quarta-feira, 5 de junho de 2013

A História é dividida por curtos períodos aonde uma nova ameaça de fim do mundo aparece. Para vocês terem noção de como o fim do mundo já faz parte da nossa cultura há muito tempo, cito as peripécias do estudioso Bernardo da Turíngia, que causou pânico na Europa em 992 Antes de Cristo, quando anunciou confiante que seus cálculos mostravam que o mundo só tinha mais 32 anos antes do Fim.

O interessante é observar que, de 1947 para cá (1947 – Profecia de John Ballou Newbrough), quando a ideia de fim do mundo ressurgiu com força total, um fato estranho ocorreu: ao contrário do que ocorria com os povos antigos, que entravam em estado caótico frente ao pavor da previsão ser verdadeira, as civilizações atuais curtem a possibilidade. E por que isso acontece? O que é que atrai tanto as pessoas na ideia do Fim do Mundo? É o que veremos nesse post. Confira:

5. O fim do mundo e o recomeço em um lugar melhor : mudança instantânea



Para as pessoas teístas, os escolhidos serão levados para um lugar melhor depois que a Humanidade desaparecer. Essa crença está presente na Religião Cristã, Judaica, Muçulmana  entre outras. Essa esperança carrega consigo um conformismo absurdo, pois a população teísta fica aguardando o fim, ao invés de tomar as rendas da situação e obter a mudança. A apatia que é gerada por essa crença acaba sendo refletida na sociedade, que depende da maioria para iniciar a mudança e não obtém justamente por motivos como esse!  Em um país onde a religião é tão forte quanto o próprio Estado, a balança tende para o lado dos “braços cruzados à espera do milagre divino”. Afinal, é muito mais simples esperar que tudo mude de uma hora para outra sem lutar do que ter que arregaçar as mangas e ir a luta, não é?

Esse desanimo geralmente vem da consciência do tamanho do problema. Quem entre nós ainda não está cansado de tantas picaretagens e injustiças? Entretanto, sabemos que se começarmos a lutar hoje contra todos os males que corroem a sociedade, vai demorar décadas, talvez, séculos para que a mudança aconteça. A mudança ideologia quase sempre é gradual e lenta e no fundo, todos nós temos consciência de que não estaremos vivos para presenciá-la quando ela estiver completa. Por esse motivo, o “fim do mundo” nos serve tão bem. Ele geraria o efeito da mudança compulsória. Um outro mundo de imediato, sem ter que caminhar por esses períodos de transição. Do ponto A ao C sem ter que  passar por B.

4. A liberdade plena



 Grande parte das pessoas dos países democráticos pensa que são livres. Acham que liberdade está em você poder comprar um iPad, iPod, uma Coca-Cola a hora que bem entender. Todavia, uma minoria que cresce em passos gigantescos percebeu o quão ilusória é a ideia de liberdade. A verdade encontrada nas entrelinhas da História é: você é livre até o momento que vai a contra do sistema! Oponha-se e observe o que acontece. Não tenha duvidas que a ação dos poderosos será imediata e opressora. Um exemplo disso foram às manifestações recentes na Wall Street, ocultada pela Imprensa, sufocadas pelo governo, os protestos, que batalharam por meses em um dos maiores centros da Economia do Mundo, tiveram que recuar perante a violência fora do comum que começou a ser usada. Como disse e volto a repetir, sua liberdade é limitada por quem está no poder, você pensa que é livre, porém o que a maioria considera liberdade nada mais é do que uma realidade imposta, uma realidade que deseja que você trabalhe feito um burro de carga para que algum riquinho poderoso continue desfrutando sua vida pacata.

Ok, mas o que isso tem a ver com o fim do mundo? Tudo! A liberdade plena é alcançada no mundo pós-apocalíptico não teísta. Depois do fim do mundo, a minoria restante nessa terra maldita, usufruirá as mais amargas batalhas e da mais doce liberdade. Batalha porque será dificílimo sobreviver, já que nada será dado facilmente como hoje, independente de como aconteça o fim. Doce liberdade porque os valores éticos e morais, burocracia, hierarquias, leis e todas as outras ilusões que bloqueiam a maior parte das pessoas simplesmente irá sumir, já que são criações dos homens, e como tais, existem apenas quando existir sociedade.

3. Quando a verdade bate na porta

Você já deve ter reparado que na nossa sociedade quanto mais inútil o trabalho desempenhado, maior o seu reconhecimento e o seu salário, não? Esse foi um dos temas abordados em “Os 12 defeitos insuportáveis dos Brasileiros” publicado aqui no dia 23/02/2012.

