terça-feira, 13 de agosto de 2013
Sua escrita guarda os mistérios dos antigos. Os misteriosos códigos indecifráveis intrigam os pesquisadores até hoje. Boa parte deles são escrito em uma linguagem complexa que impossibilita a tradução e o entendimento. Confira e tente decifra-los:
10. O Codex Seraphinianus
O Codex Seraphinianus é um livro escrito e ilustrado pelo artista italiano, arquiteto e designer industrial Luigi Serafini, que o escreveu durante 30 meses, de 1976 a 1978. O livro tem aproximadamente 360 páginas (dependendo da edição), e parece ser uma enciclopédia visual de um mundo desconhecido, escrito em uma das suas línguas, que é impossível de ser decifrada e apresenta um complexidade tremenda. As ilustrações são na grande maioria surreais, diferente das coisas do nosso mundo. Os desenhos vem acompanhados da escrita como anotações ou instruções sobre o que estamos visualizando. Máquinas aparentemente sem sentido também são apresentadas no livro. Há também ilustrações facilmente identificáveis, como mapas ou rostos humanos. Praticamente todas as figuras são coloridas e ricas em detalhes. O Codex é todo composto desse alfabeto estranho que até hoje ninguém conseguiu traduzir, mesmo depois de intenso estudo lingüistico. Por ser ilegível, o Codex tornou-se o mais famoso trabalho de Serafini, que varia entre o surreal e bonito ao extremo perturbador.
9. Código Indus
O termo código Indus (também conhecido como código Harappan ) refere-se a seqüências curtas de símbolos associados à civilização do Vale do Indo, em uso durante o período de Harappan, entre os séculos 26 e 20 aC. Apesar das muitas tentativas de decifrar o código, ninguém obteve sucesso. A base dessa língua é incomum, sendo quase impossível de desmembrar , principalmente devido à falta de qualquer referência. Ao longo dos anos, decifrações numerosas têm sido propostas, mas nenhuma foi aceita pela comunidade científica em geral. O tema é muito popular tanto entre os pesquisadores quanto entre os amadores, e tem havido vários relatos de pessoas que afirmam que decifram o código. Nenhuma dessas sugestões foram reconhecidas pelo meio acadêmico. O fato é que a cada palavra decifrada, mil perguntas aparecem.
8. Dispilio
A placa de Dispilio (também conhecida como a Escritura Dispilio ou o disco Dispilio ) é uma tabuleta de madeira com símbolos inscritos ( charagmata ), descoberto durante as escavações de George Hourmouziadis em Dispilio na Grécia e datado de 5260 a.C segundo o teste de carbono 14 . Foi descoberto em 1993 num lago neolítica que se encontra em uma ilha artificial perto da moderna aldeia de Dispilio na Grécia. Uma série de itens foram encontrados, incluindo cerâmicas, elementos estruturais de madeira, sementes, ossos, estatuetas, ornamentos pessoais, flautas (uma delas remonta ao 6 º milénio aC, a mais antiga já encontrada na Europa) . A placa foi inúmera vezes estudada mas o texto apresentado não se assemelha com nada já visto antes, nem mesmo com a escrita rudimentar que se conhece da época, encontrada em outros artefatos naquela região da Grécia.
7. Código Vinca
Em 1875, escavações arqueológicas liderada pelo arqueólogo húngaro Zsófia Torma em Turda, Hungria (hoje, Roménia) revelou um conjunto de objetos inscritos com símbolos desconhecidos. Em 1908, um conjunto semelhante foi encontrado durante as escavações conduzidas por Miloje Vasic em Vinca, um subúrbio de Belgrado (Sérvia). Mais tarde, como mais fragmentos foram encontrados em Banjica, outra parte de Belgrado. Desde então, mais de cento e cinquenta sítios em Vinca foram identificados. A natureza e a finalidade dos símbolos é um mistério. ?? duvidoso que elas constituem um sistema de escrita. Se o fizerem, não se sabe se eles representam um alfabeto silabário, ideogramas ou alguma outra forma de escrever. Não há sinais de padrões que identifiquem o caminho por onde começar. No início pensava-se que os símbolos eram simplesmente usados como marcas de propriedade, sem um sentido mais amplo do que ???isto pertence a X???. Esta teoria foi abandonada, quando os mesmos símbolos foram encontrados em outros sítios, em locais com diferença de centenas de quilômetros de distância. A teoria que prevalece é que os símbolos eram usados para fins religiosos em uma sociedade agrícola tradicional. O que torna o mistério maior é que os símbolos que sugerem terem sido usados para rituais da colheita e do plantio são semelhantes a alguns símbolos que conhecemos hoje. Alguns estudiosos apontaram até a semelhança de alguns desses símbolos com os ???Crops Circles??? encontrados nas plantações da Inglaterra. O uso dos símbolos parece ter sido abandonado (juntamente com os objetos em que eles aparecem) no início da Idade do Bronze, sugerindo que uma nova tecnologia trouxe mudanças significativas na organização social e crenças.
