sábado, 10 de agosto de 2013

A realidade pode ser mais bizarra do que você pode imaginar. Confira:


Você se interessou pelo tema e por isso, resolveu clicar e dar uma lida. Certo? Errado! Muito antes de você tomar essa decisão, a sua mente já havia resolvido tudo sozinha – e sem lhe avisar. Uma experiência feita no Centro Bernstein de Neurociência Computacional, em Berlim, colocou em xeque o que costumamos chamar de livre-arbítrio: a capacidade que o homem tem de tomar decisões por conta própria. As escolhas que fazemos na vida são mesmo nossas. Mas não são conscientes. Voluntários foram colocados em frente a uma tela na qual era exibida uma seqüência aleatória de letras. Eles deveriam escolher uma letra e apertar um botão quando ela aparecesse. Simples, não? Acontece que, monitorando o cérebro dos voluntários via ressonância magnética, os cientistas chegaram a uma descoberta impressionante. Dez segundos antes de os voluntários resolverem apertar o botão, sinais elétricos correspondentes a essa decisão apareciam nos córtices frontopolar e medial, as regiões do cérebro que controlam a tomada de decisões. “Nos casos em que as pessoas podem tomar decisões em seu próprio ritmo e tempo, o cérebro parece decidir antes da consciência”, afirma o cientista John Dylan-Haynes. Isso porque a consciência é apenas uma “parte” do cérebro – e, como a experiência provou, outros processos cerebrais que tomam decisões antes dela. Agora os cientistas querem aumentar a complexidade do teste, para saber se, em situações mais complexas, o cérebro também manda nas pessoas. “Não se sabe em que grau isso se mantém para todos os tipos de escolha e de ação”, diz Haynes. “Ainda temos muito mais pesquisas para fazer.” Se o cérebro deles deixar, é claro.



E você pensando que era apenas um filme?

Há oito anos, os cientistas do experimento GEO600, instalado na Alemanha, vêm procurando por ondas gravitacionais. Eles ainda não encontraram nenhuma, mas podem ter feito, por acaso, uma das maiores descobertas da física nos últimos 50 anos.

As ondas gravitacionais, previstas por Einstein, são oscilações no tecido do espaço-tempo causadas por objetos astronômicos superdensos, como estrelas de nêutrons ou buracos negros. Na incessante busca por essas ondas, os cientistas do GEO600 depararam-se com um efeito inexplicável: uma espécie de ruído captado continuamente pelo seu gigantesco detector, que mergulha a cerca de 600 metros de profundidade terra adentro.
Agora, Craig Hogan e seus colegas acreditam ter encontrado a explicação para esse ruído. “Parece que o GEO600 está sendo atingido pelas convulsões quânticas microscópicas do espaço-tempo,” diz ele.

Segundo os pesquisadores, eles podem ter se deparado com os limites fundamentais do espaço-tempo – o ponto onde o espaço-tempo deixa de se comportar como o suave contínuo descrito por Einstein, e se transforma em “grânulos”, da mesma forma que uma foto em um jornal se dissolve em pontos de tinta à medida que se faz um zoom sobre ela. E sabe o que isso quer dizer? Observe o que Hogan diz: “Se o resultado do GEO600 é o que nós suspeitamos que seja, então nós estamos todos vivendo em um gigantesco holograma cósmico,” A ideia de que vivemos em um holograma pode parecer absurda inicialmente, mas ela é uma extensão natural das atuais teorias sobre os buracos negros e dos nossos melhores entendimentos sobre a estrutura do cosmos.

Ou seja, ela está de acordo com as teorias da física aceitas por virtualmente toda a comunidade científica. Na verdade, essa idéia de um universo holográfico foi sugerida ainda nos anos 1990, por Leonard Susskind e Gerard’t Hooft.

Nos anos 1970, Stephen Hawking demonstrou que os buracos negros não eram realmente negros, podendo emitir uma radiação que, ao longo de eras, poderia fazê-los evaporar inteiramente e desaparecer.

O problema é que a radiação de Hawking não carregaria nenhuma informação sobre o buraco negro e, quando ele finalmente evaporasse por inteiro, toda a informação sobre a estrela que colapsou para formá-lo estaria irremediavelmente perdida.
Isso contraria o princípio largamente aceito de que a informação nunca pode ser destruída.
Jacob Bekenstein logo propôs uma solução para esse paradoxo da informação dos buracos negros. 

Segundo ele, a entropia do buraco negro – que pode ser entendida como o conteúdo de informações do buraco negro – é proporcional à área superficial do seu horizonte de eventos, uma espécie de fronteira imaginária, além da qual nada escapa à gravidade do buraco negro.
Trabalhos teóricos posteriores demonstraram que ondas quânticas microscópicas poderiam codificar as informações do interior do buraco negro na superfície bidimensional de seu horizonte de eventos.
Estava então aberto o caminho para a idéia de um universo holográfico, uma vez que toda a informação tridimensional da estrela precursora do buraco negro poderia estar registrada em uma espécie de holograma 2D.

Para propor um universo holográfico, Leonard Susskind e Gerard’t Hooft estenderam esse princípio para todo o Universo.
Desta forma, toda a informação contida no Universo, inclusive os raciocínios que você está desenvolvendo ao ler este post, estariam codificadas bidimensionalmente na esfera imaginária que circunda nosso Universo.

Exatamente como o holograma encontrado no seu cartão de crédito, podendo mostrar a informação tridimensional completa – seus raciocínios, inclusive – a partir de um desenho 2D.
Para que a teoria seja verdadeira, a esfera imaginária que representa a fronteira final do nosso Universo deve conter uma espécie de “pixels cósmicos,” pequenos quadrados, cada um dos quais contendo um bit de informação.

São esses pixels cósmicos que Hogan acredita que o experimento GEO600 está registrando. É importante perceber que o cientista não afirma que o ruído seja uma “evidência” de que vivamos em um Universo holográfico. O ruído pode ser só ruído mesmo, de uma fonte interna do experimento ainda não localizada.

O que Hogan afirma com todas as letras é: a proposta de um Universo holográfico está de acordo com todas as atuais teorias da física e o ruído captado pelo GEO600 faz sentido como uma explicação dos bits de informação bidimensional gravados na esfera imaginária que nos envolve.
Ao final, olhar para os dados com outra perspectiva pode ser uma mera questão de mudar o holograma de posição e passar a ver outra imagem.

