terça-feira, 2 de julho de 2013
15. Resident Evil
Tudo bem, concordo que o filme é considerável. Ele possui o seu charme como filme de ação. Mas convenhamos, se você jogo o Resident Evil , o primeiro dessa grande série, deve ter pulado de tanta raiva na poltrona do cinema! A história do primeiro Resident é uma das mais ricas e bem elaboradas do mundo dos jogos e com certeza, esse foi um dos principais motivos que ajudou o game a ficar entre os melhores de todos os tempos. Uma obra-prima do Playstation I. Entretanto no filme, o roteirista e o diretor ignoram por completo esse aspecto e partem para uma linha alternativa, envolvendo uma super-humana que não aparece na série, muito menos no Resident Evil I. Os fãs do game ficaram decepcionados com o resultado, pois quem jogou sabe o quão excepcional é a história e o suspense presentes nesse primeiro episódio da franquia. Felizmente, as continuações melhoraram , inserindo os personagens dos jogos, alguns bastante semelhantes, outros nem tanto, embora as modificações grotescas continuem a assombrar todos os filmes do Resident.
14. House of Dead
Baseado na franquia de jogos lançada pela SEGA, House of Dead virou febre entre os gamers. O jogo que, na época de seu lançamento fazia o player suar frio tamanho era o realismo e o suspense, acabou ganhando uma adaptação miserável para o cinema, ao estilo das pequenas produtoras. Colocaram um grupo de adolescentes (ah…novidade!) numa ilha (o clássico clichê de um filme de terror de quinta) a correr dos zumbis. Na verdade, a única semelhança entre o game e o filme é o nome. De resto é totalmente diferente. O amadorismo é visível já nos dois primeiros minutos de filme, deixando qualquer fã insatisfeito em menos de 120 segundos.
Tekken poderia ser um bom filme. Poderia. Seu erro principal, na minha singela opinião foi querer colocar a história de TODOS OS JOGOS DA FRANQUIA em um único filme. Peca , de forma grosseira, em algumas mudanças como por exemplo o fato de Jin ser treinado por Heihachi e não por sua mãe. Essa transformação de alguns pontos da história, enfureceu até mesmo o diretor e produtor do game, Katsuhiro Harada que declarou pelo Twitter quando questionado sobre o filme: “O filme de Hollywood é horrível”. Segundo Harada, ele não pode supervisionar o filme, era uma das cláusulas do contrato. Erro fatal da produtora, pois quem poderia entender mais do game que o seu próprio criador? Alguns fãs, ainda ficaram revoltados com o personagem Kazuya Mishima, dizendo que transformaram um dos principais personagens do game em um “ladrão de galinhas barato e de barba mal feita”.
12. BloodRayne
Dirigido pelo alemão Uwe Boll , considerado por muitos como o “assassino de franquias virtuais”, “BloodRayne” conta a história de uma híbrida – meio vampira, meio humana – que vai atrás do tirano rei dos vampiros responsável por estuprar sua mãe. Fracasso de bilheterias, arrecadou apenas US$ 3,6 milhões, tendo um custo de US$ 25 milhões. Desagradou muito os fãs, pois a franquia é bastante famosa entre os jogadores. O Título foi considerado uma das piores adaptações já feitas, juntamente com Super Mario Bros e Alone in the Dark pelos sites Imdb.com e o Rottentomatoes.com, grandes portais da internet especializados em cinema.
Reunião de belas atrizes para trazer para as telas um dos games mais vendidos de todos os tempos, DOA – Dead or Alive é uma verdadeira febre principalmente no mundo asiático. O problema é que nem mesmo as belas atrizes conseguem salvar um filme que não tem história. Serve apenas para levar ao delírio a molecada de 12 anos chegando na puberdade (principalmente pelas Senhoras “Big Tits” presente durante o filme todo.)
A verdade por detrás da falsa intenção é que o filme apela para mulheres gostosas para disfarçar a mediocridade da história.
Lembra dos pentagramas? E daquela “demonhada” que soltava fogo de tudo que é canto do cenário enquanto você corria desesperado para encontrar um refugio e meter bala nos infelizes? Pois é, no Doom: O Filme , aquela capetada que colocava o terror durante o game virou um bando de humanos mutantes, resultante da infecção de um vírus alienígena. Porra, de onde tiraram essa idéia? O game do Doom é estritamente isso: mandar bala nos diabinhos que abriram o portal do inferno!O Bad Boy, com habilidades de combate excepcionais forjadas nos duros anos de batalha, que desrespeita as ordens do seu comandante e é enviado para uma estação espacial em Marte, essa ultima que faz experimentos de Teletransporte e acidentalmente abre a porta do INFERNO! Não tem relação com mutação ou qualquer outra coisa que não seja mandar bala nos chifrudos!!! Sabe, entre os filmes dessa lista , esse com certeza era o mais simples de ser adaptado, mesmo assim, o diretor fez questão de estragar. Obrigado Andrzej Bartkowiatk ¬¬
9. Final Fantasy: The Spirits Within
Você já jogou algum game dessa saga famosíssima da Square? Se a sua resposta for sim e você disser que adorou The Spirits Within, amigo, pare de jogar qualquer coisa que não seja Paciência.
