sexta-feira, 1 de novembro de 2013

SUB - Nos primeiros nove metros abaixo da terra, o subsolo é um emaranhado de fios e canos
TOP SECRET
Em várias metrópoles do mundo, é difícil conseguir mapas atualizados e confiáveis dos subterrâneos, já que os encanamentos podem ter séculos de idade. Mas em Nova York mesmo quem tem os mapas não os libera. O medo de um atentado terrorista faz com que a rede de distribuição de água encanada para as casas seja protegida pelo Estado
LUXO NO LIXO
As galerias pluviais, que recolhem a água da chuva, e a rede de esgotos viraram galerias - de arte! - em São Paulo. Elas são construídas em forma de escadinha, para que a água desça com a força da gravidade. Zezão, um grafiteiro famoso, faz arte nessas quebradas. Para ver suas obras, só com galochas e capa de chuva
ESPIADINHA NO BUEIRO
Bueiros são as portas de entrada para quem trabalha na manutenção lá de baixo. Neles, só passa uma pessoa, e a profundidade varia. Boa parte desses buracos leva a túneis que dão acesso a redes diferentes, mas alguns são específicos para esgotos. Nem sempre dá para fazer consertos via bueiro - aí o jeito é abrir um buraco na calçada mesmo
SUB DO SUB - Dos 9 aos 50 metros subterrâneos, o espaço é ocupado por construções que não ficam nada a dever a seus pares sobre a terra
REALIDADE PARALELA
Em Montreal, no Canadá, os prédios comerciais começaram a fazer ligações diretas com o metrô nos anos 70. O expediente virou moda, e logo quase todo o centro da cidade estava interligado pelos subterrâneos. Hoje, são 32 quilômetros de túneis, por onde andam meio milhão de pessoas por dia - uma boa para escapar do frio intenso no inverno ou do calor no verão
PROTEÇÃO ANTIBOMBA
A Guerra Fria acabou, mas uma lei obriga, até hoje, todas as cidades da Suíça a ter abrigos antinucleares. No subsolo da pacata Sonnenberg, portas pesando 350 toneladas nos túneis rodoviários dão acesso ao maior deles, que tem toda a infra-estrutura (até pronto-socorro) para abrigar 20 mil pessoas e resistir a uma explosão 70 vezes maior que a de Hiroshima
SUB DO SUB DO SUB - Quando a profundidade passa de 50 metros, há desde cidades soterradas a reservas gigantes de água
TINHA UM BARCO NO MEIO DO CAMINHO
Há dois anos, quando cavavam um túnel para ligar as duas partes de Istambul - separadas pelo estreito de Bósforo, a 70 metros de profundidade -, os turcos descobriram nada menos que um porto, com barcos perfeitamente conservados. Tiveram de parar a obra. Em cidades antigas, ruínas históricas importantes acabam sendo uma pedra no meio do caminho de esgotos ou do metrô
ESTAÇÃO CATACUMBA
Nem só de glamour vive Paris. No século 18, o então prefeito usou as pedreiras abandonadas da cidade para jogar lá o corpo de pessoas que morriam por doenças contagiosas. Hoje, há ossadas de 6 milhões de pessoas nas catacumbas, que ficam a até 20 metros abaixo da linha do metrô. Os buracos das ex-pedreiras são tão profundos que os trilhos têm pontes para passar sobre elas
NO FUNDO DO POÇO
Com até 1,5 quilômetro de profundidade, o aqüífero Guarani ocupa 1,2 milhão de quilômetros quadrados do subsolo de Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. É uma das mais importantes fontes de água doce por aqui - só no estado de São Paulo, 72% dos municípios são abastecidos por ele. Para isso, foram perfurados mais de mil poços, que chegam a ultrapassar os 100 metros de profundidade

Via: Mundo Estranho

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