Se engana quem pensa que essa idéia é recente. Na verdade ela foi criada faz tempo. Já em fins dos anos 60, o alemão Konrad Zuse sugeria que todo o Universo estaria tendo lugar nas entranhas lógicas de um computador. Zuse não era um maluco qualquer: ele construiu os primeiros computadores eletromecânicos programáveis do mundo, desenvolveu a primeira linguagem de computador de alto-nível, e, entre tantas outras coisas, criou o primeiro programa de xadrez em um computador. O que não deixa de ser curioso, dada a metáfora do naturalista do século XIX Thomas Huxley que introduz este artigo.

A sugestão de Zuse fazia referência ao tipo de computador em particular que estaria ‘rodando’ nosso Universo, denominado autômato celular. O conceito deste tipo de computador foi criado por outro grande pioneiro, o matemático húngaro John von Neumann, nos anos 40 – a propósito, como uma base da idéia de sistemas lógicos que fossem auto-reprodutores e que imitassem assim a própria vida.

Para entender basicamente o que são autômatos celulares, e eles são um tanto diferentes do computador a que estamos acostumados, começamos com a metáfora de xadrez de Huxley. Jogue fora as peças, e fique apenas com o tabuleiro. Cada casa do tabuleiro é uma célula, e cada uma destas células pode ser branca ou preta. Agora, a cor destas células não depende mais do padrão monótono e fixo do xadrez, mas pode mudar de acordo com regras simples implementadas dentro de cada uma delas. Estas regras são executadas em todas as células simultaneamente, toda vez que um relógio bate. O tabuleiro é agora um autômato celular.

Cada célula deste autômato pode, por exemplo, ter o seguinte conjunto de regras: se houver três células imediatamente vizinhas brancas, ela deve ficar ou continuar branca. Se houver duas células vizinhas brancas, sua cor não deve mudar. Se houver menos de duas ou mais de três vizinhas brancas, deve ficar ou continuar preta. E isso é tudo. Se você leu essas regras, o que deve ter sido um tanto chato, pelo menos deve ter percebido que elas são muito simples. Mas a partir delas, executadas em cada célula de nosso autômato, uma ordem incrível de complexidade pode surgir.
Isso foi demonstrado de forma bela por um programa de computador que se tornou uma febre nos anos 70: o Game of Life de John Conway. Usando exatamente as regras descritas acima, cada célula branca estava ‘viva’, e as pretas, ‘mortas’. Em uma época que hoje já parece remota, onde o tempo dos computadores era caríssimo, horas e horas foram gastas por pesquisadores fascinados observando como uma ordem inesperada surgia: quadrados piscando, triângulos andando e flechas zunindo, tudo em padrões complexos mudando, a cada batida do relógio.

E resulta que mesmo um autômato celular de regras simples como o Game of Life de Conway pode funcionar como um computador universal: isto é, representando informação como células brancas ou pretas, e dispondo diversas outras células de forma determinada, este simples jogo de computador pode em tese simular qualquer computador imaginável, dando seus resultados como um determinado padrão de células.

A capacidade de computação universal de autômatos celulares simples nos leva de volta às especulações de que o Universo seja um computador. Essa especulação fantástica deriva essencialmente de uma suposição: a de que o Universo seja discreto, em outras palavras, que seja em essência digital.

O mundo pode parecer contínuo, analógico em muitos aspectos: basta olhar para o arco-íris que parece variar suas cores continuamente. Mas apenas parece: a luz é composta de partículas discretas chamadas fótons. No mundo do infinitamente pequeno, regido pelas leis da física quântica, o infinitamente pequeno pode simplesmente não existir: as ações se dariam em pacotes, de forma discreta, em quanta. Até mesmo o tempo e o espaço não seriam contínuos: existiria uma quantidade mínima de tempo e espaço passível de ser medida, e possivelmente, de acontecer em nosso Universo. E um Universo em que tempo e espaço ocorrem aos pulsos é justamente o universo dos autômatos celulares.

O padrão de pigmentação em conchas pode ser reproduzido por autômatos celulares com regras definidas. Para Wolfram, isto evidencia processos de computação já ocorrendo na natureza.
“Nossa tese é de que algum modelo de autômato celular pode, em efeito, ser programado para funcionar como a Física [do Universo]”, diz Edward Fredkin, da Universidade de Boston. Fredkin já foi diretor do laboratório de ciência de computação do M.I.T., e tem sido um dos mais notáveis promotores do Universo como um computador. Sua ‘Mecânica Digital’ explicaria mesmo os mais incompreensíveis aspectos da mecânica quântica.

Contudo, o mais novo e ardoroso defensor desta abordagem é Stephen Wolfram, criador de um dos mais usados softwares de computação técnica do mundo. Wolfram ficou milionário, e dedicou os últimos anos a uma busca obstinada – e em grande parte obscura – para demonstrar que autômatos celulares podem responder por toda a complexidade que enxergamos no mundo.

No ano passado, Wolfram finalmente lançou o livro A New Kind of Science (Um Novo Tipo de Ciência), um tomo volumoso repleto de gravuras, complementado por programas de computador de demonstração. Tornou-se brevemente um best-seller, um feito notável considerando as mais de 1.000 páginas e o tema hermético, mas não agradou muito à comunidade científica. Wolfram é acusado de não reconhecer plenamente o trabalho de outros cientistas nas teorias e idéias que expõe, de não apresentar idéias realmente novas, além de tentar levar todas elas longe demais sem a base necessária. “Não é novo, e não é ciência”, escreveu o crítico David Drysdale.

O livro de Wolfram e, é claro, o filme Matrix, divulgam cada vez mais a idéia de que o Universo seja um computador. Por trás dessa divulgação ampla, os seus criadores, de Zuse a Fredkin, ofereceram uma hipótese séria e tantalizante. Talvez, perguntar ‘o que é Matrix?’ seja no final das contas a mesma pergunta fundamental feita pela ciência: o que é o Universo?



Esse é para quem gosta, melhor, ama matemática(ou seja, se você detesta melhor pular para o próximo item). Você lembra daquela história Bíblica onde Jesus transforma cinco pães e dois peixes em milhares de pães e peixe e alimenta uma multidão de mais de cinco mil? Se você fosse confrontado a dar uma explicação cientifica sobre o fato, o que você diria? Embora aos perante a lógica isso seja impossível, a matemática indica um caminho pelo qual você poderia chegar nesse resultado.