De onde eles retiraram aquele roteiro? E os fantasmas? O filme passa em um cenário pós apocalíptico, na Terra em 2065. O planeta está completamente destruído e sofre ataques de uma espécie de “Fantasmas”, fazendo que os humanos se refugiem em cidades bloqueadas por campos de força. Pare e pense agora: O que isso tem a ver com Final Fantasy? Invoca um guardião pelo menos , porra!!! Para se redimir dessa decepção, a Sony lançou o Advent Children (esse sim, merece carregar o título). Mas como era de se esperar, poucos foram aos cinemas assistir o filme, imaginando ser outra desgraça criada pela imaginação de um diretor que acha que tem o direito de modificar a história do game!
O primeiro , Street Fighter: A Batalha Final, lançado em 1994 foi mal recebido pelo público e pela crítica. E não era para menos. Foi um dos primeiros filmes que surgiram dos games e a expectativa dos fãs era ver a História do jogo na risca, sem tirar nem pôr. Entretanto, Mr. Steven E. de Souza, o diretor genial, achou melhor “aprimorar” o roteiro. Mudou umas coisinhas aqui, outras ali, resolveu chamar o Van Damme para fazer o papel principal, tornou o protagonista do filme o General Guile, colocou Ryu e Ken em um segundo plano alterando a história de ambos, tornou Sagat um velho traficante sem graça e ainda descontente com tantas modificações, trocou a história do resto dos personagens, excetuando Mr.Bison. Ou seja, criou um filme com os nomes dos personagens e título iguais ao game mas sem relação nenhuma com o mesmo. Resultado: fracasso total nas bilheterias e crítica do público que clamavam pela cabeça do diretor.
Ok. Todo mundo tem o direito de errar. Adaptar filme dos games era algo novo e poucas produtoras aceitariam arriscar rodar Street Fighters. O problema é que mesmo com todos os xingamentos e dívidas que esse primeiro filme trouxe, as produtoras não aprenderam a lição e então resolveram lançar outros títulos, alguns bem trash fazendo suas famosas e detestadas modificações. O último lançado por uma produtora grande, Street Fighter: A Lenda de Chun-Li , foi dirigido por Andrzej Bartkowiatk , que também dirigiu Doom (o que já é um péssimo sinal) e como era previsto, estragou novamente o filme com suas “maravilhosas” alterações, entre as quais podemos citar a exclusão de Ryu e Ken e um M.Bison sem seus poderes psíquicos.
Se o objetivo do diretor Gordon Chan (Thunderbolt) era fazer confusão eu não sei, mas isso foi a única coisa que ele conseguiu. No filme, há uma espécie de torneio secreto em que, para entrar, o lutador precisa usar algo parecido com um fone de ouvido bluetooth, sendo transportado para uma dimensão paralela automaticamente. Rugal (Ray Park), o grande vilão aqui, quer se tornar o maior campeão do torneio e para isso rouba relíquias que tem o poder de libertar Orochi, um espírito aprisionado numa outra dimensão, que prometeu poder ilimitado a quem o libertasse. Terry Bogard (David Leitch), agente da CIA, quer pegar o meliante e para isso conta com a ajuda de Mai Shiranui (Maggie Q), que faz as vezes de casal com Iori Yagami (Will Yun Lee) para conseguir informações.
Não acredito que haja alguém que tenha engolido essa história. Eles conseguiram misturar tudo e mais um pouco. Rugal é um assassino com cara de adolescente rebelde que faz qualquer coisa por um aumento na mesada; Vice (Bernice Liu) e Mature (Monique Ganderton), ajudantes de Rugal, quase protagonizam cenas de sexo lésbico em alguns momentos; sem contar que a ideia de fazer de Terry e Mai agentes da CIA foi péssima.
Não acredito que haja alguém que tenha engolido essa história. Eles conseguiram misturar tudo e mais um pouco. Rugal é um assassino com cara de adolescente rebelde que faz qualquer coisa por um aumento na mesada; Vice (Bernice Liu) e Mature (Monique Ganderton), ajudantes de Rugal, quase protagonizam cenas de sexo lésbico em alguns momentos; sem contar que a ideia de fazer de Terry e Mai agentes da CIA foi péssima.
