sexta-feira, 5 de julho de 2013

On 17:40 by papa in , ,    No comments
A história do pensamento ateu é bastante difusa e, por isso, nada concentrada em único individuo ou lugar. No entanto, como muitos dos conceitos ocidentais, o primeiro relato de um pensador ateu ocorre na Grécia antiga, no século 4 antes de Cristo. A origem da palavra deste modo deriva do grego antigo, sendo o adjetivo atheos formado pelo prefixo a, dando o significado de “ausência”. O radical “teu”, derivado do radical theos, significa “deus”. Assim resultando o sentido de “sem deus”


Epicuro

Na Grecia, quem difundiu as ideias da ausência de deus foi o filosofo nascido na ilha de Samos em 341 a.c., Epicuro mesmo não sendo propriamente um ateu, levantou a questões de que os deuses nada mais são do que simples analogias das qualidades humanas. Durante seus estudos, Epicuro indagou relação das pessoas com os deuses do Olimpo, pois, para ele se os deuses existissem, eles teriam mais com o que se preocupar em vez de criarem métodos de sofrimento para as pessoas.



Carnéades

Influenciado pelo epicurismo, o filosofo Carnéades, de Cirene (214 – 129 a.c.) chegou a dzer abertamente em publico que os deuses não existiam. Na ocasião ele estava em Roma, enviado com mais dois outros filósofos para representar Atenas na cidade. A declaração do pensador foi durante uma conferencia no senado romano e é considerada a primeira manifestação publica de ateísmo filosófico.  






Após o domínio cristão
Com o crescimento da doutrina crista pelo mundo ocidental e a estatização da religião, durante muitos anos, ser ateu era considerado uma ofensa. Conforme a igreja Católica foi se constituindo, mais e mais perigoso tornou-se o fato de ser ateu, chegando ao patamar de transformar em uma acusação. Muitas das vezes, apenas ser mencionado por alguém, ou mesmo cogitado, já era o bastante para o dto herege ser condenado a fogueira. Devido ao perigo de ser ateu, não é possível precisar quantos ou mesmo quem era ateu até a chegada do iluminismo, no século 18.

Diderot

O filosofo Denis Diderot (1713 – 1784) é um dos mais ferrenhos críticos francesses da religião, autor, dentre vários, do livro A Religiosa. Nesta obra, Direrot ataca diretamente a igreja Católica e as praticas eclesiásticas. Além disso, em A Religiosa, o autor denuncia vários abusos cometudos pela igreja – que, na época, detinha um poder inquestionável perante a população europeia como todo. É celebre a frase em que Direrot diz: “O homem só será livre quando o ultimo déspota for estrangulado com as entranhas do ultimo padre.”


Século 19


Feuerbach

Nesse período, ouve uma grande proliferação dos ateus na Europa. Tido como principal filosofo contemporâneo ateu e um de seus mais notáveis difusores, o alemão Ludwig Feuerbach (1804 – 1872) chegou a influenciar o mais conhecido pensador ateu: Karl Marx. As ideias de Feuerbach têm como base que deus é a projeção do desejo de perfeição do homem. Assim, deus nada mais seria do que o próprio homem evoluído dentro de uma concepção divina. Na obra mais famosa do autor. A Essência Do Cristianismo, Feusrbach diz que o pensamento teológico, na verdade, é o desenvolvimento de um raciocínio em que “o homem cria deus a sua imagem e semelhança”.

Marx

Contemporâneo de Feuerbach, e também alemão, Karl Marx (1818 – 1883) exprimeiu com clareza a tendência ateia no livro Uma Contribuição A Critica Da Filosofia Do Direito De Hegel, de 1844. Na obra, Marx expos as ideias anticlericais e antiteistas, influenciando uma serie de pensadores modernos ao ter, em uma das características, a declaração explicita do ateísmo como consciência individual. Todas as revoluções marxistas, como na URSS ou  na china, tiveram como marca a perseguição religiosa. Em razão dessas perseguições, mortes e prisões, ate hoje se relaciona o comunismo marxista a intolerância religiosa.

Nietzsche

Ainda na Alemanha no século 19, outro influente pensador ateu foi Friedrich Nietzsche (1844 – 1900). Nascido no ano de publicação do livro de Marc. Uma contribuição a critica da filosofia do direito de Hegel, no antiteismo, Nietzsche é conhecido pela famosa frase: “Deus  esta morto”, além do questionamento: “Seria o homem um erro de deus ou deus um erro do homem?” feito no polemico livro O anticristo, em que Nietzsche ainda proclama que o único cristão morreu na cruz. No caso, isso seria uma critica a origem do cristianismo, pois, para Nietzsche, o fundador do cristianismo não foi Jesus, mas Paulo de Tarso, que teria deturpado os ensinamentos de cristo a partir de suas próprias interpretações.


Século 20

Sartre

Conhecido pela vertente filosófica existencialista, Jean-Paul Sartre (1904 – 1980) é um dos mais notórios pensadores do século 20. Influenciado pelo marxismo, Sartre desenvolveu uma dialética que explana varias razoes para a inexistência de deus. Em decorrência da defesa do existencialismo ateu, suas obras foram ate mesmo incluídas na lista de livros proibidos pelo vaticano. O existencialismo sartreano reconhece a moral laica em que os valores humanos existam sem a necessidade do divino. Considera a moral uma consciência de responsabilidade do próprio individuo, não o medo da punição divina pelo erro.

Sam Harris

Dos pensadores ateus contemporâneos, um dos mais proeminentes é estadunidense Sam Harris (1967). Graduado em filosofia, recebeu o titulo de doutor em neurociência em 2009. O pensamento de Harris se baseia em pontos tanto ideológico como físicos para demonstrar a “farsa das religiões”, sendo esse o mote de doutorado em neurociência. Durante os anos de estudo, Harris utilizou imagens de ressonância magnética para conduzir pesquisas de base neurológica a respeito de crenças, descrenças e incertezas. Harris escreveu dois livros: A Morte Da Fé (2004) e Carta A Uma Nação Crista (2006)

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