Nos anos vinte dois matemáticos poloneses – Stephan Banach e Alfred Tarski – provaram um teorema matemático que soa muito como a alimentação de cinco mil. Em sua honra, ele é chamado paradoxo de Banach-Tarski. As conseqüências do paradoxo de Banach-Tarski são, por exemplo:
Uma laranja pode ser cortada em um número finito de pedaços, e esses pedaços podem então ser juntados novamente para formar duas laranjas, cada uma tendo o mesmo tamanho da que foi cortada em pedaços.

Outra conseqüência, ainda mais bizarra, é:

Uma ervilha pode ser cortada em um número finito de pedaços, e esses pedaços podem então ser reagrupados para formar uma bola sólida com um diâmetro maior do que a distância da Terra ao Sol.

Mais geralmente, sempre que você tiver um corpo tridimensional (com algumas restrições), você pode obter qualquer outro corpo ao quebrar o primeiro em pedaços e reagrupar as partes. Transformar cinco pães e dois peixes em comida suficiente para alimentar uma multidão de mais de cinco mil pessoas parece então um exercício simples.

Se você leu até aqui, sua atitude presumivelmente é uma das duas:

• Sua crença na verdade absoluta dos teoremas matemáticos é tão forte que faz com que engula o paradoxo de Banach-Tarski.

• Você é um cético tão vigoroso, e assim nem toma a alimentação dos cinco mil nem o paradoxo de Banach-Tarski de forma literal.

Se você cai na primeira categoria, provavelmente há pouco incentivo para que continue lendo. Do contrário, acho que sua atitude é melhor descrita da seguinte forma: Você pode acreditar na estória da alimentação dos cinco mil mas não tomá-la literalmente, e se você ouve falar de um teorema matemático cujas conseqüências são obviamente absurdas, você tende a achar que o teorema está errado.

Pegue uma laranja e uma faca afiada. Corte a laranja em pedaços e tente formar com os pedaços dois globos com aproximadamente o mesmo tamanho. Se os pedaços forem suficientemente pequenos, cada um desses globos será razoavelmente parecido com uma bola, mas é claro, cada uma com um volume que é mais ou menos a metade da laranja original. Talvez você não tenha cortado a laranja do jeito certo. Você pode tentar sua sorte com centenas de laranjas: acabará produzindo toneladas de bagaço, mas nenhuma corroboração do paradoxo de Banach-Tarski. Isso não parece mostrar que o paradoxo Banach-Tarski está errado?

O paradoxo de Banach-Tarski é um teorema que chamamos de teorema de existência: há uma forma de dividir uma ervilha de forma que os pedaços possam ser reagrupados em, digamos, uma estátua em tamanho natural de Stefan Banach. O fato de você não conseguir encontrar tal forma não significa que ela não existe – você pode simplesmente não tê-la encontrado ainda. Deixe-me clarificar com um exemplo de aritmética elementar. Um inteiro positivo p é chamado primo se 1 e psão seus únicos divisores; por exemplo, 2, 3 e 23 são primos, enquanto 4 = 2.2 e 243 = 3.81 não são. Os gregos antigos sabiam que todos inteiros positivos têm uma fatorização em primos: se n é um inteiro positivo, então há números primos p1,…..,pk de forma que n = p1….pk. Para um npequeno, tal fatorização em primos é fácil de encontrar: 6 = 2.3, 243 = 2.3.3.3.3 e 6785 = 5.23.59, por exemplo. Há essencialmente apenas um jeito de encontrar uma fatorização em primos – tentando. Achar a fatorização de 6785 – armado apenas com lápis e papel – deve ter tomado certo tempo. Agora pense em um número grande, digo, realmente grande:
7380563434803675764348389657688547618099805.

Esse é um número positivo sem nenhum problema, e o teorema diz a você que ele tem uma fatorização em primos, mas – por favor! – não gaste horas, dias ou mesmo anos de sua vida tentando achá-la. Você deve pensar: para que os computadores foram inventados? É fácil escrever um pequeno programa que produz a fatorização em primos de um inteiro positivo arbitrário (e ele pode mesmo produzir uma de 7380563434803675764348389657688547618099805 em um período de tempo razoável). Contudo, o tempo médio que tal programa levaria para achar a fatorização de um inteiro n aumenta dramaticamente à medida que n fica maior: para um n suficientemente grande, o tempo que até o mais rápido supercomputador disponível hoje levaria – em média – para achar a fatorização em primos de n seria maior que a idade do universo.

Assim, embora a fatorização em primos de um inteiro positivo sempre exista, ela pode ser impossivelmente difícil de encontrar. De fato, isto é algo bom – é o coração dos códigos de chaves públicas que tornam as transações de cartão de crédito na internet seguras, por exemplo. Agora, pense de novo no paradoxo de Banach-Tarski. Apenas porque você não pôde fazê-lo funcionar na sua cozinha (assim como você não pôde encontrar a fatorização de um certo inteiro muito grande) isso não significa que o teorema é falso (ou que esse inteiro particular não tenha uma fatorização em primos).

Vamos tentar refutar o paradoxo de Banach-Tarski com a única ferramenta que funciona em matemática: pensamento puro. O que faz o paradoxo de Banach-Tarski desafiar o senso comum é que, aparentemente, o volume de algo aumenta do nada. Você certamente conhece um certo número de fórmulas para calcular os volumes de certos corpos tridimensionais. Por exemplo, se C é um cubo cujas arestas têm o comprimento l, então o volume V (C) é l3; se B é uma bola com raio r, então seu volume V (B) é 4/3¶r3.

Mas qual é o volume de um corpo tridimensional arbitrário? Não importa como o volume de um corpo concreto é calculado, o seguinte é certamente verdade sobre o volume de corpos tridimensionais arbitrários:

- Se o corpo ~B é obtido do corpo B simplesmente movendo o corpo B no espaço tridimensional, então V (~B) = V (B);

- Se B1, . . . ,Bn são corpos no espaço tridimensional, então o volume de sua união é menor ou igual à soma de seus volumes, i.e.,

Se B1, … , Bn são corpos no espaço tridimensional de forma que nenhum deles possui um ponto em comum, então o volume de sua união é igual à soma de seus volumes, i.e.;

Assim, digamos que B seja um corpo tridimensional arbitrário, e digamos que B1, … , Bn sejam subconjuntos de B de forma que nenhum deles tenha qualquer ponto em comum e B = B1 U … U Bn.

Agora, mova cada Bj no espaço tridimensional, e obtenha ~B1, … , ~Bn. Finalmente, reúna ~Bj novamente e obtenha outro corpo ~B = ~B1 U … U ~Bn. Agora nós temos para os volumes de B e ~B:

Isto significa que o volume de ~B deve ser menor ou igual ao volume de B – não pode ser maior. Banach e Tarski estavam errados! Será mesmo?

