo de que existe uma conspiração antidemocrática, o governo rapidamente rotula o movimento de “terrorismo puro e duro” e declara estado de emergência, permitindo a suspensão de todas as garantias constitucionais e adotando uma série de medidas cada vez mais drásticas: os cidadãos são apanhados aleatoriamente e desaparecem em interrogatórios secretos, a polícia e a sede do governo saem da capital, proibindo a entrada e a saída da cidade e, por fim, fabricando seu próprio líder terrorista. A cidade toda continua funcionando quase normalmente, as pessoas se esquivam de todas as ofensivas do governo com uma harmonia inexplicável e com um verdadeiro nível gandhiano de resistência não violenta… isso, a abstenção dos eleitores, é um exemplo de “violência divina” verdadeiramente radical que desperta reações de pânico brutal nos detentores do poder.
Voltando a Nolan, a trilogia dos filmes do Batman, portanto, segue uma lógica imanente. Em Batman Begins, o herói continua dentro dos limites de uma ordem liberal: o sistema pode ser defendido com métodos moralmente aceitáveis. O Cavaleiro das Trevas é de fato uma nova versão de dois clássicos de faroeste de John Ford (Sangue de Heróis e O Homem Que Matou o Facínora) que retratam como, para civilizar o ocidente selvagem, é preciso “publicar a lenda” e ignorar a verdade – em suma, como nossa civilização tem de se fundamentar em uma Mentira: é preciso quebrar as regras para defender o sistema. Ou, dito de outra forma, em Batman Begins, o herói é simplesmente uma figura clássica do vigilante urbano que pune os criminosos naquilo que a polícia não pode; o problema é que a polícia, órgão responsável pela imposição das leis, relaciona-se de maneira ambígua à ajuda de Batman: enquanto admite sua eficácia, ela também considera Batman uma ameaça ao seu monopólio do poder e uma testemunha da sua ineficácia. No entanto, a transgressão de Batman aqui é puramente formal, consiste em agir em nome da lei sem a legitimação para fazê-lo: nos seus atos, ele nunca viola a lei. O Cavaleiro das Trevas muda essas coordenadas: o verdadeiro rival de Batman não é o Coringa, seu oponente, mas Harvey Dent, o “cavaleiro branco”, o novo e agressivo promotor público, um tipo de vigilante oficial cuja batalha fanática contra o crime o conduz ao assassinato de pessoas inocentes e o destrói. É como se Dent fosse a resposta à ordem legal da ameaça de Batman: contra a vigilante luta de Batman, o sistema gera seu próprio excesso ilegal, seu próprio vigilante, muito mais violento que Batman, violando diretamente a lei. Desse modo, há uma justiça poética no fato de que, quando Bruce planeja revelar ao público sua identidade como Batman, Dent o interrompe e se apresenta como Batman – ele é “mais Batman que o próprio Batman”, efetivando a tentação à qual Batman ainda era capaz de resistir. Então quando, no final do filme, Batman assume os crimes cometidos por Dent para salvar a reputação do herói popular que incorpora a esperança para o povo comum, seu ato modesto tem uma ponta de verdade: Batman, de certa forma, devolve o favor a Dent. Seu ato é um gesto de troca simbólica: primeiro Dent toma para si a identidade de Batman, e depois Wayne – o Batman verdadeiro – toma para si os crimes de Dent.
Por fim, O Cavaleiro das Trevas Ressurge ultrapassa ainda mais os limites: Bane não seria Dent levado ao extremo, à sua autonegação? Dent que chega à conclusão de que o sistema é injusto, de modo que, para combater a injustiça com eficácia, é preciso atacar diretamente o sistema e destruí-lo? E, como parte da mesma atitude, Dent que perde as últimas inibições e está pronto para usar toda sua brutalidade assassina para atingir esse objetivo? O advento dessa figura muda a constelação inteira: para todos os participantes, inclusive Batman, a moralidade é relativizada, torna-se uma questão de conveniência, algo determinado pelas circunstâncias: é uma guerra de classes aberta, tudo é permitido para defender o sistema quando estamos lidando não só com gângsteres malucos, mas com uma revolta popular.
