domingo, 26 de maio de 2013

Quando o escritor norte-americano Nicholas Carr começou a pesquisar se a internet estava arruinando nossas mentes, assunto de seu novo livro, ele restringiu seu acesso à internet, deu um tempo no e-mail e desligou suas contas no Twitter e no Facebook.
Em seu novo livro The Shallows: What the Internet is Doing to Our Brains, ele diz que a rede está nos privando da capacidade aprofundada de raciocínio.
Carr levantou em 2008 a questão controversa de que "o Google estaria nos deixando idiotas" e decidiu aprofundar sua pesquisa sobre como a rede afeta nosso cérebro. Seu livro examina a história da leitura e a ciência de como o uso de diferentes mídias afeta nossa mente. Explorando como a sociedade passou da tradição oral para a palavra escrita e depois para a internet, ele detalha como nosso cérebro se reprograma para se ajustar às novas fontes de informação. Ler na internet mudou fundamentalmente a forma como usamos nosso cérebro.
A quantidade de textos, fotos, vídeos, músicas e links para outras páginas combinada com incessantes interrupções na forma de mensagens de texto, e-mails, atualizações do Facebook e feeds de RSS fez com que nossas mentes se acostumassem a catalogar, arquivar e pesquisar informações. Desta forma, desenvolvemos habilidades para tomar decisões rapidamente, especialmente visuais. Por outro lado, cada vez lemos menos livros, ensaios e textos longos – que nos ajudariam a ter foco, concentração, introspecção e contemplação. Ele diz que estamos nos tornando mais bibliotecários – aptos a encontrar informações de forma rápida e escolher as melhores partes – do que acadêmicos que podem analisar e interpretar dados.
A ausência de foco obstrui nossa memória de longo prazo e nos torna mais distraídos. "Nós não nos envolvemos com as funções de interpretação de nossos cérebros", diz. Ele ainda afirma que, por séculos, os livros protegeram nossos cérebros de distrações, ao fazer nossas mentes focalizarem um tema por vez.
Mas com aparelhos como o Kindle e o iPad tornando-se comuns, Carr prevê que os livros também mudarão. "Novas formas de leitura requerem novas formas de escrita".
Se escritores suprem a necessidade crônica de uma sociedade distraída, eles inevitavelmente evitarão argumentos complexos que requerem atenção prolongada e escreverão de forma concisa e aos pedaços, Carr prevê. Ele inclusive sugere um exercício para aqueles que sentem que a internet os tornou incapazes de se concentrarem: diminuam o ritmo, desliguem a web e pratiquem habilidades de contemplação, introspecção e reflexão.
É bem claro pelo que já sabemos sobre a ciência do cérebro que, se você não exercita habilidades cognitivas específicas, você acaba as perdendo. Se você se distrai facilmente, não pensará da mesma forma que pensa se você presta atenção
(Nicholas Carr)

Cientistas dizem que fazer malabarismo com e-mail, celular e outras fontes de informação muda a maneira como as pessoas pensam. Nossa concentração está sendo prejudicada pelo fluxo intenso de informação. Esse fluxo causa um impulso primitivo de resposta a oportunidades ou ameaças imediatas. O estímulo provoca excitação - liberação de dopamina - que vicia. Na sua ausência, vem o tédio.

