quarta-feira, 15 de maio de 2013


Acredito que não seja segredo para nenhum conhecedor da boa música – aquela que desliza aos ouvidos e os deixam orgulhosos por receberem tamanha qualidade e refinamento de melodia, ritmo e harmonia – que o cenário musical começou a decair em 1995 e desde então vem apresentando um comportamento grotesco que parece piorar cada dia mais.

Essa tendência escabrosa mostra inúmeras faces, dentre as quais todas têm como intuito deturpar tudo que conhecemos sobre a verdadeira música. Tantos os estudiosos do tema quanto os meros amantes concordam em um ponto: esses mecanismos utilizados para distorcer o sentido da Música terminam sempre empobrecendo e criando monstros que colocam em xeque o gosto de qualquer ouvinte que ouse se aventurar nos mares do chorume musical! Dentre esses mecanismos temos a Moda, que geralmente interfere em tudo que é fatia do entretenimento. Músicos que fazem sucesso pela roupa que vestem, ou pelo corte de cabelo que usam, mas nunca pela música que apresentam. Outro artifício bastante utilizado são as polêmicas através da imprensa especializada. 

Há também aqueles que apelam para beleza ou um atributo físico em especial, como os glúteos, para fazer sucesso nesse quadro. Entretanto, nenhum é mais baixo, mais ridículo e mais desonesto que usar softwares para alcançar um nível de talento que o músico não possui. Em prol dessa pilantragem está a famosa geração dos Autotunes, que cresce espantosamente e ameaça transformar tudo que é belo na Música em um simples produto de prateleiras.

Auto-Tune (do inglês, “auto afinar”) é um processador de áudio criado pela empresa Antares Audio Technologies em 1994, que usa uma matriz sonora para corrigir as performances no vocal e instrumental. Ela é usada para disfarçar imprecisões e erros, permitindo assim que gente sem talento vire os nomes que estampam à revistas da música POP. Em outras palavras, o Auto-Tune corrige automaticamente a afinação das notas que você está cantando e muda o tom para sua voz se encaixar em uma escala pré-determinada. Pode ter certeza, isso salva a carreira de qualquer desafinado.

Engana-se quem pensa que a lista dos “músicos” do “talento” feito em computador é pequena, vai aqui alguns nomes desses artistas que não conseguem cantar sem seu amado Autotune: Ke$ha, Britney Spears, Lady Gaga, Miley Cyrus, Demi Lovato, Justin Bieber, Rihanna, Beyoncé, Rebecca Black.

Em um universo da indústria cada vez mais competitivo, o jeito é apelar para trapaças para conseguir um retorno positivo. Fazendo uma ligeira comparação, músicos com autotunes é a mesma coisa que matemáticos que não sabem calcular a mais simples das operações sem auxilio de uma calculadora.

No final das contas quem paga o pato é o consumidor, que recebe uma mentira e os colegas de profissão que tem que atingir a perfeição para tentar ganhar espaço em um mercado dominado por autotuner’s.

A produtora Disney e algumas outras gravadoras de grande porte americanas, como a Warner e Sony Music, são as principais defensoras das cheat’s musicais. O motivo é simples: com o auto tune fica mais fácil arrumar aquele “rostinho bonito” e jogar no cenário musical. Não precisa saber cantar e mesmo assim, vende milhões.

Muitos músicos que hoje são consagrados e saíram dessas gravadoras tem como base da sua carreira o amigo Auto Tune, sem o qual, não dão nenhum passo, pois afinação não possuem, tão pouco compõe ou tem talento à qualquer coisa ligada a música.



É sempre bom ver e relembrar desse vídeo!

Fica a pergunta ao leitor: O que você acha dessa geração de músicos de Auto Tunes?

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