Será, então, que isso é tudo? O filme deveria ser categoricamente rejeitado por quem se envolve em lutas emancipatórias radicais? As coisas são mais ambíguas, e é preciso interpretar o filme da maneira que se interpreta um poema político chinês: as ausências e as presenças surpreendentes também contam. Recordemos a antiga história francesa sobre uma esposa que reclama do melhor amigo do marido, dizendo que o amigo tem se insinuado sexualmente para ela: leva algum tempo para que o amigo surpreso entenda a mensagem – de uma maneira invertida, ela o está incitando a seduzi-la… É como o inconsciente freudiano que não conhece a negação: o que importa não é um juízo negativo sobre algo, mas o simples fato de que esse algo seja mencionado – em O Cavaleiro das Trevas Ressurge, o poder do povo ESTÁ AQUI, encenado como um Evento, em um passo fundamental dado a partir dos oponentes habituais de Batman (criminosos megacapitalistas, gângsteres e terroristas).
Temos aqui a primeira pista – a perspectiva de que o movimento OWS tome o poder e estabeleça a democracia do povo em Manhattan é nítida e completamente tão absurda e irreal que não podemos deixar de fazer a seguinte pergunta: POR QUE UM IMPORTANTE BLOCKBUSTER DE HOLLYWOOD SONHA COM ISSO, POR QUE EVOCA ESSE ESPECTRO? Por que sequer sonhar com o OWS culminando em uma violenta tomada de poder? A resposta óbvia (manchar o OWS com acusações de que ele guarda um potencial terrorista totalitário) não é o bastante para explicar a estranha atração exercida pela perspectiva do “poder do povo”. Não admira que o funcionamento apropriado desse poder continue branco, ausente: nenhum detalhe é dado sobre como funciona esse poder do povo, sobre o que as pessoas mobilizadas estão fazendo (é preciso lembrar que Bane diz que as pessoas podem fazer o que quiserem – ele não impõe sobre elas a sua própria ordem).
É por isso que a crítica externa do filme (“sua retratação do reino do OWS é uma caricatura ridícula”) não basta – a crítica tem de ser imanente, tem de situar dentro do próprio filme uma multiplicidade de sinais que aponte para o Evento autêntico. (Recordemos, por exemplo, que Bane não é apenas um terrorista brutal, mas sim uma pessoa de profundo amor e sacrifício.) Em suma, a ideologia pura não é possível, a autenticidade de Bane TEM de deixar rastros na tecitura do filme. É por isso que o filme merece uma leitura mais íntima: o Evento – a “república do povo de Gotham City”, a ditadura do proletariado sobre Manhattan – é imanente ao filme, é o seu centro ausente.

[1] Tyler O’Neil, “Dark Knight and Occupy Wall Street: The Humble Rise”,Hillsdale Natural Law Review, 21 de  julho de 2012.
[2] Karthick RM, “The Dark Knight Rises a ‘Fascist’?”Society and Culture, 21 de julho de 2012.
[3] Tyler O’Neil, cit.
[4] Christopher Nolan, entrevista na Entertainment 1216 (julho de 2012), p. 34.
[5] Entrevista de Christopher e Jonathan Nolan ao Buzzine Film.
[6] Karthick, cit.
[7] Forrest Whitman, “The Dickensian Aspects of The Dark Knight Rises”, 21 de julho de 2012.
[8] Karthick, cit.
[9] Citado em Jon Lee Anderton, Che Guevara: A Revolutionary Life, New York: Grove 1997, p. 636-637.
[10] Notemos a ironia do fato de que o filho de Neeson é um xiita devoto, e que o próprio Neeson às vezes fala sobre a sua futura conversão ao islamismo.