quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Não é mais coisa de cinema, robôs já assassinam seres humanos. As vítimas de veículos aéreos não tripulados (VANT) cresceram consideravelmente nos últimos anos. No caso do Paquistão, estima-se que, de 2004 a 2013, 330 ataques tenham sido realizados com drones no território, resultando num total de 2.200 vítimas. Destas, 600 seriam civis, dentre os quais haveria 200 crianças, segundo dados coletados pela Anistia Internacional junto ao governo paquistanês.
Sobrevoando áreas de conflito, esses veículos são utilizados em operações militares do governo americano, em países como Afeganistão, Iêmen e Somália.  Essas naves, aplicadas de forma pacífica, são de grande utilidade para estudos geográficos, capturando importantes imagens de mapeamento, além de serem muito úteis na resposta a desastres naturais e acidentes, possibilitando uma agilidade que não é encontrada no uso de aviões e na programação de imagens por satélites.
No entanto, os americanos desenvolveram esse tipo de veículo para fins militares, tendo as funções pacíficas como segundo, ou terceiro, plano.  Apesar dos ataques por drones ferirem os tratados internacionais, podendo ser enquadrado como assassinato extrajudicial e crime de guerra, nada acontece. E nem acontecerá. A aplicação arbitraria da pena de morte, sem qualquer direito de defesa, invadindo o espaço aéreo de outros países, continuará. Tudo em nome da luta contra o terrorismo. Sei não, terrorismo são robôs assassinos voando por aí…não?
O posicionamento do governo americano frente às denúncias de mortes inocentes por seus drones é, obviamente, de negação. Os Estados Unidos não divulgam nenhuma informação a respeito e declaram que nenhum civil foi morto, apesar de evidências concretas provarem o contrário. Uma nova tática chamada de “signature strikes” permite que os veículos aéreos não mais só executem alvos específicos, mas também qualquer grupo que apresente um comportamento considerado suspeito.
A paz não está em jogo. Drones estão no ar para garantir os interesses econômicos das super potências. Mas tudo bem, só dê bola pra isso quando eles começaram a voar por aqui…

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