Enquanto muita gente diz que fazer várias coisas ao mesmo tempo aumenta a produtividade, pesquisas mostram o contrário. As multitarefas dificultam a concentração e a seleção necessárias para ignorar informações irrelevantes. E mesmo depois que a pessoa se desliga, o pensamento fragmentado continua.
Para estudiosos de Stanford, a dificuldade de se concentrar só no que interessa mostra um conflito cerebral, que vem da nossa evolução. Parte do cérebro age como uma torre de controle, ajudando a pessoa a se concentrar nas prioridades. Partes primitivas, como as que processam a visão e o som, querem que ela preste atenção às novas informações, bombardeando a torre de controle. Funções baixas do cérebro passam por cima de objetivos maiores, como montar uma cabana, para alertar sobre o perigo de um leão por perto. No mundo moderno, o barulho do e-mail chegando passa por cima do objetivo de escrever um plano de negócios ou jogar bola com o filho.
Mas outras pesquisas mostram que o cérebro também se adapta. Usuários de internet têm mais atividade cerebral do que não usuários. Eles estão ganhando novos circuitos de neurônios. Isso não é necessariamente bom, porque não significa que estamos nos tornando mais inteligentes. Nossas crianças nascem sabendo programar o microondas e mexer nas configurações da TV, mas ao crescerem terão menos senso crítico e independência que as outras gerações. Estarão TERRIVELMENTE acostumadas a terem tudo pronto, mastigado, desde a pipoca de microondas até as notícias que recebem. Ficaremos parecidos cada vez mais com os gordinhos do filme Wall-E, imersos na informação de tal ponto que falarão com os colegas DO LADO via MSN (e isso já acontece nas empresas!). Com as relações sociais tradicionais sendo destruídas e trocadas por uma virtual, quem detiver o controle dos meios de tráfego virtual controlará as relações sociais. E vocês acham que os governantes já não sabem disso? Por que será que Obama teve uma reunião com todos os donos dos "corredores de informação"?
A música também é uma forma de induzir a mudanças no cérebro. Ajuda a manter o "gado", tão interessante para quem controla as engrenagens.
Um estudo foi conduzido por cientistas em um grupo de ratos para estudar os efeitos da música rock. O grupo de ratos que foi exposto à música rock foi ficando progrssivamente mais desorientado em testes, e por fim se tornaram incapazes de completar o labirinto. Quando os cérebros destes ratos foram dissecados, verificou-se que eles foram submetidos a mudanças estruturais anormais. Os neurônios em seu cérebro (em especial na região do hipocampo, que é conhecido por ser importante na aprendizagem e na formação da memória) cresceram de forma descontrolada em todos os sentidos, sem fazer conexão com outros neurônios. Aumentos significativos no RNA mensageiro, que está envolvido na formação da memória, também foram encontrados. Eu achei essa notícia um pouco exagerada, e por não ter o NOME dos pesquisadores, resolvi pesquisar mais e encontrei o seguinte:
O estudante David Merrill repetiu a experiência e chegou a conclusões parecidas, mas não pôde ir muito longe pois os ratos que ouviam rock mataram uns aos outros. O estudo de G. M. Schreckenberg e H. H. Bird (1988) demonstra que ratos expostos a música desarmônica (ou seja, sem harmonia) desenvolveram danos nos nervos cerebrais e "degradação do comportamento".
Ou seja, a configuração do cérebro vai mudar SIM, especialmente se forem expostas crianças a isso (como vimos no começo do documentário Zeitgeist: Moving Forward). Nos EUA e no Brasil 20% das crianças sofrem algum tipo de distúrbio mental, enquanto 5 MILHÕES de crianças e adolescentes nos EUA sofrem de distúrbio mental GRAVE.
Não é minha intenção culpar o rock - até porque eu gosto e acho que é apenas UM aspecto do problema - mas sim a exposição a um determinado tipo de som. Ele muda dependendo do país e grupo social, mas somos BOMBARDEADOS por tipos de som cuja semelhança entre eles é ser estressante, percussivo ao extremo e longe de qualquer harmonia. Cada vez mais nossas "musas" e "musos" pop vão promovendo sons mais e mais bizarros, longe do tipo de música que nos cativou no começo de suas carreiras e chegando muito próximo dos sons que são usados pra simular drogas (e não creio que seja uma mera coincidência). Me chamem de teórico da conspiração se quiserem, mas não deixem de meditar no que leram, e observar com certo distanciamento as "informações" que pipocam ao seu redor.

SAÚDE
Passar mais de quatro horas por dia em frente à televisão aumenta o risco de sofrer doenças cardiovasculares e inclusive o de morrer, revela um estudo divulgado hoje pela imprensa australiana.
A probabilidade de sofrer doenças cardiovasculares é 80% superior a de quem passa menos tempo, e a de morrer aumenta 46%. Até porque ver TV engorda.
Concretamente, cada hora em frente a uma televisão representa um risco de morte 11% maior, de acordo com a pesquisa realizada com 8.800 pessoas e divulgada na publicação científica "Circulation: Journal of the American Heart Association". O cientista David Dunstan afirmou que o problema é causado pela falta de mobilidade, que impede que o organismo processe de maneira adequada açúcares e gorduras. Não importa que se façam exercícios diários - o dano vem do tempo prolongado que se passa sentado diante de uma tela, segundo Dunstan.
As 8.800 pessoas pesquisadas, entre 25 e 50 anos de idade e que se uniram ao projeto entre 1999 e 2000, realizavam entre meia e uma hora de exercícios diários e, no entanto, 284 morreram em seis anos.
Dunstan indicou que a pesquisa enfocou particularmente os casos de gente que vive junto à televisão, mas as conclusões são aplicáveis a qualquer outra atividade sedentária, como as pessoas que passam o dia jogando computador. O pesquisador lembrou que "o corpo humano foi feito para se movimentar".

Três em cada quatro norte-americanos serão obesos em 2020. Você não vê esse padrão de beleza na mídia, ?

Assim como os passageiros de Wall-E, não temos interesse no mundo que nos cerca, nem no que nos reserva o futuro. Não enquanto tivermos distração suficiente pra preencher nossos dias vazios e "modelos" pra satisfazer nossos desejos por nós. Quem é a mão que nos "alimenta"? Quem manda no "capitão" desse navio? Pretendo fazer um post sobre os efeitos do que comemos e bebemos diariamente, e como as grandes indústrias estão por trás de um lento envenenamento que nos torna fracos, doentes, estúpidos e favorece o lucrativo comércio dos remédios e planos de saúde.


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