Não bastasse isso, a qualidade técnica do filme é deplorável. Cenas de lutas totalmente desanimadoras e efeitos especiais de terceira categoria, com pulos flutuantes a la filmes de kung-fu chineses dos anos 1990.
Caracterização dos personagens não existe. Foi totalmente deixada de lado. Você nunca baterá o olho em um personagem e descobrirá de qual se trata antes que ele diga o próprio nome. Como podem colocar uma atriz absolutamente sem sal para interpretar Mai, uma personagem conhecida pelo corpo, digamos, volumoso? Que pecado! Isso sem considerar que Kyo (Sean Faris) nem japonês é.
Com certeza gamers de qualquer idade conhecem os carismáticos encanadores italianos Mario e Luigi, da série “Super Mario Bros” da Nintendo. O que alguns não sabem é que o maior sucesso do mundo dos games já teve sua deplorável adaptação. O maior pecado cometido no filme foi a contextualização. Totalmente aquém do enredo apresentado nos jogos, o filme trazia uma história futurista com personagens mal caracterizados. Destaque ao Rei Koopa, que originalmente é uma tartaruga com ares de dragão, na película foi recriado na pele de Dennis Hopper com penteado punk.
O primeiro Mortal Kombat de 1995 foi um filme até certo ponto… divertido. Com muitas lutas legais, fatalities e tudo mais. Agora essa sequência foi medonha. Aniquilição só se for do nosso tempo. As cenas de luta são estranhas e as coreografias são ainda piores, Os efeitos especiais são terríveis. O enredo é inexistente. Há uma grande quantidade de cenas e partes que não fazem nenhum sentido. Além disso, o filme mostra muitas contradições. Entre elas, a que mais irritou os fãs e confundiu os menos informados, foi o fato de Shinnok ser apresentado como pai de Shao Kahn e Raiden. É triste saber que gastaram mais de 10 reais para produzi-lo.
Olha ele aqui de novo: UWE BOLL, o destruidor de franquias! Na direção de Alone in the Dark não podia ser diferente. Com roteiro torto, fracas interpretações e efeitos especiais pífios, os fãs execram o longa. Criado em 1992 pela Infrogames, o jogo revolucionou com belos cenários, trilha sonora inovadora e enredo instigante. É considerado o Pai dos jogos do gênero de Terror. Foi predecessor de sucessos como “Resident Evil” e “Silent Hill”. Uwe Boll mais uma vez deixou sua marca!
Quem seria maluco o suficiente para financiar um filme do destruidor de franquias, Rei do Framboesa de Ouro, Uwe Boll novamente? Quem? Nada mais, nada menos que ele, o próprio Uwe Boll. E quando falamos do destruidor, o desastre é certo. O sujeito domina essa lista se vocês perceberem e está com projetos para novos filmes em 2011 (que não seja God of War , nem Assassins Creed, oremos) . Dessa vez o aniquilador foi mais longe, além das suas características costumeiras (montagem caótica, efeitos especiais medíocres, atores atuando no “piloto automático” e uma assustadora falta de talento para conectar o expectador à trama…), Boll conseguir destruir o que parecia indestrutível : a historia da série de Dungeon Siege, game da Microsoft com um dos melhores enredos do gênero. E não foi uma mera “destruiçãozinha” não! Ele avacalhou! Se ele já não tinha dignidade, com esse filme ele conseguiu ficar no negativo. Se você jogou algum game da série, nunca, em hipótese alguma, assista esse filme.
Uma das novas modas de Hollywood é adaptar as histórias dos mais lucrativos e famosos videojogos para o cinema, infelizmente estas adaptações apresentam no geral pouca qualidade, ficando bem longe do nível qualitativo da sua base de inspiração. A maus exemplos do passado como “Resident Evil”, “Tomb Raider” ou “Alone in the Dark” junta-se agora “Max Payne”, um filme baseado na homónima saga de videojogos que desde 2001 tem cativado milhares de jogadores pelo mundo fora e que agora recebe uma adaptação cinematográfica bastante pobre em todas as áreas.
