sexta-feira, 9 de agosto de 2013

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O comerciante paquistanês Malik Afridi foi sequestrado por radicais islâmicos, ameaçado de morte e obrigado a deixar sua família porque se nega a cortar seu bigode de 76 cm de comprimento. Ele trabalhava em Peshawar, no noroeste do Paquistão, onde há grande domínio do Taleban.

Devido ao bigode, que é condenado pelo grupo radical islâmico, Afridi foi chantageado pelo Taleban e obrigado a pagar US$ 500 (R$ 650) por mês para manter o adereço. Ele não atendeu à chantagem e foi sequestrado pelo Taleban em 2009. Após ficar um mês no cativeiro, ele foi liberado por uma assembleia tribal.
A. Majeed/AFP
Empresário Malik Afridi tem bigode de 76 cm; ameaçado por Taleban, ele quer pedir asilo a outros países para manter adereço
Empresário Malik Afridi tem bigode de 76 cm; ameaçado por Taleban, ele quer pedir asilo a outros países para manter adereço

Após o sequestro, mudou-se para Faisalabad, na região central do país, deixando sua família a cargo de sua loja, de roupas, tecidos e artigos importados da China. Nos últimos meses, voltou a receber ameaças de morte, mas se recusa a tirar o adereço.
"As pessoas sempre me respeitaram [por causa do bigode], elas gostam de tirar fotos comigo. É minha identidade", diz.

Para manter o bigode para cima, Afridi faz um ritual. Começa usando óleo especial de coco, retorce ambas as extremidades e seca o adereço com um secador de cabelo, dando a forma de dois arcos para cima. Não são poucas as vezes que a família pede para que ele corte e evite as ameaças, mas ele nega.

"Posso morar longe dos meus entes queridos, posso morar longe do Paquistão, mas eu não poderia voltar a cortar o bigode", diz, sério.

Como forma de evitar novas ameaças do Taleban, ele deseja pedir asilo a Estados Unidos, Reino Unido, Canadá ou Emirados Árabes Unidos ou representar seu país em um concurso internacional de bigodes.

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