Nossa refutação de Banach-Tarski parece perfeita. Tudo de que precisamos foram três propriedades básicas do volume de corpos tridimensionais. Mas isso era tudo? Por trás de nosso argumento, havia uma suposição oculta – todo corpo tridimensional tem um volume. Se nós deixarmos esta suposição, nosso argumento subitamente colapsa. Se apenas um dos corpos Bj não tem volume, toda nossa cadeia de (in)equações não faz mais sentido. Mas por que um corpo tridimensional não deveria ter volume? Isso não é óbvio? O que é de fato verdade é que todo pedaço de laranja que você pode possivelmente produzir com uma faca tem um volume. Por esta razão, você nunca será capaz de usar o paradoxo de Banach-Tarski para reduzir seus gastos com alimentação. Uma conseqüência do paradoxo de Banach-Tarski é portanto que há um jeito de cortar uma laranja para que você possa formar, digamos, uma abóbora gigante com os pedaços – mas você nunca será capaz de fazer isso por si mesmo usando uma faca. Que tipo de lógica bizarra pode fazer alguém aceitar isso?

Talvez você esteja querendo ficar a par do axioma de escolha:

Se você tem uma família de conjuntos não-vazios S, então há uma forma de escolher um elemento x de cada conjunto S nessa família.

Isso soa plausível, não? Apenas pense em um número finito de conjuntos não-vazios S1,…Sn: Pegue x1 de S1, e então prossiga para S2, e finalmente pegue xn de Sn. O que o axioma da escolha tem a ver com o paradoxo de Banach-Tarski? Como se revela, muita coisa: Se o axioma da escolha é verdadeiro, então o paradoxo de Banach-Tarski pode ser derivado dele e, em particular, deve haver corpos tridimensionais sem volume. Assim, a resposta à questão de se o paradoxo de Banach-Tarski é verdadeiro depende se o axioma da escolha é verdadeiro.

Certamente, o axioma da escolha funciona para um número finito de conjuntos não-vazios S1,…,Sn. Agora pense em uma seqüência infinita S1, S2,… de conjuntos não-vazios. Novamente, pegue x1 de S1, então x2 de S2, e apenas continue. Você nunca chegará a um fim, mas eventualmente produzirá um elemento xn de cada Sn. Assim, o axioma da escolha é verdade neste caso também. Mas e se tivermos uma família verdadeiramente arbitrária de conjuntos? E se tivéssemos de lidar com a família de todos subconjuntos não-vazios da linha real? Pode ser mostrado que esta família de conjuntos não pode ser escrita como uma seqüência de conjuntos. Como escolhemos um número real de cada conjunto? Não há um algoritmo que nos permita pegar um elemento de um conjunto, um segundo elemento de outro conjunto e, eventualmente, de pegar um elemento de cada conjunto na família. Mesmo assim, o axioma da escolha ainda parece plausível – cada conjunto S em nossa família é não-vazio e portanto contém algum elemento x – por que não deveria existir um jeito de escolher um elemento particular de cada tal conjunto?

Por outro lado, aceitar o axioma da escolha implica em fenômenos estranhos como o paradoxo de Banach-Tarski. Se o axioma da escolha é verdade, então devemos aceitar a misteriosa duplicação de laranjas. Se é falso, então por quê? Por favor, não tente provar ou refutar o axioma da escolha – você não conseguirá fazer qualquer uma das coisas. O axioma da escolha está além de prova ou refutação. Nós podemos supor que é verdadeiro, ou podemos supor que é falso. Em outras palavras, nós precisamos acreditar nele ou deixá-lo de lado. A maioria dos matemáticos hoje em dia acreditam no axioma da escolha por uma simples razão – com o axioma de escolha, eles podem provar teoremas úteis, a maioria dos quais é muito menos surpreendente que o paradoxo de Banach-Tarski.


Nanobots são o resultado da Nanorrobótica. A Nanorrobóticas é uma tecnologia que cria máquinas ou robôs à escala de um nanométro (10-9 metros). Mais especificamente, a nanorrobótica recorre em grande parte à disciplina teórica da engenharia da nanotecnologia, da disciplina de desenho e construção de nanorrobôs. Nanorobôs são dispositivos que variam no tamanho de 0.1-10 micrômetros e construídos à escala nanométrica ou de componentes moleculares. Atualmente a nanorrobótica está “engatinhando”. A aplicação dessa tecnologia é excessivamente dispendiosa e de difícil execução, contudo , muitos Instituto de pesquisas (principalmente os governamentais) estão estudando um modo de transformar a teoria em pratica e corre boatos que alguns deles já estão em fase de testes, embora essas pesquisas são fechadas ao público, o que ficamos sabendo é pequenos detalhes divulgados aos jornais hora ou outra, como essa publicada pela Galileu, dia 21 de maio deste ano:

“Imagine pequenas aranhas robôs andando dentro de suas veias. Pode parecer parte de uma ficção científica, mas cientistas da Universidade de Columbia, em Nova York, estão dando os primeiros passos para criar esse tipo de tecnologia. Eles criaram robôs microscópicos feitos de moléculas de DNA, que podem andar e até fazer curvas.

Segundo o site do Daily Mail, os robôs têm forma de “aranha” e medem apenas quatro nanômetros, ou seja, um fio de cabelo é cem mil vezes maior do que eles. O corpo da aranha é composto por uma proteína chamada estreptavidina. Ligadas à proteína, estão três “patas” feitas a partir de partes de DNA. A quarta pata fica ancorara no começo do percurso. As aranhas-robô conseguem se movimentar por um percurso pré-programado feito de DNA.

O DNA é composto por uma dupla hélice, ligada por quatro tipos de substâncias químicas. No percurso do robô, os cientistas separaram essas hélices, e colocaram uma delas para servir de caminho. As pernas da aranha, também feitas de DNA, são bioquimicamente atraídas e ligadas ao próximo trecho do percurso. Depois de ser ligada, essa perna corta esse trecho e segue em direção próximo pedaço de DNA que combine com ela.

Através desse mecanismo, a aranha segue o caminho ditado pelos cientistas. No final, a aranha encontra um trecho de DNA que não pode ser cortado e fica imóvel, atingindo seu destino.