6. Pedra de Singapura
A Pedra de Singapura é um fragmento de uma grande laje de arenito que se situava na foz do rio Cingapura. A laje, que acredita-se que ser datada do século 13 (embora nenhum teste tenha sido aplicado para confirmar) traz consigo uma inscrição indecifrável. Teorias recentes sugerem que a inscrição seja feita no Velho javanês ou em uma vertente do sânscrito. ?? provável que a pessoa que encomendou a inscrição era de Sumatra. A laje foi explodida em 1843 para limpar e alargar a passagem na foz do rio. A placa pode ser ligada a lendária história do século 14 conhecida como a lenda de Badang, o forte, que conta que Badang, um jovem que havia ganhado super força de um demônio metamorfo das águas, havia jogado uma pedra enorme na foz do rio Cingapura. Sobre a morte Badang, o rajá mandou construir dois pilares de pedra sobre a sua sepultura ???no ponto do Estreito de Singhapura???. A pedra, agora expostas no Museu Nacional de Cingapura, foi designada pelo museu como um dos 11 ???tesouros nacionais??? em janeiro de 2006, e pelo Conselho Nacional do Património como um dos 12 artefatos mais importantes conservados nas colecções dos museus.
5. Manuscrito de Voynich
O manuscrito Voynich é um misterioso livro ilustrado com um conteúdo incompreensível. Imagina-se que tenha sido escrito há aproximadamente 400 anos por um autor desconhecido que se utilizou de um sistema de escrita não-identificado e uma linguagem ininteligível.
Ao longo de sua existência registrada, o manuscrito Voynich tem sido objeto de intenso estudo por parte de muitos criptógrafos amadores e profissionais, incluindo alguns dos maiores decifradores norte-americanos e britânicos ao tempo da Segunda Guerra Mundial (todos os quais falharam em decifrar uma única palavra). Esta sucessão de falhas transformou o manuscrito Voynich num tema famoso da história da criptografia, mas também contribuiu para lhe atribuir a teoria de ser simplesmente um embuste muito bem tramado ??? uma seqüência arbitrária de símbolos.
A teoria hoje mais aceita é de que o manuscrito tenha sido criado como arte no século XVI como uma fraude. O fraudador teria sido o mago, astrólogo e falsário inglês Edward Kelley com ajuda do filósofo John Dee para enganar Rodolfo II da Germânia (do Sacro Império Romano).
O livro ganhou o nome do livreiro polaco-estadunidense Wilfrid M. Voynich, que o comprou em 1912. A partir de 2005, o manuscrito Voynich passou a ser o item MS 408 na Beinecke Rare Book and Manuscript Library da Universidade de Yale. A primeira edição fac-símile foi publicada em 2005 (Le Code Voynich), com uma curta apresentação em francês do editor, Jean-Claude Gawsewitch.
O volume, escrito em pergaminho de vitelo, é relativamente pequeno: 16 cm de largura, 22 de altura, 4 de espessura. São 122 folhas, num total de 204 páginas. Estudos consideram que o original teria 272 páginas em 17 conjuntos de 16 páginas cada, outros falam em 116 folhas originais, tendo 1 se perdido.
Percebe-se, pelos espaços ao final direito das linhas, que o texto é escrito da esquerda para a direita, sem pontuação. Análise grafológica mostra uma boa fluência. No total são cerca de 170 mil caracteres, 20 a 30 letras se repetem, umas 12 aparecem só 1 ou 2 vezes; Os espaços indicam haver 35 mil palavras; Os caracteres tem boa distribuição quantitativa e de posição, alguns podem se repetir (2 e 3 vezes), outros não, alguns só aparecem no início de palavras, outras só no fim; análises estatísticas (análise de frequência de letras) dão ideia de uma língua natural, européia, algo como inglês ou línguas românicas.
