sexta-feira, 11 de outubro de 2013

O filme Gravity, que estréia nesta sexta-feira (11/08) no país, já é fenômeno de bilheteria nos Estados Unidos e promete ter a mesma recepção em terras brasileiras.
Estrelado por Sandra Bullock e George Clooney, o longa mostra, de maneira bastante realista, as consequências de um acidente ocorrido numa estação espacial, expondo sua tripulação aos perigos da escuridão fria e silenciosa que é o espaço.
Em razão disso, muito tem se questionado sobre quais os medos dos astronautas reais enquanto estão no espaço. Chris Hadfield, astronauta que ficou famoso pelos seus vídeos no YouTube filmados direto do espaço, deu algumas respostas. Acredite, os medos dos astronautas não são poucos e são constantes.
Em entrevista ao New York Post, Hadfield fez uma lista de quais seriam os principais temores de um astronauta perante a imensidão do espaço. Para ficar mais ilustrativo, fizemos uma breve análise para esclarecer por que cada um desses medos é marcante na vida de um astronauta.
7 – Ter a nave incendiada durante a reentrada na Terra

A reentrada de um ônibus espacial na Terra é um dos momentos mais tensos enfrentados pelos seus tripulantes. A velocidade média no momento em que a mesma começa a “cair” em direção ao planeta é de mais ou menos 24 mil quilômentros por hora. Isso gera um atrito tão forte que os gases ao redor da nave se aquecem a uma temperatura de 1500 graus celsius.
Não fosse pelo revestimento de proteção externo da fuselagem, formado por placas únicas e numeradas feitas de cerâmica e sílica, seria impossível que os astronautas retornassem à Terra com vida.
A história já nos mostrou o que pode acontecer quando há uma falha nesse sistema de isolamento térmico. Foi o que se considerou como principal causa para o que aconteceu com o ônibus espacial Columbia, que se desmaterializou numa bola de fogo ao adentrar a atmosfera terrestre em 1º de fevereiro de 2003.
6 e 5 – A ocorrência de uma calamidade na Terra enquanto se está no espaço e a perda de comunicação com o controle em solo

Ao contrário do que se possa imaginar, estar no espaço enquanto o planeta sofre algum tipo de desastre, seja natural, seja provocado pelo homem, não é uma boa idéia. Muitos podem pensar “é melhor estar fora do planeta que dentro dele caso algo muito ruim aconteça”, mas, para os astronautas, isso poderia ser um pesadelo.
E não é muito difícil imaginar o porquê: os ônibus espaciais, bem como a Estação Espacial Internacional, estão em constante contato com as bases de controle existentes no planeta recebendo informações sobre o posicionamento da aeronave, por exemplo. Uma catástrofe que atingisse a Terra a ponto de impedir esse contato por horas ou dias, poderia ser catastrófico também para os astronautas.
Apesar de existirem naves que podem ser aterrissadas independentemente dos controles em Terra, – e isso é parte do treinamento básico da tripulação – o contato com a base ainda é uma das garantias de que está tudo bem na aeronave e de que os procedimentos adotados estão corretos.
Outra questão é que a comunicação com o planeta é um meio rápido e eficaz, na maioria das vezes, de resolução dos problemas à bordo, ou você nunca ouviu a famosa frase “Houston, nós temos um problema” quando um astronauta está em apuros?
Em suma, a perda da comunicação pode significar, em muitos aspectos, o retorno não seguro da tripulação à Terra (ou mesmo o não retorno) ou impossibilidade de resolução de problemas, o que pode significar o caos no espaço.
4 – Um astronauta se tornar gravemente doente ou morrer em órbita