Essa pesquisa interessa aos cientistas porque, no futuro, os robôs moleculares podem ser capazes de perceber o ambiente e reagir a ele. Eles poderiam, por exemplo, perceber a marca de doença em uma célula, decidir que ela é cancerosa e precisa ser destruída, e mandar uma substância para matá-la. O próximo passo dos pesquisadores é fazer a aranha se mover mais rápido e deixá-la mais programável, capaz de seguir mais comandos e tomar mais decisões. “LINK

Mas tem gente que vai além. O cientista americano Ray Kurzweil afirmou que a humanidade chegará a um ponto em que se submeterá a implantes de pequenos robôs para se tornar mais inteligente, e isto pode estar num futuro não muito distante.

O especialista acredita que a inteligência artificial de computadores se equiparará à inteligência humana em 2029, conforme noticiou o site The Inquirer.

Em entrevista à BBC, Kurzweil afirmou acreditar que máquinas e humanos se unirão através de implantes que ampliarão tanto a inteligência quanto a saúde. “Mas não será uma invasão alienígena de máquinas inteligentes para nos substituir”, tranqüilizou o engenheiro.

“Já somos uma civilização homem-máquina; usamos nossa tecnologia para expandir nossos horizontes físicos e mentais e isto será uma extensão”, defendeu. Caso o engenheiro esteja certo, em breve nanorobôs interagirão diretamente com neurônios, ajudando a melhorar a memória e permitindo que humanos se conectem a ambientes virtuais automaticamente via sistema nervoso.
Kurzweil é um dos 18 pensadores mais influentes escolhidos pela Academia de Engenharia dos Estados Unidos para identificar os grandes desafios tecnológicos que a humanidade enfrentará no século XXI. Entre os outros pensadores estão Larry Page (fundador do Google) e Craig Venter (pioneiro na decodificação do genoma).

Você acha isso absurdo? Adeptos da nanorrobótica afirmam que essa será a próxima etapa da evolução humana. Talvez a fusão entre a natureza e as maquinas. Alguns desses simpatizantes relatam que será possível aumentar a vida do ser humano da média conhecida hoje (75 anos para os países mais desenvolvidos) para mais de 300 anos (os mais otimistas dizem que será possível alcançar a imortalidade). E não é tudo! Longevidade é só um dos fatores que a nanorrobotica poderá proporcionar, entre as mais fantásticas delas está o “download” de informações para o nosso cérebro. O que você passou a vida inteira estudando, num futuro não tão distante, poderá ser “baixado” por uma criança de 7 anos, que terá em seu cérebro toda essa informação em menos de 30 minutos. Realmente está será uma realidade totalmente diferente dessa que conhecemos.



Existe algo muito mais amedrontador que os nanobots, no que se refere a divisão humana em castas: a nova eugenia. Imagine um futuro onde você será classificado pelo seu código genético. Isso pode ser visto no filme de ficção cientifica Gattaca e não está longe de acontecer: a tecnologia para concretizar o fato já existe, falta aprimoramento e liberação (sendo que a Nações Unidas proibiram esse tipo de pesquisa.)


Nessa realidade assustadora, os bebês seriam projetados, formando seres geneticamente superiores. Será dado o passo para a divisão entre os seres humanos , que seriam classificados como geneticamente superiores ou geneticamente inferiores. Obviamente, somente os ricos teriam acesso ao comércio de “melhoramento” genético e aqueles já considerados sócio-economicamente privilegiados serão então os geneticamente privilegiados. Os que lutam pelos direitos humanos, igualdade e justiça social devem opor-se a este terrível futuro de castas genéticas.

Por enquanto as Nações Unidas são contra a evolução e a aplicação da engenharia genética para esses fins, porém a pergunta que fica é: até quando?



Você aprende na escola que as coisas são feitas de prótons, nêutrons e elétrons. Mas o universo pode estar cheio de matéria que não tem nada a ver com isso. Os pesquisadores estão engatinhando ainda para tentar explicar o que é exatamente essa matéria misteriosa, cuja a existência é necessária para explicar por que as galáxias se comportam do jeito que se comportam. Hoje, os cientistas já tem uma idéia precisa _ e assustadora _ da proporção dessa matéria “fantasma”, na estrutura do cosmo “Sabemos que estamos vendo menos de 1% da soma total de matéria e energia do universo em forma de estrela e poeira luminosa” diz o físico norte-americano Paul Steinhardt; Somado ao 1% , acredita-se que mais 3% do cosmos seja composto por matéria comum, feita de átomos e de elementos fundamentais, mas “fria” demais para ser vista. O grande problema reside no resto da matéria cósmica. 


Ninguém sabe exatamente o que ela é, mas nada menos que 23% dessa imensa somatória parece ser constituída pela mesma , sendo que está não tem nada a ver com elétrons , prótons , neutros do que nós e as coisas que conhecemos somos feitos. O nome dado à esses tipos desconhecidos são WIMPs (partículas maciças fracamente interagentes) e SIDM (matéria escura fortemente auto-interagente). Mesmo assim, ainda falta 73% dessa complicada conta cósmica – que acreditam ser constituída por um tipo de energia no qual temos pouco conhecimento, a energia escura.




Quarks e Léptons , você está familiarizado com esses nomes? Eles são as partículas fundamentais , responsáveis por formar tudo que conhecemos, de acordo com o modelo padrão apresentado pela Física de partículas atualmente. Uma partícula elementar é uma partícula da qual outras partículas maiores são compostas. Por exemplo, átomos são feitos de partícula menores conhecidas como elétrons, prótons e nêutrons. Os prótons e nêutrons, por sua vez, são compostos de partículas mais elementares conhecidas como quarks.Os quarks permaneciam como partículas fundamentais e isso era inquestionável até alguém descobrir um detalhe que ninguém esperava. Segundo pesquisadores do Laboratório Nacional do Acelerador Fermi (Fermilab), nas proximidades de Chicago, Estados Unidos, o quark pode não ser a menor partícula de matéria. Parece que ele é formado por algo ainda menor. Até hoje se acreditava que o quark, dentro dos prótons, era o bloco fundamental de tudo o que existe. Mas a equipe liderada por Melvin Schochet e Giorgio Bellettini, provocou violentíssimas trombadas destruindo partículas subatômicas. E, em vez de topar com os quarks, inteiros e indivisíveis, encontrou “caroços” diferentes. Das duas, uma: ou o quark se misturou a outra partícula e se tornou irreconhecível, ou se quebrou em partes ainda menores. Aí é que está o problema: se o quark não for a menor parte da matéria, toda a estrutura de teorias e observações sobre a qual está montada a Física há 40 anos está ameaçada de ruir por terra. “Não há nada que comprove essa idéia”, comentou Arthur Maciel, físico brasileiro que faz parte de outra equipe do Fermilab. Os próprios descobridores são cautelosos. Segundo eles, ainda é cedo para tirar qualque conclusão definitiva.


