sexta-feira, 27 de setembro de 2013

On 06:37 by papa in , , , ,    No comments
Devido à sua posição geográfica, o Japão permaneceu isolado do resto do mundo por milhares de anos, e durante muito tempo o território foi dividido em diversos pequenos estados feudais comandados por chefes guerreiros conhecidos comodaimyo. E como você pode imaginar, esses pequenos reinos travavam guerras constantes para estabelecer sua supremacia sobre os demais.
No início, eram os camponeses — com pouco ou nenhum conhecimento militar — quem participavam dessas batalhas como soldados, o que resultava em uma enorme perda de vidas. Assim, com o passar do tempo e a intensificação dos combates, os chefes feudais se viram obrigados a empregar guerreiros profissionais treinados nas mais diversas artes da guerra, que ficaram conhecidos como samurais.

Feudalismo x capitalismo

Embora esses guerreiros tenham surgido muito antes da Idade Média, foi só no século 12 que os samurais se estabeleceram como classe dominante de aristocratas militares até meados do século 18, quando começaram a perder a sua importância devido à chegada da influência ocidental e o início da modernização no Japão. E em 1873, o Imperador Meiji mudou o regime de feudalismo para capitalismo e aboliu a classe dos samurais como forças armadas do país.
Mais do que especialistas em artes marciais, os samurais também estudavam filosofia e religião, e quando não estavam em guerra, se dedicavam à prática de outras artes, como a poesia, por exemplo. E além de serem famosos por sua honra e dignidade, esses guerreiros juravam morrer por seus mestres, cometendo oseppuku, o suicídio ritual que envolvia realizar um corte no abdome diante de espectadores.
A seguir você pode conferir uma lista publicada pelo site Buzzle e conhecer quem foram alguns dos samurais mais famosos do Japão:

Minamoto no Tametomo (de 1139 a 1170)

Também conhecido como Chinzei Hachirō Tametomo, esse guerreiro se tornou famoso por sua incrível habilidade com a espada e destreza em disparar flechas sobre montaria. Tametomo também contava com o braço esquerdo mais longo do que o direito, algo que ele utilizava como vantagem. No entanto, depois de ser capturado e de ter o seu braço esquerdo decepado por seus inimigos, Tametomo tirou a própria vida.

Tomoe Gozen (de 1157 a 1247)

Surpreendentemente, Tomoe Gozen não foi um guerreiro, mas uma guerreira,sendo uma das poucas samurais conhecidas. Ela era descrita como uma belíssima mulher com longos cabelos negros que, além de ser extremamente corajosa, era capaz de combater deuses e demônios ferozmente. Tomoe não só participou da primeira grande batalha entre várias forças samurais, como sobreviveu ao confronto, retirando-se da carreira militar depois desse sangrento evento.

Kusunoki Masashige (de 1294 a 1336)

Masashige se transformou no ícone da lealdade samurai, e sua imagem foi utilizada durante a Segunda Guerra Mundial como símbolo nacional da propaganda militar japonesa. Esse guerreiro foi um extraordinário estrategista, e acredita-se que ele cometeu o seppuku depois que o imperador a quem ele servia ignorou seus conselhos durante uma guerra, o que resultou na perda da batalha, embora não tenha sido culpa sua.

Takeda Shingen (de 1521 a 1573)

Chefe de um famoso clã, Takeda Shingen liderou cerca de 40 campanhas durante a sua carreira, incluindo uma das batalhas entre samurais mais sangrentas da História. Além disso, esse guerreiro era fascinado por armas de fogo e acreditava que esses artefatos um dia substituiriam as espadas, os arcos e as flechas, e os historiadores acreditam que Shingen — ironicamente — morreu de um tiro.

Oda Nobunaga (de 1534 a 1582)

Considerado um dos mais habilidosos generais da idade média, Nobunaga foi um dos unificadores do Japão feudal durante um período em que o país se encontrava próximo ao caos e alguns clãs decidiram invadir a capital e tomar o poder. Nobunaga, embora estivesse no comando de um exército muito menor, conseguiu vencer os inimigos e conquistar a vitória mais impressionante da história do Japão.
Além dessa façanha, Nobunaga também ficou conhecido por ajudar enormemente na expansão do comércio internacional, resultando em um crescimento significativo da economia japonesa. Apesar de sua enorme popularidade, o samurai foi traído por um de seus generais, que ordenou o seu assassinato.

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