A sua história centra-se no revoltado Max Payne (Mark Wahlberg), um polícia desertor que está determinado a encontrar o responsável pelo brutal assassinato da sua família e do seu parceiro. Nesta sua luta pela justiça, Max vai contar com a preciosa ajuda do seu mentor B.B. Hensley (Beau Bridges) e da misteriosa assassina Mona Sax (Mila Kunis) que procura vingança pela brutal morte da irmã, no entanto, a vida deste grupo de justiceiros não será fácil já que a sua investigação ameaça os interesses da polícia, da máfia e de uma corporação sem escrúpulos. Cego pela vingança e pelo desejo de matar, Max embarca numa terrível viagem por um mundo de trevas no qual é forçado a lutar com inimigos para além do mundo natural e lidar com uma traição impensável.
Os videojogos “Max Payne” sempre pautaram pela excelência narrativa, os vários jogos da saga sempre apresentaram uma história interessante e capaz de transportar o jogador para o obscuro mundo do protagonista. Infelizmente, o argumento do filme não acompanha essa patente qualidade já que apresenta um enredo bastante confuso que deriva de uma débil construção e idealização narrativa. Esta mostra-se incapaz de contextualizar e explicar as partes verdadeiramente interessantes e úteis da história, o que por sua vez impede uma clara percepção da lógica dos avanços e recuos de uma obra que se perde demasiadas vezes nas excessivas e mal construídas cenas de acção. No final, Max Payne consegue a sua vingança mas para trás ficaram inúmeras questões por responder, nomeadamente a lógica por detrás das personagens Mona Sax e Lupino e acima de tudo a forma exacta de como Max chegou onde chegou. Em suma, a única parte verdadeiramente clara e concreta do filme é a ideia de que Max Payne quer vingar a morte da sua família, no entanto, a forma como o faz é que se torna pouco perceptível.
Em termos visuais, o realizador John Moore até se esforçou na tentativa de recriar um ambiente semelhante ao dos videojogos, daí a aposta num ambiente recheado de sombras, fumo e pouca luz que nos faz relembrar os clássicos filmes noir. Infelizmente este ambiente é completamente estragado pelas cenas de acção que assumem uma completa falta de criatividade e emoção. Muitas dessas cenas apostam no efeito especial Slow Motion, uma inovação tecnológica/computorizada imortalizada pelos filmes “Matrix” mas que também foi amplamente usada pelos jogos da saga “Max Payne”, contudo este efeito especial não foi muito bem utilizado nas sequências de acção do filme, muito por culpa de John Moore que não soube refrear o seu uso. Outro problema das cenas de acção são a sua clara falta de credibilidade e emoção, é certo que num filme categoricamente comercial nunca se pode esperar o melhor, no entanto, tendo em conta a inspiração do filme esperava-se algo mais destas sequências que no fundo são um dos pontos fortes do videojogo e também deveriam ser do filme.
Na sua generalidade, o elenco do filme apresenta uma performance medíocre onde nenhum actor se consegue destacar pela positiva. Mark Wahlberg parecia apresentar o perfil ideal para interpretar o protagonista Max Payne. A sua fisionomia e a sua experiência em filmes do género levavam a crer que Wahlberg poderia ter aqui um dos seus melhores papeis, no entanto tal não aconteceu muito por culpa do argumento do filme mas também por culpa do próprio Wahlberg que nunca conseguiu assumir devidamente as características e sentimentos intrínsecos da sua personagem. Mila Kunis e Olga Kurylenko apresentam uma performance sofrível que condiz na perfeição com a insignificância das suas personagens que só servem para incorporar o elemento feminino no filme. O único actor que quase chega à nota positiva é Chris O’Donnell, o único membro do elenco secundário que realmente interessa à história.
Mais uma vez Hollywood pegou num famoso videojogo e atribuiu-lhe uma péssima adaptação cinematográfica, começa a ficar provado que a indústria do cinema não consegue criar obras baseadas em videojogos que se aproximem sequer de um parâmetro aceitável de qualidade, no entanto enquanto estas obras de baixo nível continuarem a serem rentáveis para a indústria do cinema, esta não parará de insultar indirectamente a qualidade da indústria rival e a inteligência dos próprios fãs dos videojogos.
A franquia do Dragon Ball só conhecia o sucesso. Desde o surgimento nos mangas até virar um anime e posteriormente ganhar títulos em quase todos os consoles , desde o SNES até o Wii , Son Goku e seus camaradas faturavam milhões e agradavam os fãs. Então, eis que surge a idéia de fazer um filme. Assim, finalmente, depois de longos anos conhecendo o sucesso, a franquia DB conhece a derrota e consegue revoltar seus fãs.
Veja a crítica do site Omelete sobre o filme:
“Quando escrevi no “Da Frigideira” que Dragonball Evolution (2009) “não era tão ruim quanto imaginava que ia ser”, queria dizer que imaginava algo muito pior. Mas muita gente entendeu que eu havia gostado do filme. Como fã da série criada por Akira Toriyama, digo não há como gostar do longa-metragem. Desde o título – que mudou de Dragon Ball para Dragonball – este filme deve ser encarado como um projeto levemente inspirado nos mangás.