Conforme o lingüista Jacques Guy, a aparente estrutura do texto indica semelhanças com línguas da Ásia do Sul e Central, sendo talvez uma Língua tonal, algo como línguas Sino-tibetanas, Austro-asiáticas ou Tai.
Conforme datação por Carbono 14 feita pela Universidade do Arizona, o pergaminho data do início do século XV; Conforme análise do ???Mc.Crone Research Institut??? a tinta é da mesma época, embora as cores dos desenhos sejam posteriores.
Nas páginas finais aparecem anotações mais recentes feitas em letras latinas nas formas de alfabetos europeus do século XV.
O manuscrito Voynich deve sua denominação a Wilfrid Michael Voynich, um americano de ascendência polonesa, mercador de livros, que adquiriu o livro no colégio Jesuíta de Villa Mondragone, em Frascati, em 1912, através de padre jesuíta Giuseppe (Joseph) Strickland (1864-1915). Os Jesuítas precisavam de fundos para restaurara a vila e venderam a Voynich 30 volumes da sua biblioteca, que era formada por volumes do Colégio Romano que tinham sido transportados ao colégio de Mondragone junto com a biblioteca geral dos Jesuítas, para evitar sua expropriação pelo novo Reino da Itália. Entre esses livros estava o misterioso manuscrito.
Com o livro, Voynich encontrou uma carta de Johannes Marcus Marci (1595-1667), reitor da Universidade de Praga e médico real de Rodolfo II da Germânia, com a qual enviava o livro a Roma, ao amigo poligrafo Athanasius Kircher para que o decifrasse.
Na carta, que ostenta no cabeçalho Praga, 19 de agosto de 1665 (ou 1666), Marci declarava ter herdado o manuscrito medieval de um amigo seu (conforme revelaram pesquisas, era um muito conhecido alquimista de nome Georg Baresch), e que se dono anterior, o Imperador Rodolfo II do Sacro Império Romano, o adquirira por 600 Ducados, cifra muito elevada, acreditando que se tratava de algo escrito por Roger Bacon.
Voynich afirmou que o livro continha pequenas anotações em Grego antigo e datou o mesmo do século XIII.
A definição da data do pergaminho ainda é controversa, mas é possível situar a elaboração do texto no final do século XVII: uma análise por Radiação infravermelha a presença de uma assinatura sucessivamente apagada: Jacobi a Tepenece, na época Jacobus Horcicki, morto em 1622 e principal Alquimista a serviço de Rodolfo II do Sacro Império. Como ???Jacobi??? recebeu o título de Tepenece em 1608, isso prova não ser confiável informação da aquisição do manuscrito antes disso.
Além disso, uma das plantas representadas em desenho na Seção ???Botânica??? è quase idêntica ao girassol, que somente passou a existir na Europa depois do Descobrimento da América, o que leva o manuscrito a ser posterior a 1492.
Muitos, ao longo do tempo, e principalmente em tempos mais recentes, tentaram decifrar a escrita e a língua desconhecidas do manuscrito Voynich. O primeiro a ter afirmado que decifrara a escrita foi William Newbold, professor de filosofia medieval na Universidade da Pensilvânia. Em 1921 publicou um artigo no qual apresentava um proceder complexo e arbitrário pelo qual decifrara o texto. O texto como visível, segundo ele, não tinha significado, o verdadeiro conteúdo seria um subtexto micro-grafado, com marcas mínúsculas ocultas nos caracteres maiores. O texto real era escrito em Latim, camuflado nas marcas quase invisíveis, sendo obra de Roger Bacon. A conclusão que Newbold tirou de sua tradução dizia que já no final da Idade Média seriam conhecidas noções de Astrofísica de Biologia molecular. Hoje se acredita que os pequenos sinais citados por Newbold
Nos anos 40, os criptógrafos Joseph Martin Feely e Leonell C. Strong aplicaram ao documento um outro sistema de decifração, tentando encontrar carateres latinos nos espaços claros, brancos. A tentativa apresentou resultados cujo significado era, porém, sem nenhum significado.. O manuscrito foi o único a resistir às análises dos ???experts??? de criptografia da marinha americana que ao fim da guerra estudaram e analisaram alguns antigos códigos cifrados para testar os novos sistemas de codificação.