O que acontece quando um astronauta fica doente no espaço? Basicamente falando, não é uma coisa boa. O motivo mais forte de se evitar que a tripulação fique doente é que cada pessoa é essencial, ou você acha que eles estão ali a passeio? Um membro a menos no grupo, representa mais trabalho sobre os demais. Se na Terra isso já não é legal, imagine no espaço onde tudo é mais complicado de se fazer.
Um problemão que vem acompanhado de um astronauta doente é o fato de como evitar que a doença se propague aos demais. Um simples espirro no espaço pode por todos os membros de uma missão em risco, pois, graças à falta de gravidade, os microorganismos simplesmente flutuam pelos compartimentos sem ter para onde ir, afinal, as naves são completamente vedadas.
Outro agravante é que a vida no espaço diminui a imunidade do organismo, tornando ainda mais fácil a contaminação e desenvolvimento de uma doença grave.
De fato, isso já aconteceu na Apollo VII, quando uma das tripulantes pegou uma gripe comum e teve que ser retornada à Terra no meio da missão.
Se um astronauta simplesmente morrer no espaço, felizmente as naves e a própria estação espacial possuem compartimentos médicos destinados ao armazenamento seguro do corpo até que se possa trazê-lo à Terra. O problema aqui seria o impacto emocional e o peso carregado pelos demais em se ter um tripulante a menos à bordo.
3 – Fogo na nave espacial
Um incêndio não é bom em nenhum lugar; no espaço, pode ser especialmente catastrófico por diversas razões: uma nave espacial é completamente selada; lida-se com oxigênio puro, que é extremamente inflamável; o fogo gera um rápido consumo do limitado suprimento de ar, o que pode resultar na antecipação do retorno à Terra; risco de danificar equipamentos importantes ou ferir gravemente um dos tripulantes; risco de rápido alastramento, o que pode ser fatal.

Foi o que ocorreu na missão Apollo I que, por conta uma incêndio provocado por defeitos elétricos, causou a morte de seus três astronautas em menos de 1 minuto.
2 – Ter defeitos mecânicos fatais durante o lançamento

Durante o procedimento de lançamento de um foguete espacial, o funcionamento de todos os sistemas possíveis e imagináveis é checado, bem como a condição de cada parte da nave. Isso ocorre pelo simples fato de que muita coisa pode dar errado nesse momento extremamente delicado de uma missão espacial.
Para começar, está-se lidando com litros e litros de combustível altamente inflamável, fora o fato de que a explosão que ocasiona o lançamento do foguete ocorre em estágios que precisam ocorrer no tempo certo e na hora certa, caso contrário tudo pode ir pelos ares – literalmente.
Para se ter uma idéia da delicadeza da situação, foi por causa de uma borracha de isolamento das juntas do propulsor, chamada de o-ring, que a nave Challenger se desfez no ar durante o seu lançamento no ano de 1986. Segundo a NASA, a temperatura local era muito baixa, fazendo com que a tal borracha se tornasse quebradiça.
1 – Flutuar sem rumo no espaço

Esse, segundo Chris Hadfield, é o maior medo de todo astronauta. Aliás, este é um dos temas principais do filme Gravidade, mencionado anteriormente.
E por que esse é o maior de todos os medos? Não é difícil de se imaginar: de todos os temores já apresentados, esta é a situação mais complicada de ser contornada.
A não-gravidade e a falta de atrito no espaço fazem com que um corpo impulsionado permaneça continuamente seguindo numa linha reta infinita, em direção ao espaço sem fim.
Por conta disso, todos os astronautas que precisem sair dos veículos para a realização de alguma atividade externa são presos por ganchos firmemente atados a cabos, proporcionando uma maior segurança.
Hadfield afirma que mesmo a utilização de uma chave para desatarraxar um parafuso exige uma força extrema. É como trocar os pneus de um carro enquanto se usa patins de neve, diz ele. O detalhe aqui é que qualquer movimento extremamente brusco ou mal pensado pode resultar num deslocamento indesejado do corpo.

Se por alguma fatalidade um astronauta conseguir se desprender dos cabos e começar a flutuar numa direção oposta à nave, há uma segunda alternativa de segurança que pode ser utilizada, os chamados jetpacks; eles são pequenos propulsores instalados nas pesadas roupas de cada astronauta e servem como salva-vidas, empurrando-o na direção desejada.
A coisa ficaria mais séria caso esse desprendimento se desse de modo que o astronauta se encontrasse inconsciente, logo, tornando o acionamento dos propulsores impossível. Numa situação assim, outro astronauta poderia tentar fazer o resgate imediato, prendendo-se por cabos até chegar ao primeiro. Caso falhasse, seria preciso que se planejasse uma “força tarefa” para resgatar o extraviado – o que nem sempre pode se mostrar uma alternativa viável!
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