Porém isso nos leva novamente ao problema da escala infinita. Poderia haver sempre algo menor que forma algo maior? Dessa maneira podemos supor que o próprio universo é apenas uma pequena parte de uma coisa infinitamente maior. Podemos levantar também outra suposição que , se existe sempre algo menor, cada atomo poderia abrigar o seu próprio universo em uma escala infinitamente reduzida o qual não somos capazes de detectar. A escala se torna um grande problema para Ciência, pois como dito anteriormente, se for comprovado a existência de “blocos” que constituem os quarks , muitas teorias cairiam por terra, o que faria muitos cientistas ficarem malucos instantaneamente.



No dia 20 de maio, a revista da Associação Americana para o Avanço da Ciência, aScience, publicou um trabalho inédito do grupo do doutor Craig Venter sobre a criação de um organismo artificial ou sintético. O feito é impressionante e representa um marco na ciência por abrir uma série de novas opções na área de Engenharia Genética. Antes, sabíamos como se introduz funcionalmente um ou poucos genes em dado organismo. Agora, podemos sintetizar da forma que mais nos convier todo um genoma, isto é, todo o conteúdo genético de um organismo sintético. Mas será que temos mesmo todo esse poder, ou estamos superestimando um avanço científico importante?


O grupo americano, inicialmente, sintetizou e montou um genoma baseado no código genético de uma dada espécie de micoplasma (o menor genoma celulado), mantido na forma de cromossomo artificial em uma levedura. No desenho do genoma sintético, o grupo removeu alguns genes e introduziu algumas sequências genéticas que identificassem aquele genoma (uma espécie de código de barras genético). Feito isso, os pesquisadores introduziram esse genoma modificado em uma espécie diferente de micoplasma. Após algumas gerações, o genoma sintético substitui totalmente o genoma do hospedeiro e consegue-se a “célula sintética”.

Em termos práticos, o que muda? Muito pouco. A sensação de poder criar novos organismos capazes de fazer tudo que o homem ou a natureza não consiga é a mesma daquela que conhecemos quando surgiram as primeiras clonagens de genes em bactérias na década de 70. São as mesmas também todas as questões éticas e ambientais que cercam a liberação de organismos modificados geneticamente, os conhecidos transgênicos (mas agora incluindo também os organismos sintéticos).(LINK UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA)

Porém temos que analisar que o caminho foi dado. Logicamente, o desenvolvimento dessa técnica é um processo demorado e levará décadas para o homem chegar no ponto onde conseguirá criar um organismo complexo. Entretanto, devemos lembrar que a cada ano, computadores mais avançados são construídos, assim como novos métodos são desenvolvidos pelo engenharia genética, o que poderia levar à um avanço desproporcional nessa área fazendo com que os cientistas alcance esse patamar muito antes do que todos esperam. E aí se encontra o problema: Quando esse dia chegar , que tipo de “quimeras” poderão criar esses cientistas? Com certeza, se for usada para fins militares não vai sair boa coisa.

Este é um dos assuntos que mais incomodam os físicos, principalmente pelo fato de sabermos pouco sobre o comportamento do tempo. Seria possível a viagem no tempo? A resposta assombra, mas felizmente (ou infelizmente) é sim! Viajar no tempo é possível de acordo com as teorias adotadas atualmente. Para o futuro é simples questão de velocidade. Se você se locomover próximo a velocidade da luz o tempo “passa” mais lento para você, comparada as demais pessoas que estão em uma velocidade muito reduzida em relação a sua. Mas é para o passado , seria possível?


Segundo nosso amigo bigodudo e descabelado sim! A teoria geral da relatividade de Einstein não só permite que máquinas do tempo existam como “está completamente infestada com elas”, diz o físico Matt Visser, da Universidade Victoria, em Wellington, Nova Zelândia. Visser compilou uma pequena lista de oportunidades de viagens no tempo que surgiram desde que Einstein nos mostrou como gerar uma curvatura no contínuo espaço-temporal. Cada uma delas ameaça a lógica da relação de causa e efeito que serve como fundação à própria física. Juntas, são uma galeria de renegados que faz com que todo físico anseie por uma solução definitiva para o problema das viagens no tempo.

O Universo de Gödel

A solução clássica do matemático Kurt Gödel para as equações de Einstein descreve um Universo que gira rapidamente para resistir à contração imposta pela gravidade. Um dos efeitos colaterais de viver em um Universo como esse é que a luz viajaria em curvas, em lugar de linhas retas. Um viajante poderia chegar antes da luz a um determinado ponto, adotando uma trajetória mais curta e, depois de uma jornada longa o suficiente, voltar ao ponto de partida antes mesmo de ter saído.

Espaço-temporal de Van Stockum

Esse grupo contém uma família de cenários para máquinas do tempo que se relacionam pelo seu uso de um cilindro denso e em rápida rotação ou, alternativamente, uma corda cósmica rotativa -um longo feixe de matéria de alta densidade remanescente dos primórdios do Universo. A rotação distorce o contínuo espaço-temporal de maneira que um viajante girando em torno do cilindro ou corda seja capaz de seguir uma curva fechada de caráter temporal e voltar ao passado. A dimensão do recuo dependeria do número de giros.

Buracos negros de Kerr

O tipo mais simples de buraco negro dispõe de uma singularidade de densidade infinita, em seu centro. Os buracos negros Kerr são rotativos, o que distende essa singularidade e a faz adotar um formato de anel. Passando por esse anel da maneira correta, seria possível viajar em direção ao passado. O problema é que não existe maneira de escapar ao buraco negro. Um equivalente pentadimensional, o buraco negro BMPV, permite curvas fechadas de caráter temporal do lado de fora das fronteiras do buraco negro, caso sua rotação seja veloz o bastante.

A máquina do tempo de Gott

Richard Gott, da Universidade de Princeton, sugeriu tomar duas cordas cósmicas paralelas e fazer com que voem uma em direção à outra, em alta velocidade, sem se chocar. Os viajantes que passassem em torno das duas cordas quando estas estivessem próximas o bastante poderiam se ver de volta ao ponto inicial de sua jornada.