J.M. Feely publicou uma dedução no livro ???Roger Bacon???s Cipher:The Right Key Found??? no qual, mais uma vez, volta-se a atribuir a Bacon a paternidade do livro misterioso.
Em 1945 o professor William F. Friedman, constituiu em Washington um grupo de estudiosos, o ???First Voynich Manuscript Study Group (FSG)???. A opção foi por uma abordagem mais metódica e objetiva, a qual levou à percepção a grande repetição de ???palavras??? e alguns trechos contida do texto do manuscrito. No entanto, independente da opinião formada ao longo dos anos quanto ao caráter artificial da tal linguagem, na prática, a busca terminou em impasse: de fato não serviu para transpor os caracteres em sinais convencionais, o que serviria de ponto de partida para qualquer análise posterior.
O professor Robert Brumbaugh, docente de filosofia medieval de Yale, e o cientista Gordon Rugg, na sequência de pesquisas linguísticas, assumiram a teoria que veria o Voynich como um simples expediente fraudulento, visando desfrutar, na época do sucesso que, ao tempo, tinham as obras de natureza esotéricas junto às cortes europeias.
Em 1978 o filólogo diletante John Stojko acreditou ter reconhecido a língua, declarando que se tratava do ucraniano com a vogais removidas. A tal tradução, no entanto, apesar de apresentar alguns passos num sentido aparentemente lógico (Ex.: O Vazio é aquilo pelo qual combate o ???Olho do Pequeno Deus???) não correspondia aos desenhos.
Em 1978, o filólogo diletante John Stojko acreditou ter reconhecido a língua, declarando que se tratava do Ucraniano com as vogais removidas. Essa tradução, no entanto, apesar de apresentar alguns passos num sentido aparentemente lógico (O Vazio é aquilo pelo qual combate o ???Olho do Pequeno Deus???) não correspondia aos desenhos.
Em 1987 o físico Leo Levitov atribuiu o texto aos hereges Cátaros, pensando ter interpretado o texto como uma mistura de diversas línguas medievais da Europa Central. O texto, porém, não correspondia à cultura cátara e tradução não fazia muito sentido.
O estudo mais significativo nessa matéria é hoje aquele feito em 1976 por William Ralph Bennett, que aplicou estudos de casuística e estatística de letras e palavras do texto, colocando em foco não somente a repetição, mas também a simplicidade léxica e a baixíssima Entropia da informação. A linguagem contida no Voynich, não somente teria um vocabulário muito limitado, mas também uma basicidade linguística encontrada somente na Língua havaiana. O fato de que as mesmas ???sílabas??? e ainda palavras inteiras vêm repetidas, mostra algo que parece uma zombaria relacionada a uma visão mais complacente, inconscientemente, mas não deliberadamente enigmático.
O alfabeto utilizado, além de não ter sido ainda decifrado, é único. Foram, no entanto, reconhecidas 19 a 28 possíveis letras, que não tem nenhuma ligação ou correspondência perceptível com os alfabetos hoje conhecidos. Em alguns pontos encontram-se quatro palavras ou mais repetidas de forma consecutiva. Suspeita-se também que foram usados dois alfabetos complementares, mas não iguais, e que o manuscrito teria sido redigido por mais de uma pessoa.
?? imprescindível e significativo lembrar que a total falta de erros ortográficos perceptíveis, de pontos riscados ou apagados, hesitações, é estranha, pois tais falhas sempre ocorreram em todos os manuscritos que já foram localizados e analisados.
As palavras contidas no manuscrito apresentam frequentes repetições de sílabas, o que levou alguns estudiosos (William Friedman e John Tiltman) a levantar a hipótese de se tratar de uma língua Filosófica, ou seja, Artificial na qual cada palavra é composta de um conjunto de letras que lembram uma divisão dos substantivos em categorias.
O exemplo mais claro de língua artificial é a ???Língua analítica de John Wilkins???, também analisado no conto homônimo de Jorge Luís Borges. Nessa língua, todos os seres são catalogados em 40 categorias, subdivididas em sub-categorias e a cada uma é associada uma sílaba ou uma letra: Desse modo, por exemplo, a classe geral ???cor??? é indicada como ???robo??????; assim, o vermelho será ???robôs??? e o amarelo ???robof??? e assim por diante.