Como disse o próprio Toriyama: “Talvez a melhor maneira para que eu e todos os fãs possamos apreciar [o filme] é pensar nele como um Dragon Ball de uma dimensão diferente.”
E bota dimensão diferente nisso! Estão ali os mesmo nomes, as tais esferas do dragão do título, o famoso golpe Kamehameha e mais algumas referências. Mas o espírito é outro. Foram embora a inocência do Goku, o desespero de Bulma por achar um namorado (lembre-se que é por isso que ela quer juntar as sete esferas) e a safadeza do Mestre Kame (que aparece de forma muito leve e até mesmo fora de contexto, mais como uma piada interna, que apenas quem acompanhava os mangás ou os animês vão entender o apertão que ele dá na Bulma). Esqueça também o senso de humor e qualquer tipo de ensinamento oriental sobre o “ki”.
O que sobra é uma versão ocidentalizada e “família”. Em vez de fazer direito e tentar criar uma franquia longa como os originais, os produtores jogaram fora toda a fase infantil do Goku que marca o início da série. Quando conhecemos Goku (Justin Chatwin) ele é um adolescente prestes a completar 18 anos, vítima dos valentões do colégio e com hormônios à flor da pele, babando por um segundo de atenção da bela Chi Chi (Jamie Chung).
No dia do seu aniversário, ele ganha a esfera do seu avô, que promete lhe contar no jantar a história do seu passado e o significado do tal globo que tem quatro estrelinhas. Os feromônios, porém, falam mais alto e à noite ele escapa para ir a uma festa se encontrar com a garota dos seus sonhos, que além de linda conta para ele que também treina lutas e vai participar de um campeonato. Enquanto isso, seu avô enfrenta Mai (Eriko Tamura) e seu mestre, Piccolo (James Marsters), que estão atrás das esferas para concretizar o plano de vingança depois de passar anos aprisionados.
Como você pode ver, é uma sinopse até empolgante, apesar de bem genérica e que, com pequenas mudanças, poderia se encaixar em vários outros filmes. Mas se você quer saber como as pessoas por trás do projeto encaram o longa, veja a sinopse oficial, presente na novelização do roteiro: “Goku pensava ser um estudante normal de colegial, até que descobriu possuir dons de artes marciais com todos os tipos de poderes malucos. Agora ele e seu novo grupo de jovens guerreiros estão numa jornada para achar as esferas antes que ela caiam em mãos erradas. Mas elas talvez já estejam! Goku deve combater o malvado e lunático Piccolo com todo seu poder para salvar o planeta Terra.” Sim: Goku e seus amigos metidos em muuuuitas confusões!
E para combinar com essa sinopse “Sessão da Tarde”, os efeitos especiais também têm cara de baratos, daqueles que se vê em séries de TV sem orçamento – algo que faz diferença na tela grande. As atuações acompanham o nível técnico. Justin Chatwin tem cara de perdido. Jamie Chung e Bulma são as empolgadas. James Marsters e Joon Park (Yamcha) são os careteiros, Eriko Mai a muda e Chow Yun-Fat até tenta enganar, mas está ali só para pegar o cheque.
Condense esses problemas em apenas 89 minutos e você tem em mãos um filme frenético, que não dá espaço para o desenvolvimento correto dos personagens, nem da história. Pode ser um sucesso de bilheteria? Pode. Afinal, são milhões de fãs espalhados ao redor do mundo, que já consumiram mais de 150 milhões de exemplares dos mangás. Porém, o filme não foi feito para eles (nós), mas sim para crianças que não conhecem nada da mitologia da série.
Por tudo isso, só há três formas positivas de encarar Dragonball Evolution:
1. Não sendo fã ou fingindo que não conhece a série criada por Akira Toriyama;
2. Como um veículo que vai mostrar para as crianças (o público-alvo principal do filme) que existe a série e assim vão poder se divertir lendo os mangás ou vendo os animês;
3. Esperando o reinício da franquia, algo que está tão na moda quanto as adaptações de quadrinhos.”
Analisando a questão mais a fundo, Dragon Ball não deveria estar na lista visto que ele iniciou nos mangas. Porém, dado o gancho que ele possui mais de 10 games resolvi coloca-lo aqui, mesmo porque, em matéria de pior adaptação não tem quem supere. Pode reunir essa lista toda e ainda não teremos “Um Dragonball Evolution”
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