Espuma espaço-temporal

Os físicos predisseram que na menor escala possível, cerca de 10-35 metros, a regularidade lisa do contínuo espaço-temporal einsteniano se rompe em uma massa borbulhante de irregularidades topológicas. Nessa micro-escala, viajar para frente e para trás no tempo seria como galgar e despencar com as ondas de um mar tempestuoso.

Os wormholes de Morris-Thorne

No começo da década de 90, Michael Morris, da Universidade de Minnesota, e Kip Thorne, do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), postularam que um wormhole -um túnel pelo contínuo espaço-temporal- pode ser transformado em uma máquina do tempo se uma das pontas do wormhole for girada em velocidade elevada e a seguir os dois extremos forem aproximados de novo. Ao passar pelo wormhole e voltar à entrada pelo espaço normal, um viajante poderia reviver o passado. Um problema quanto a esse método é que matéria exótica (dotada de energia negativa) é necessária para manter o wormhole aberto.

Propulsão de dobra de Alcubierre

Dobras espaciais permitiriam obter um efeito semelhante ao dos wormholes. O físico Miguel Alcubierre, da Universidade de Gales, foi o primeiro a conceber esse tipo de máquina do tempo, em 1994, enquanto investigava a plausibilidade de um motor de dobra espacial ao estilo de “Jornada nas Estrelas”. Em lugar de um túnel, o espaço existe dobrado, e uma passagem em forma de fenda pode ser criada para permitir viagens à velocidade superior à da luz entre dois pontos. Um dos efeitos colaterais é que o motor de dobra funciona também como máquina do tempo.

Essa proposta implica em algo muito maior: Supondo que a humanidade consiga esse feito, toda a sua História teria que ser revista. Em quantos pontos desse percurso houve a interferência desses “homens do futuro” no caminho percorrido por nós , “homens pré-maquina do tempo”? Ia ser uma confusão, que é preferível que ninguém invente. Existe teorias que dizem existir uma espécie de força de proteção cronológica que impede qualquer alteração da linha do tempo. Uma dessas defensoras é o conhecida como paradoxo do avô. A verdade é que para haver tal alteração seria preciso a existência de “realidades paralelas” , que será o item a seguir. Entre tantas duvidas, só existe uma certeza: uma coisa assim em mãos erradas poderia fazer um estrago enorme ou mesmo acabar com a nossa civilização.



Em 1954, Hugh Everett III, um jovem candidato ao doutorado da Universidade de Princeton, apareceu com uma idéia radical: a existência de universos paralelos, exatamente como o nosso. Esses universos estariam todos relacionados ao nosso. Na verdade, eles derivariam do nosso, que, por sua vez, seria derivado de outros. Nesses universos paralelos, nossas guerras surtiriam outros efeitos dos conhecidos por nós. Espécies já extintas no nosso universo se desenvolveriam e se adaptariam em outros e nós, humanos, poderíamos estar extintos nesses outros lugares.


Isso é enlouquecedor e, mesmo assim, compreensível. Noções de universos ou dimensões paralelos, que se assemelham aos nossos, apareceram em trabalhos de ficção científica e foram usadas como explicações na metafísica, mas por que um jovem físico em ascensão arriscaria o futuro de sua carreira propondo uma teoria sobre universos paralelos?

Com sua teoria dos Muitos Mundos, Everett precisou responder uma questão muito difícil relacionada à física quântica: por que a matéria quântica se comporta irregularmente? O nível quântico é o menor já detectado pela ciência. O estudo da física quântica começou em 1900, quando o físico Max Planck apresentou o conceito para o mundo científico. Seu estudo sobre a radiação trouxe algumas descobertas que contradiziam as leis da física clássica. Essas descobertas sugeriram que existem outras leis operando no universo de forma mais profunda do que as que conhecemos.

Em um curto espaço de tempo, os físicos que estudavam o nível quântico perceberam algumas coisas peculiares nesse mundo minúsculo. Uma delas é que as partículas que existem nesse nível conseguem tomar diferentes formas arbitrariamente. Por exemplo: os cientistas observaram fótons – minúsculos pacotes de luz – atuando como partículas e ondas. Até mesmo um único fóton tem esse desvio de forma. Imagine que você fosse um ser humano sólido quando um amigo olhasse você e, quando ele olhasse de novo, você tivesse assumido a forma gasosa.

Isso ficou conhecido como o Princípio da Incerteza de Heisenberg. O físico Werner Heisenberg sugeriu que, apenas observando a matéria quântica, afetamos seu comportamento; sendo assim, nunca podemos estar totalmente certos sobre a natureza de um objeto quântico ou seus atributos, como velocidade e localização.

A interpretação de Copenhague da mecânica quântica apóia essa idéia. Apresentada primeiramente pelo físico dinamarquês Niels Bohr, essa interpretação afirma que todas as partículas quânticas não existem em um ou outro estado, mas em todos os estados possíveis de uma só vez. A soma total dos possíveis estados de um objeto quântico é chamada de sua função de onda. A condição de um objeto existir em todos seus possíveis estados, de uma só vez, é chamada de superposição.

Segundo Bohr, quando observamos um objeto quântico, afetamos seu comportamento. A observação quebra a superposição de um objeto e o força a escolher um estado de sua função de onda. Essa teoria explica por que os físicos obtiveram medidas opostas em relação ao mesmo objeto quântico: o objeto “escolheu” estados diferentes durante diferentes medidas.

A interpretação de Bohr foi amplamente aceita e ainda o é por grande parte da comunidade que estuda física quântica, mas ultimamente a teoria de Everett dos Muitos Mundos tem recebido muita atenção.