Essa hipótese se baseava na repetição de sílabas, mas até hoje ninguém conseguiu dar um senso razoável aos prefixos silábicos repetidos. Além disso, as primeiras línguas artificiais começaram a aparecer em épocas posteriores da provável compilação do manuscrito.. Quanto a esse pontos, não é uma restrição tão importante, pois é fácil acreditar que idéia de línguas filosóficas é simples e poderia ser mais antiga do que se pensa.
Uma hipótese contrária, muito mais arriscada e audaciosa, é de que era um objetivo do manuscrito sugerir que se tratava de uma língua artificial. O certo é que Johannes Marcus Marci tinha contatos com Juan Caramuel y Lobkowitz, em cujo livre ???Grammatica Audax??? constituiu numa inspiração para a Língua analítica de Wilkins.
4. Silabário de Byblos
O silabário Byblos , também conhecido como o pseudo-sistema de hieróglifos , Proto-Bíblia ou Bíblico é um sistema de escrita ainda não está decifrado, conhecido por suas dez inscrições em Biblos . Algumas inscrições estão gravadas em placas de latão e outras esculpidas em rocha. Elas foram descobertas por Maurice Dunand, durante escavações realizadas entre 1928 a 1932, que publicou as suas conclusões na monografia Grammata Bíblia em 1945. As inscrições foram datadas como pertencentes ao segundo milênio a.C., com grande probabilidade da sua origem se encontrar entre os séculos XVIII e XV a. C.
3. Código Khitan
Os códigos Catai foram os sistemas de escrita do já extinto idioma Catai, usado no século 12-10 pelo povo Catai responsáveis por criar o Império Liao no norte da China oriental. Havia dois códigos, conhecidos como o código grande e código pequeno . Estes eram funcionalmente independentes e parecem ter sido usados simultaneamente, ou seja, a junção dos dois daria origem/sentido ao processo no qual era usado. Não se sabe quais eram os propósitos dos códigos, no entanto, existe a crença de que eram usados em ritos de passagem. Outros afirmam que ele contém segredos do povo Catai. O mistério continua e para saber quem está com a razão só decifrando o código.
2. Bloco de Cascajal
O bloco de Cascajal é um pequeno bloco de serpentina datado do início do primeiro milénio a.C. no qual foram inscritos caracteres desconhecidos até à data da sua descoberta e que podem representar o mais antigo sistema de escrita do Novo Mundo. O arqueólogo Stephen D. Houston da Universidade Brown disse que esta descoberta ajuda a ???ligar a civilização olmeca à literacia, a documentar um sistema de escrita desconhecido e revela uma nova complexidade da civilização olmeca.???
O bloco de Cascajal foi descoberto durante uma obra de construção de uma estrada em finais da década de 1990 na aldeia de Lomas de Tacamichapa nas terras baixas de Veracruz, na antiga área nuclear olmeca, mas apenas em 2005 se procedeu ao seu estudo. Foi encontrado entre fragmentos e figuras de cerâmica a partir dos quais o bloco foi datado como sendo da fase San Lorenzo da cultura olmeca que terminou cerca de 900 a.C. Tal datação significa que os caracteres constantes do bloco são cerca de 400 anos mais antigos que qualquer outra escrita conhecida no hemisfério ocidental. Os arqueólogos Carmen Rodríguez e Ponciano Ortíz, do Instituto Nacional de Antropologia e História do México, examinaram e registaram o bloco junto das autoridades. Pesa cerca de 11.5 kg e mede 36 cm x 21 cm x 13 cm. Os detalhes da descoberta foram publicados pelos investigadores na edição da Science de 15 de Setembro de 2006. Devido à forma como foi encontrado e posteriormente estudado, a datação não é segura e deixa vários arqueólogos como David Grove e Christopher Pool ou Max Schvoerer céticos quanto à autenticidade dos caracteres pois a pedra não foi descoberta pelos próprios investigadores.
1. Cifras de Beale
Precisando de grana? Quer ficar milionário? Então preste atenção, muita atenção: As cifras de Beale são consideradas um dos grandes enigmas criptográficos ainda não resolvido. ?? constituída por uma série de três mensagens cifradas deixadas em 1822 por Thomas J. Beale a um amigo com a promessa de usá-la se ele não retornasse de uma viagem, ao decifrar as mensagens, estas levariam a um fabuloso tesouro enterrado em algum ponto de Montvale no Condado de Bedford, Virgínia, Estados Unidos. A primeira mensagem indica a localização do TESOURO, a segunda (até agora a única decifrada) o descreve e a terceira traz os nomes dos companheiros de Beale que receberão sua parte.