Como disse no item anterior, viver em um mundo pós-apocalíptico de uma visão não-teísta (digo isso por não existe mundo pós-apocalíptico teísta que seja imperfeito) não é nada fácil. Você dependerá unicamente das suas habilidades para sobreviver e a única lei será a lei da selva: “ou você é caça ou caçador, se vira maluco!” Nesse ponto, a verdade bate na porta: O que fará um jogador de futebol num mundo pós-apocaliptíco? Chutará uma bola para sobreviver? E um músico? Vai cantarolar para aparecer comida? Um artista vai interpretar um drama de Shakespeare, chorando para que os outros sintam pena da sua situação? Um político vai querer usar de suas demagogias baratas para iludir o povo? Amigo, acredite, nada disso tem valia em um mundo pós-apocalíptico! Quem se saíra melhor é que domina o conhecimento ou tem alguma habilidade crucial. Por exemplo, um médico pode curar seus próprios ferimentos, dependendo da gravidade. Um engenheiro pode construir, engendrar, manipular as leis físicas em prol da sua sobrevivência. Um policial tem treinamento em armas e pode  garantir sua segurança durante ofensivas, ou mesmo, treinar um grupo para defender determinado local. Boa parte das profissões tão desvalorizadas pela sociedade e tão útil a ela, em um Apocalipse teriam seu valor revigorado. Outras, que hoje são tão valorizadas e completamente inúteis     à sociedade, ganharam seu devido valor (imagine as modelos querendo sobreviver em um mundo pós-apocalíptico usando seu incrível talento de andar em passarelas e fazer poses!)

2. Rotina? Que rotina?


Convenhamos, a vida da maioria das pessoas é chata! Você acorda, vai trabalhar, trabalha, volta para casa, faz uma coisa ou outra e já está na hora de dormir para ir trabalhar de novo! Hora ou outra você pensa em abandonar essa vidinha, mas então pensa que todo mundo faz isso e desiste da idéia. A rotina não perdoa ninguém e logo você percebe que aquele “brilho” que havia durante a infância e adolescência se foi e agora você é um adulto, tem responsabilidades, contas à pagar e compromissos com a sociedade. Ou seja, uma chatice. E vai ser assim, a não ser que você, como disse anteriormente, abandone tudo e se mude para um canto remoto do mundo para viver em uma tribo muito esquisita ou …. o mundo termine e você tenha que sobreviver em um mundo pós-apocalíptico.

Num mundo pós-apocalíptico não existe rotina. Sobreviver não é tão simples, tão pouco é cômodo. Todo dia é uma aventura forçada, já que não há muitas opções: ou você luta para sobreviver ou morre. Não há leis, regras, trabalho, comodidade, Internet, sociedade, enfim, toda essa estrutura social que conhecemos hoje vai para o espaço e o que vai restar não é nada bonito. Ficar parado e apático frente aos problemas significa que você vai encontrar o capeta mais cedo. “Mexer-se” termina por virar obrigação. Cada dia será um novo desafio, um desafio às adversidades para continuar vivo! E dessa forma esse mundo pós-fim ganha uma consistência atrativa: você é obrigado a aventurar-se, esqueça aquelas alternativas cômodas e rotineiras …

1. Da Impotência para mudar para renovação 

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Você acorda todo dia e percebe que o mundo parece ficar cada dia mais idiota. Pessoas agem de forma imbecil, todos obedecem a um governo corrupto, a violência cresce e se espalha por cada canto da sua cidade …  a sujeira humana aumenta descomunalmente assim como o seu desgosto. No meio dessa confusão em que você é obrigado a viver, o pensamento “Eu vou mudar tudo isso!” passa hora ou outra por sua cabeça. Mas, como é de esperar, fica apenas no pensamento! Por mais convicto que você seja, no fundo sabe que tentar alterar a malha social é muito difícil e é um desafio para ser vencido em grupo, porém  ninguém está tão interessado em realizar essa mudança. Mudar é complicado! É de a natureza humana resistir à mudança sempre que existir a possibilidade. Alias, ninguém muda as pessoas, o que você pode fazer é apresentar uma ideia para que ela escolha mudar (não é o locutor da ideia que mudou ela e sim, a decisão que ela tomou em querer mudar e entrar em ação para efetuar essa mudança).

O tempo passa, suas tarefas aumentam, sua responsabilidade aumenta, suas preocupações aumentam e logo, o mundo quebra seu espírito revolucionário. Você fica só e quieto, engolindo a impotência de ver o problema e estar de mãos atadas para resolvê-lo. No final, você se conforma e tenta seguir a vida da melhor forma possível.

Todavia, toda essa resistência e dificuldade é reduzida à zero se você for um líder em um mundo pós-apocalíptico. Mudar o mundo que vivência um ambiente pós-apocalíptico é simples porque a estrutura social está afetada e uma tendência humana é seguir seja lá o que for ao invés de tomar as próprias decisões. Desse modo, um líder com uma boa dicção e carisma, provavelmente, será quem determinará as regras do seu grupo.

Nessa visão anárquica, o mundo pode se tornar um lugar cruel para alguns grupos ou maravilhoso para outros. Como diz alguns filósofos, cada ser humano vive no seu próprio mundo e nesse caso o líder seria o responsável por criar esses mundos, o que pode ser muito ruim ou muito bom dependendo da intenção do líder.
E aí, você sabe mais motivos? Comente!

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