Teoria dos Muitos Mundos

O jovem Hugh Everett concordava com muito do que o altamente respeitado físico Niels Bohr havia sugerido sobre o mundo quântico. Ele concordava com a idéia da superposição e com a noção das funções de onda, mas discordava de Bohr em um ponto vital.
Para Everett, medir um objeto quântico não o força de um estado para o outro, mas uma medida tirada de um objeto quântico causa uma quebra no universo. O universo é literalmente duplicado, dividindo-se em um universo para cada possível desfecho da medida. Por exemplo, digamos que a função da onda de um objeto seja tanto de uma partícula quanto de uma onda. Quando um físico mede a partícula, existem dois desfechos possíveis: ela será medida como uma partícula ou como uma onda. Essa diferenciação transforma a teoria de Everett dos Muitos Mundos em uma concorrente da interpretação de Copenhague como uma explicação para a mecânica quântica.
Quando um físico mede o objeto, o universo se quebra em dois universos distintos para acomodar cada um dos possíveis desfechos. Então, um cientista em um universo descobre que o objeto foi medido na forma de onda. O mesmo cientista, no outro universo, mede o objeto como uma partícula. Isto também explica como uma partícula pode ser medida em mais de um estado.
Pode parecer estranho, mas a interpretação dos Muitos Mundos de Everett tem implicações além do nível quântico. Se uma ação tem mais de um resultado possível, então – se a teoria de Everett estiver certa – o universo se quebra quando aquela ação é tomada, o que continua sendo verdade, mesmo quando a pessoa decide não tomar uma atitude.
Isso significa que se você já esteve em uma situação onde a morte era um dos possíveis desfechos, então, em um universo paralelo ao nosso, você está morto. Esse é apenas um dos motivos que faz algumas pessoas acharem a interpretação dos Muitos Mundos perturbadora.
Outro conceito perturbador da interpretação dos Muitos Mundos é que ela mina nosso conceito linear de tempo. Imagine uma linha do tempo mostrando a história da Guerra do Vietnã. Em vez de uma linha reta mostrando acontecimentos notáveis progredindo adiante, uma linha do tempo baseada na interpretação dos Muitos Mundos mostraria cada possível desfecho de cada ação tomada. Daí, cada possível desfecho das ações tomadas (como resultado do desfecho original) também seria registrado.
Uma pessoa, porém, não pode ter consciência de suas outras personalidades – ou até mesmo de sua morte – que existem nos universos paralelos. Então, como saberemos se a teoria dos Muitos Mundos está certa? A certeza de que a interpretação é teoricamente possível veio no fim dos anos 90, com a experiência mental – uma experiência imaginada, usada para provar ou desmentir teoricamente uma idéia – chamada suicídio quântico.
Esse experimento mental renovou o interesse na teoria de Everett, que foi, durante muitos anos, considerada bobagem. Desde que se provou a possibilidade dos Muitos Mundos, os físicos e matemáticos têm tentado investigar profundamente as implicações da teoria, mas a interpretação dos Muitos Mundos não é a única teoria que tenta explicar o universo, nem é a única que sugere a existência de universos paralelos ao nosso

Universos paralelos: separados ou unidos?

A teoria dos Muitos Mundos e a interpretação de Copenhague não são as únicas concorrentes que tentam explicar o nível básico do universo. Na verdade, a mecânica quântica nem é o único campo dentro da física que procura essa explicação. As teorias que surgiram do estudo da física subatômica ainda são teorias, o que divide o campo de estudo de forma semelhante ao mundo da psicologia. As teorias têm partidários e críticos, assim como as estruturas psicológicas propostas por Carl Jung, Albert Ellis e Sigmund Freud.
Desde que sua ciência foi desenvolvida, os físicos estão empenhados em desmontar o universo – eles estudaram o que poderiam observar e trabalharam sobre níveis cada vez menores do mundo da física. Ao fazer isso, os físicos tentam atingir o nível final e mais básico e é esse nível, eles esperam, que servirá como base para compreender todo o resto.
Seguindo sua famosa Teoria da Relatividade, Albert Einstein ficou o resto de sua vida procurando pelo nível final, que responderia todas as questões da física. Os físicos se referem a essa teoria ilusória como a Teoria do Tudo. Os físicos que estudam física quântica acreditam estar no caminho para encontrar a teoria final, mas outro campo da física acredita que o nível quântico não é o menor nível, portanto não poderia fornecer a Teoria do Tudo.

Esses físicos se voltaram para um nível subquântico teórico, chamado teoria das cordas, como sendo a resposta para tudo na vida. O que é incrível é que durante sua investigação teórica esses físicos, como Everett, também concluíram que existem universos paralelos.

A teoria das cordas foi criada pelo físico nipo-americano Michio Kaku. Sua teoria afirma que os blocos de construção essenciais de todas as matérias, bem como de todas as forças físicas do universo – como a gravidade – existem em um nível subquântico. Esses blocos de construção lembrariam pequenas tiras de borracha – ou cordas – que formam os quarks (partículas quânticas) e, por vezes, os elétrons,átomos, células e assim por diante. O tipo de matéria que é criada pelas cordas e como tal matéria se comporta depende da vibração dessas cordas. É dessa forma que todo nosso universo é composto e, segundo a teoria das cordas, essa composição acontece por meio de 11 dimensões separadas.
Assim como a teoria dos Muitos Mundos, a teoria das cordas demonstra que existem universos paralelos. Segundo essa teoria, nosso próprio universo é como uma bolha que existe lado a lado de universos paralelos semelhantes. Ao contrário da teoria dos Muitos Mundos, a teoria das cordas supõe que esses universos podem entrar em contato entre si. Ela afirma que a gravidade pode fluir entre esses universos paralelos. Quando esses universos interagem, acontece um Big Bang semelhante ao que criou nosso universo.
Enquanto os físicos têm criado máquinas capazes de detectar a matéria quântica, as cordas subquânticas ainda precisam ser observadas, o que as torna – e a teoria da qual elas vêm – totalmente teóricas. Alguns não acreditam nela, ao passo que outros pensam que ela está correta.
Então, os universos paralelos realmente existem? Segundo a teoria dos Muitos Mundos, não podemos ter certeza, uma vez que não podemos vê-los ou senti-los de alguma forma. A teoria das cordas já foi testada pelo menos uma vez e com resultados negativos. O Dr. Kaku, contudo, ainda acredita que existam dimensões paralelas
Einstein não viveu o bastante para ver sua busca pela Teoria do Tudo ser adotada por outros. Então, se a teoria dos Muitos Mundos estiver certa, Einstein ainda está vivo em um universo paralelo. Talvez, nesse universo, os físicos já tenham encontrado a Teoria do Tudo.


EXPANSÃO UNIVERSAL

Você não acredita nesse negócio de universo paralelo. Mesmo assim , ainda existe outra linha de raciocínio que diz que você não é único. Existe uma teoria que diz pode existir outra pessoa , igualzinha a você , nesse universo , lendo o mesmo post em outro Ahduvido, que é igual a esse. Acredita-se que em uma região do espaço muito distante, a probabilidade é que todos os arranjos possíveis das moléculas e coisas comecem a se repetir em padrões idênticos. Tal distancia está muito alem dos objetos visíveis mais distante de nós, que estão aproximadamente a cerca de 4 vezes 10^26 metros. Há quem diga que isso não passa de uma certeza matemática: a distância de 10 elevado a 10^28 metros da Terra.

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