sábado, 8 de junho de 2013

On 20:54 by papa in , ,    No comments
Homens da era do gelo usavam palavras semelhantes as nossas

Há 15.000 anos atrás, quando a última era do gelo começou a diminuir, os homens que habitaram o Mediterrâneo usavam algumas palavras que ficaram ultra-preservadas até os dias de hoje. Esta é a conclusão de um estudo publicado na revista PNAS , que analisa o tronco comum, de onde poderiam vir todas as línguas que são faladas hoje na região euro-asiática.

Os pesquisadores das Universidades de Reading (Reino Unido) e Auckland (Nova Zelândia), usaram um modelo estatístico para identificar algumas palavras que se mantiveram inalteradas ao longo dos anos. Especificamente os números, alguns pronomes, conjunções e advérbios como “eu”, “você”, “aqui”, “ali”, “não” e “que” teriam chegados intactas até hoje. Os autores demonstraram que este subconjunto de palavras evolui muito mais lentamente do que outras “linguagens” de 10.000 ou até mais anos.

Em estudos anteriores, a equipe de cientistas criaram uma imagem da evolução das 7.000 línguas humanas vivas , e documentaram padrões comuns na forma como usamos a linguagem, a fim de investigar as causas que determinam quais as palavras que têm sucesso, enquanto outras, eventualmente tornam-se obsoletas. Através deste estudo obtiveram algumas estimativas nas estatísticas de taxas de substituição lexical para vários elementos do vocabulário das línguas indo-européias. “Como regra geral, as palavras usadas uma a cada mil vezes no cotidiano tem de sete a dez vezes mais probabilidades de demonstrar uma ascendência profunda dentro do tronco comum das línguas da Euro-Ásia“, disse Mark Pagel, um dos autores.

A palavras ultra-conservadas que foram identificadas sugerem a existência de uma família de línguas que reúne a maioria das línguas faladas hoje no nosso continente.

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