sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Um grupo de arqueólogos franceses fazia uma escavação em uma necrópole de 7,5 hectares na região da Alsácia, na França, quando se deparou com um achado raro: um crânio com uma deformação alongada, com mais de 1.500 anos de idade. A descoberta intensificou os trabalhos de exploração, que conduziram a outros inúmeros artefatos, restos humanos e de animais, em um cemitério do período merovíngio, que durou do século V ao VIII.
 
De acordo com os especialistas do Instituto Nacional de Pesquisas Arqueológicas Preventivas (Inrap, na sigla em francês), o crânio alongado de um adolescente é resultado de uma prática conhecida como "deformação craniana", realizada por culturas meso-americancans e por antigas sociedades da Europa, África, Ásia e América do Sul. A deformação craniana era praticada em bebês, aproveitando a flexibilidade dos seus ossos. A cabeça da criança era colocada entre peças de madeiras, que eram atadas. A estrutura servia como molde para dar o formato alongado à cabeça.
 
Os pesquisadores acreditam que esta era uma maneira de identificar facilmente quem pertencia à elite social. Esta hipótese corresponde ao local em que o crânio foi encontrado: um cemitério destinado a indivíduos da alta sociedade. Junto aos corpos, foram achados espelhos de prata, alfinetes de ouro, contas de âmbar e outros objetos de luxo.

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