O valor do tesouro, segundo as cotações atuais do ouro e prata, resulta numa importância de 20 milhões de dólares (?? mole?). Seu peso foi estimado em três toneladas.
Há muita discussão em torno da história de Beale e seu tesouro enterrado e ainda falta uma prova concreta de sua existência e de seus companheiros.
Tudo o que se sabe sobre essa história vem de um folheto com 23 páginas publicado em 1885 sob o título ???The Beale Papers???.
De acordo com a publicação, um aventureiro chamado Thomas Jefferson Beale e seus companheiros, acumularam uma vasta fortuna em ouro e prata durante suas viagens por Santa Fé, ao norte do Novo México. Beale e seus 29 companheiros de viagem teriam enterrado todo esse tesouro em algum lugar no estado da Virgínia.
Conta-se que em 1822, Beale colocou dentro de uma caixa de ferro lacrada, documentos cifrados e então a entregou para um homem de sua confiança chamado Robert Morriss, um dono de hotel em Lynchburg, Virgínia. Em uma carta enviada de St. Louis datada de 9 de maio de 1822, Beale explicou que a caixa continha documentos importantes que diziam respeito a sua fortuna e de seus companheiros de jornada e pediu que Morriss a guardasse com a recomendação para não abrir a caixa durante os próximos dez anos exceto se ele, ou alguém autorizado, não voltar de sua viagem. Beale também explicou que um amigo dele em St. Louis possuia a chave para decifrar as mensagens e que ele a mandaria para Morriss num tempo determinado. Porém, a carta que deveria chegar às mãos de Morriss em junho de 1832, nunca foi recebida.
Em 1845, Morriss rompeu o cadeado da caixa e tentou decifrar por conta própria os documentos mas, sem a prometida chave, não teve resultados. Duas décadas depois, frustrado por não conseguir descobrir o significado das cifras, Morriss passou a caixa e todo o seu conteúdo (três páginas de caracteres cifrados e três cartas escritas em inglês com as explanações) para um amigo cuja identidade nunca foi conhecida. Esse amigo misterioso foi o autor do folheto que tornou conhecida a história da Cifra de Beale e seu tesouro enterrado. No início do folheto, o autor justifica seu anonimato dizendo que a repercusão causada pela publicação afetaria seu trabalho e sua vida social. A pedido dele, o folheto foi editado por James B Ward, um membro da comunidade local.
Das três páginas cifradas, apenas uma delas foi decifrada pelo amigo obscuro de Morriss. Tratava-se da segunda página cujo conteúdo detalhava o tesouro mas não sua localização. O autor do folheto conseguiu êxito na sua decifragem porque percebeu que as três páginas continham uma série de números e então ele supôs que cada número representaria uma ou mais letras, já que havia uma extensão muito maior de números em relação as letras do alfabeto. Para decifrá-la foi necessária a utilização de uma cópia da Declaração da Independência dos Estados Unidos da América como texto-chave pois os documentos de Beale usavam a chamada cifra de livro que consiste em usar um texto como chave para criar uma cifra.
Apesar das incertezas em torno da veracidade das cifras, muitos mantêm a esperança de encontrar o tesouro de Beale. Todos os anos o condado de Bedford, na Virgínia, apontado como o possível local onde o ouro está enterrado, recebe a visita de pessoas vindas de todas as partes dos Estados Unidos. Essas expedições têm gerado lucro para algumas empresas locais que chegam a alugar equipamentos, de detectores de metais a escavadeiras.
O prejuízo fica para os fazendeiros do condado que frequetemente têm suas propriedades invadidas, cercas destruídas e buracos enormes em suas terras. Alguns desses caçadores foram presos por invasão de propriedade e escavação desautorizada.
O fascínio pela cifra inquebrável de Beale e seu tesouro tem sido o assunto de inúmeros livros, documentários para a TV e sites em diversas línguas. Contudo, apesar de todos os esforços para decifrar as duas folhas restantes, ainda permanece desconhecido o local onde a fortuna descansa.
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